sexta-feira, 13 de junho de 2008

Os games e a violência

Jogos de video-game vêm sendo apontados como responsáveis pelas atitudes violentas de jovens


Jogar video-game, fliperama, game-boy ou qualquer tipo de jogo eletrônico sempre foi algo normal, um lazer de qualquer criança e até de alguns adultos. Porém, os games sempre são apontados como responsáveis por tragédias que acontecem. Sempre que um jovem desequilibrado abre fogo numa universidade ou comete um ato insano, o discurso é sempre o mesmo. Os video-games são os culpados, pois os jogos são violentos demais, induzem as crianças/jovens/adolescentes a fazerem essas coisas. Será que isso é verdade? Será que os jogos eletrônicos exercem tamanha influência na vida de uma pessoa?

Bem, o video-game de fato tem um grande poder. Os jogos sempre foram para algumas crianças uma válvula de escape contra gozações sofridas na escola, notas baixas, fustrações da vida real. É como se os personagens dos games fossem uma espécie de "alterego" desses jovens. É natural essa identificação, principalmente nos dias de hoje. Com o avanço da tecnologia da indústria de jogos, é possível até criar um personagem, um avatar, com as suas próprias características. Se antes já era fácil se identificar com um héroi de um game, agora há a possibilidade do próprio jogador ser o protagonista.

E é nesse ponto que o video-game é apontado como vilão, quando surge a possibilidade de o protagonista no mundo virtual se passar para o mundo real. Adolescentes com dificuldades de se relacionar com outras pessoas, depressivos, com problemas familiares ou psíquicos acabam usando essa válvula de escape que os video-games oferecem da maneira errada. Os que defendem essa tese dizem que esses jovens tornam o avatar, o personagem, uma parte de sua personalidade, o que os leva a atirar contra platéias de cinema ou colegas de escola. Alguns jogos são sim violentos, não há como negar. Games como GTA e Counter Strike por exemplo contém muitas cenas violentas e bem realistas, chegaram a ser até proibidos em alguns países.

Alguns especialistas, porém, afirmam que o video-game não contribui para que esses crimes aconteçam. Pelo contrário, eles afirmam que os jogos até ajudam na formação das crianças. Assim como existem jogos violentos, também existem jogos educativos, como Theme Hospital, onde o jogador é o responsável por gerir um hospital, ou mesmo jogos mais infantis.

O fato é que tudo depende da personalidade de quem joga. Existem os que repudiam os jogos violentos, os que jogam mas que são equilibrados o suficiente para saber que aquilo não passa de uma brincadeira. E existem ainda os adolescentes problemáticos citados acima, já com uma tendência violenta, que jogam video-game com outro olhar. Neste caso, não é o video-game que cria essa personalidade no adolescente, ele pode até potencializar isso, mas a característica violenta já é do jogador. Não existem teorias concretas sobre o assunto, apenas hipóteses, e essa polêmica ainda vai se estender por muito tempo. Mas não há como negar que o video-game continua sendo uma ótima opção de lazer.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

:: Capô, realmente, as pessoas possuem tendências que às vezes são escamoteadas pelos familiares ou mesmo são acionadas a partir de determinadas experiências.
Creio que toda imersão se realiza com uma plena identificação do indivíduo que experimenta algo. No caso dos jogos, isso começa pela escolha. Não se pode culpar, pois ninguém é obrigado a jogar este ou aquele jogo. Mas certamente uma vez escolhido estas pessoas procuram tirar o máximo proveito, seja brincando, seja "matando".
Não há ingenuidade! Tanto de quem bola os games, quanto de quem os consome. Conheço pais que deixam os filhos à vontade para comprar os games, ocasião em que escolhem ou são estimulados por "coleguinhas" a escolher determinados naipes deslocados de sua faixa etária. Cabe acompanhamento dos pais e mesmo das tendências dos filhos. A meu ver, culpar é fácil; entender e educar são outros quinhentos.
@_@"
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