sábado, 7 de junho de 2008

Arlindo Machado publica livro sobre Ciberespaço




Arlindo Machado atuou e continua a atuar de forma ativa na discussão sobre fotografia, televisão e vídeo. Pode aliás tomar posições sobre esses temas com muita autoridade. Doutor em Comunicações, professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Universidade de São Paulo, e é colaborador de outras universidades em paises como Cuba, Espanha e Argentina. Além de já ter publicado uma extensa bibliografia sobre esses assuntos, dirigiu vários curtas metragens e em 2005 produziu A TV Levada a Sério: A Narrativa Seriada - A Reinvenção do Videoclipe. Participou de mostras de vídeo no Brasil e exterior.

No entanto, Machado tem feito outras contribuições importantes no que se diz a respeito traçar os caminhos para o desenvolvimento de estudos sobre a criação de uma teoria geral de expressão e manifestação da cibercultura. Lançou recentemente O sujeito na tela - modos de enunciação no cinema e no ciberespaço, pela Paulus Editora. Outros lugares onde autor explora a interatividade dos indivíduos por meio virtual é o artigo feito para INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, em setembro de 2001, intitulado O sujeito no ciberespaço e o Regimes de Imersão e modos de agenciamento , publicado no ano seguinte.

O autor se baseia em todas essas publicações nos conceitos de imersão, isso é como o sujeito, ou usuário, se insere numa realidade virtual com imagens e sons; navegação, o sujeito se utilizando das diversas ferramentas da rede para percorrer a infinidade de recursos que ela oferece; narração automática, no qual dentro de um mundo especifico, por exemplo, um jogo como Sims, há simulações de seres, ambientes virtuais e possibilidades de atuação e o sujeito interage com esses elementos administrados por um programa ou computador; agenciamento é onde o usuário no ambiente virtual toma a decisão que quiser dentro de um acontecimento criado por determinada realidade; e o avatar que é a subjetividade, ou como o sujeito se vê, e vê o universo virtual em que está inserido.

Em uma entrevista ao site Globo Universidade, Machado afirma que o ciberespaço veio para ficar. Em uma outra publicada em 2005, concedida ao site IlhaBrasil.Net, Machado discute a interatividade antes e depois criação da linguagem virtual, e como ela vem para destruir os grandes oligopólios de informação, é claro que não de maneira rápida e nem catastrófica, mas sim devagar e gradual realizada pelos próprio internautas que a cada dia aumentam em número de usuários e acessos. Segundo ele próprio “A Internet vai se desenvolver, poderemos ter televisões caseiras, assim como temos as web rádios. As pessoas ficam mais tempo no vídeo game, na Internet do que na televisão. Os meios tradicionais estão perdendo terreno, perdendo tempo e perdendo público”. Ainda de acordo com Machado, os sujeitos cada vez mais vêm procurando interação com as diversas mídias e realidades, para principalmente se aproximarem, de forma mais rápida e fácil, de indivíduos distantes e de culturas diferentes. Para ele ainda que o mundo virtual, ou ciberespaço, esteja cada vez mais interferindo e absorvendo as pessoas para dentro de si, o “horizonte é o outro ser humano”.

Linha do Tempo: Arlindo Machado

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