sábado, 7 de junho de 2008

Viva a Realidade Virtual

Site Oficial Jaron Lanier, esta entre as 300 mentes mas brilhantes do século XXI
Nara Lima

Jaron Lanier, 47, é cientista informático, compositor, artista visual e autor. Em 1987 Lanier criou a realidade virtual, que tem como objetivo recriar com máxima perfeição a sensação de realidade para o usuário, levando-o a adotar essa interação como realidade temporal. Realizada em tempo real, essa interação amplia o sentimento de presença do usuário, feita através de técnicas e equipamentos computacionais. A realidade virtual se estende à compreensão do universo não real, cheio de ícones e simbolos. Na década de 80, não sonhava-se em criar personagens para se viver numa realidade paralela. Lanier fundou então a primeira empresa que venderia produtos para essa realidade, a VPL Research, que mais tarde em 1999, foi adquirida pela Sun Microsystem.

Conselheiro de ciência, do Linden Labs, empresa responsável pelo programa on-line Second Life. Em entrevista com o site G1, Lanier defende o programa e declara: “O Second Life é fantástico, mas é importante ter em mente que hoje ele representa apenas um pequeno passo em direção à realidade virtual, obviamente. Ainda estamos muito, muito no começo. Apesar disso, eu acho o programa maravilhoso e também muito importante”. Na visão de Lanier, as pessoas quando interagem com o mundo virtual se tormam melhores, as ruins são quase que raridade no Second Life. Enquanto em programas como Orkut ou Myspace, onde os usuários facilmente criam “fakes” não precisam investir na formação de um personagem. Lanier acredita que através do Second Life as pessoas tornem-se mais civilizadas e tragam mais moralidade a internet.

Lanier é também um dos principais pesquisadores da tecnologia da Cultura do Vale do Silício. Projeto iniciado em 1991, estuda profundamente 15 familias, que estão vivendo na Costa Oeste da Califórnia, onde programadores, fabricantes de computadores e empreendedores da Internet determinam o caminho para a nova economia. Em entrevista ao Jornal da Ciência, Lanier declara que as familias do vale são extremamente orientadas para o pensamento tecnológico, não importando-se com os seres-humanos. Para eles os seres humanos não existem, e a sociedade é formada de uma coleção de subinconciência. A cultura do Vale do Silício pode ser bem definida como a "gestante das inovações tecnológicas". Com muitos prazos a cumprir e cada vez mais pressionadas no ambiente familiar, as famílias passam a ter mais coisas à fazer, consequentemente tem mais decisões para tomar, em um menor tempo, agindo com muita rapidez. Com frequência às 10h da manhã essas famílias ja estão exaustas.

Multi-instrumentista, com um visual despojado, um tipo desencanado, e 50 centímetros de dreadlocks louros, Lanier faz um show diferente comparado ao dos músicos convencionais, quem assiste o show facilmente fica admirado com a interação feita por instrumentos físicos como: sax, piano e bongo, com os instrumentos virtuais. Em entrevista a Revista Época (1996) Lanier define seu show como “físico e intuitivo”, não sabe bem ao certo o tipo de música que faz e declara ter entre 1400 e 1500 instrumentos musicais em casa.

Confira aqui a Linha do tempo com algumas das mais importantes ações de Jaron Lanier.

Nenhum comentário: