quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mídia e os Videogames

Os primórdios da indústria dos games no Brasil em relação à publicidade e o jornalismo nesse segmento.

Os videogames hoje em dia giram um mercado bilionário, com seus consoles e jogos, além dos investimentos em publicidade maciça, em países como o Japão e o EUA, comerciais de lançamentos de games são vinculados juntos ao horário nobre.
No Japão os personagens de Games são ícones de marketing garantido e seus produtos são vendidos em todos os seguimentos, vide o personagem Mario Bros, criado pela empresa Nintendo, desde anos 80 até hoje, é um dos ícones mais populares de todo o mundo.

De olho neste segmento revistas especializadas adentraram neste nicho de mercado, no inicio dos anos 90, algumas empresas brasileiras começaram a comercializar consoles compatíveis com o sistema Nintendo 8 bits e o Sega, ambas empresas eram concorrentes de mercado, quem deteve as plataformas do Nintendo foram as empresas Dynacom, CCE e Gradiente enquanto que a empresa TecToy trouxe o vídeo games Master System.

O comércio dos videogames no Brasil teve uma ascensão comercial vertiginosa, o que abriu vários segmentos no setor, me lembro que a primeira revista a publicar uma matéria sobre o assunto foi uma revista de esportes chamada SEMANA&AÇÃO, esta revista trazia matérias sobre esportes radicais e algumas fotos de mulheres semi-nuas, após o sucesso de venda da revista daquela edição a SEMANA&AÇÃO lançou logo depois a revista Ação Games, chegando a ser publicada na Argentina.

A revista Ação Games, trazia informações sobre jogos, consoles e novidades de feiras de games que naquela época eram realizadas somente no exterior, um dos principais atrativos da revista eram as dicas e macetes de jogos para avanço de telas ou falcatruas, lembrando que naquela época não existia memória embutida nos consoles nem mesmo nos cartuchos, o que dificultava jogos extensos, que eram salvo por meio de password senhas que eram digitadas nas telas de abertura do game, na qual restaurava o jogo na tela em que o jogador havia parado.

Outras revistas foram lançadas naquela época mas baseadas no mesmo foco editorial da Ação Games, a diagramação também foi inovadora naquele contexto, as revistas eram muito coloridas com ilustrações e fotos de jogos, alguma delas traçavam mapas passo-a-passo, por meio de fotografias que facilitavam a vida do jogador que queria solucionar problemas de passagem de tela.

A rede Globo chegou por muito tempo exibir, um horário reservado para a Tec-Toy chamado Master Dicas, cujo apresentador na época o ex-integrante da Banda Polegar e ídolo pop Rafael Ilha, apresentava os jogos do videogame Master, mostrando, os jogos, equipamentos e macetes para os jogos, o programa tinha cerca de "um minuto e meio", mas era sucesso entre as crianças e adolescentes daquela época.

Nos anos 90 no Brasil o "boom" dos games foi o inicio do jornalismo de games, um estilo um pouco diferente, neste contexto o jornalista trabalha em primeira pessoa nos games, dizendo e opinando sobre os jogos pois o narrador ao mesmo tempo é o controlador do personagem ou da plataforma do game, isso era imprescindível para as dicas, e para uma nova profissão, o jogador de videogame ou mesmo agraciar o videogame como esporte e não mera diversão.

Atualmente existem jogadores profissionais que se tornaram celebridades, como por exemplo o jogador "Moon" o adolescente coreano que em 2007, foi o jogador mais bem pago dos campeonatos de videogame e fechou o ano com cerca de 311 mil reais em dinheiro, fora seu salário pago pelos patrocinadores.

Hoje em dia muitas pessoas estudam os videogames como comportamento social e os jogos para poder dar embasamento e técnica a linguagem.O jornal New York Times já chegou a trazer uma matéria sobre o videogame, como uma nova mídia, e seu advento transformador em nossas vidas, e que a cada dia entra mais em nosso cotidiano desde o "minigame tetris" vendido em rodoviarias aos jogos coorporativos usados como treinamento de pessoal.



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