domingo, 8 de junho de 2008

Agências alimentam jornalismo diário

Agencias noticiosas: repasse ágil de informações. E de qualquer parte do mundo

Não existe produção dentro de uma empresa jornalística que seja 100% realizada por membros da redação. Veículos de imprensa não possuem um quadro gigantesco de correspondentes para apurar informações de qualquer parte do mundo no momento em que as notícias acontecem. Mas então, como esses dados chegam ao público? É aí que entra o trabalho das agências de notícias.

A agência de notícia ou agência noticiosa é uma empresa jornalística especializada em difundir informações, notícias e imagens diretamente das fontes para os veículos de comunicação. Elas operam através de escritórios locais, em diferentes cidades e países, que transmitem sua apuração para uma central, que por sua vez redistribui o material para os jornais, revistas, websites, etc.

Hoje, agências como a Reuters e a AFP, mantêm uma rede de correspondentes e colaboradores nas maiores cidades do mundo. As apurações são rápidas, e nos últimos anos, o trabalho foi ainda mais facilitado pelas novas tecnologias de comunicação.

De olho no mercado, meios tradicionais, como a Folha de S. Paulo, com a FolhaPress, também investem no segmento.

Fora as agências "master", há também pequenas organizações que buscam democratizar informações de grupos menores ou que estejam afastados do olhar da mídia em geral. São agências especializadas em notícias sobre indígenas, por exemplo, ou como a ANF, a agência de notícias das favelas, que já foi até reconhecida pela Reuters.

O recurso às agências de notícias permite aos jornais e outros veículos fornecerem imediatamente informações sobre países onde eles não têm correspondentes. É assim que, tipicamente, a cobertura internacional dos jornais locais é formada. E mais, é assim que boa parte das páginas de jornais e principalmente internet são alimentadas. Preste atenção.

O trabalho em agências noticiosas é uma opção de mercado para o jornalista. E pouco comentado. E pelo fato de estar associado e crescer sempre junto a novas tecnologias – também oferecendo informações aos meios mais modernos de comunicação, não é uma parcela de mercado que sofra, pelo menos por enquanto, os mesmos impactos e expectativas quanto ao futuro que os meios tradicionais.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

::Milena, realmente é difícil ver o mundo atual sem agências. Na décad de 70, foram en[x]ovalhadas pelos intelectuais da Teoria Hegemônica, e uma proposta deles que não vingou para a AL, era justamente a de haver uma agência na AL, de modo a dar sua visão.
Era mais ou menos combater o inimigo (imperialismo americano) com a mesma arma!
Hoje, a web está revolucionando isso!
@_@"
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