terça-feira, 3 de junho de 2008

"Jornalistas Sitiados"

"O direito à incomunicabilidade"


É lamentável o ocorrido com os jornalistas do jornal O Dia na favela do Batan em Realengo no Rio de Janeiro. Barbaramente torturados, estes profissionais protagonizaram mais um triste episódio de repressão a liberdade de imprensa e aos Direitos humanos em nosso país.

Como se não bastasse Vladimir Herzog, Tim Lopes e tantos outros casos, agora surge esta bárbarie. Com ela é interessante que sejam feitos os seguintes questionamentos: Onde esteve o Estado? E qual a responsabilidade da imprensa para com seus profissionais quando os envia para coberturas investigativas de alto risco?

A situação da segurança pública no Rio de Janeiro tem sido material de debate há muito tempo mais pouco tem sido realizado efetivamente, o que criou naturalmente o "Poder Paralelo",o narcotráfico e as gigantes ondas de corrupção na polícia agora acompanhada das milícias. Pouco foi feito e o que foi feito ainda está longe de desarmar os esquemas de corrupção e também do império do narcotráfico.

Quanto à responsabilidade da imprensa é mais interessante utilizar de interrogativas: Será que a "Rede Globo" não sabia do risco que Tim Lopes corria na sua investigação sobre "Exploração sexual infantil nos bailes funks"? Claro que sabia, então porque não houve uma ação conjunta com a polícia no primeiro sinal de que a vida do jornalista corria riscos?

O preço é muito alto. Será que os veículos de comunicação estão dispostos a pagar este preço?
Quantos mais atos de selvageria terão que atingir a classe jornalística para que o Estado tome providências?

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