sábado, 7 de junho de 2008

Ted Nelson critica web

Niels Andreas/AE Ted Nelson afirma que a Internet é uma visão torta do seu real projeto


Ted Nelson é um dos homens de maior expressão no mundo da web. Isso porque ele é tido como um dos pais da World Wide Web, a nossa conhecida internet.
O filósofo e sociólogo americano é o criador dos termos hipertexto, que se refere à série de textos interconectados para a leitura, e do hipermídia, que ilustra e sonoriza esses documentos.
Ted deu início ao seu primeiro e mais conhecido projeto, o Xanadu, em 1960. O programa tinha como objetivo ser um ambiente literário em escala global, que funcionasse através de uma rede de computadores. Todo seu trabalho está nos livros Computer Lib/Dream Machines (1974) e Literary Machines (1981), nenhum com tradução para a língua portuguesa. O projeto foi comprado pela Autodesk, mas não decolou por uma série de fatores, mas foi o passo inicial para a criação da web.
Atualmente, ele é professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, aonde vem trabalhando sua mais recente proposta, a Transliterature, que á a reutilização de informações, de uma forma que permita comentários, anotações e citações, mas com todos os documentos protegidos pela lei de direitos autorais.
O americano em todas as suas entrevistas, deixa claro suas pesadas críticas ao mundo virtual, que é considerado por ele, demasiadamente tradicional. Ted acusa o inglês Tim Berners-Lee de não ter compreendido direito suas idéias. “A web é uma versão torta da minha idéia original. É uma simulação do papel, uma superfície bidimensional, com poucos links, que apontam apenas para uma só direção”, reclama. Exemplos dessa afirmação, seriam os documentos nos formatos do Microsoft Word e Adobe Acrobat, que são dois dos mais empregados na manipulação de textos e imagens.
Ted Nelson visitou o Brasil, em 2005, a convite do File 2005, para participar de um festival internacional de linguagem eletrônica, onde ministrou palestras e deu diversas entrevistas a mídia brasileira, como à Revista Veja e ao site UOL, e posteriormente à revista do Itaú Cultural.

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