Nas últimas semanas o assunto “dengue” é o mais falado entre as emissoras brasileiras. Cada uma, obviamente, trata a doença de uma forma e noticia o caos vivido no momento de acordo com linhas editoriais.
Na semana que passou, a Globo noticiou as tantas mortes causadas pela doença no estado do Rio como sempre faz com qualquer noticia: Um repórter bem vestido em um hospital da cidade fazendo um boletim com o diretor de saúde do local para mostrar o descaso com o atendimento e as providências em relação à dengue.
Enquanto isso, na Rede Record, que não nos livra da possibilidade de comparação, um apresentador falava sobre mesma notícia de uma forma, digamos, um pouco diferente: O próprio apresentador em um hospital público do Rio, com uma camisa branca por fora da calça e com as mangas dobradas, correndo desesperadamente de um lado para o outro, pegando pessoas e as incentivando a falar sobre a desgraça para que se consiga um atendimento. Tudo isso, sem falar na gritaria frente à câmera sobre a necessidade de balançar o Brasil para acabar com o descaso com a dengue. Nesse caso, sem o diretor do hospital que, por algum motivo supostamente desconhecido, não aceitou falar sobre o caso.
Em meio ao caos mostrado pelo apresentador da Rede Record, um segurança do hospital insistia em pedir que ele se retirasse repetindo a frase: “o senhor está sendo sensacionalista”.
Pois bem. Ele estava sendo sensacionalista. Contudo, a questão que deveria ser levantada está justamente nesse ponto.
Durante todo o tempo, o jornalista tenta fazer do seu jornalismo algo limpo, livre, imparcial e nada sensacionalista. E tenta agir dessa forma diante das mais diversas situações noticiadas.
Não é segredo para nenhum brasileiro que assista televisão a gravidade da situação no estado do Rio de Janeiro. Já foram confirmadas 67 mortes por conta da doença, já foram mostradas as dificuldades de impedir que o tal mosquitinho se espalhe e as dificuldades de atendimento aos pacientes.
Mesmo sendo dessa forma, a doença tende a se espalhar de forma assustadora. E a culpa é de quem? Alguns podem pensar: “Do governo, claro!”. Não, meu caro. A culpa é da população que ainda teima em facilitar as coisas para o tal mosquito.
E mesmo com tanta insistência em notícias sobre a doença, ainda se encontram casas e mais casas com focos da dengue.
Ao ver a matéria sensacionalista mostrada pelo jornalista que balança da Rede Record, uns mais pararam para pensar como a situação está realmente ficando preta e, sem dúvida, foram até o quintal para dar fim aos possíveis criadouros.
A questão central seria se o jornalismo sensacionalista não se encaixa perfeitamente em situações como essa, na qual os mais diversos veículos de comunicação teimam em informar, mas a população recebe tudo como se nada estivesse realmente acontecendo.
Não é válido mostrar a notícia de forma sensacionalista para que a população de fato acorde para o que acontece a sua volta? Não seria uma arma poderosa para a luta contra a dengue?
É válido jornalismo sensacionalista mostrando o fato de forma mais radical, como um tapa na cara daquele cidadão que insiste em deixar encher de água os trambolhos no quintal enquanto ele se enche de cerveja no sofá da sala?
É válido, sem dúvidas. Não pode insistir em time que está perdendo. O jornalismo pode ser uma ferramenta a serviço do povo e da saúde. Se o modo convencional não ajuda e não faz com que a população acorde para a realidade, é necessário investir em outra forma para que a população de fato entenda que ninguém está a salvo. Não é somente o vizinho que está sujeito. Todos estão. E é preciso entender isso. Se de uma forma mais convencional não ajuda, que seja de outra, um pouquinho mais incisiva. E ponto.
Na semana que passou, a Globo noticiou as tantas mortes causadas pela doença no estado do Rio como sempre faz com qualquer noticia: Um repórter bem vestido em um hospital da cidade fazendo um boletim com o diretor de saúde do local para mostrar o descaso com o atendimento e as providências em relação à dengue.
Enquanto isso, na Rede Record, que não nos livra da possibilidade de comparação, um apresentador falava sobre mesma notícia de uma forma, digamos, um pouco diferente: O próprio apresentador em um hospital público do Rio, com uma camisa branca por fora da calça e com as mangas dobradas, correndo desesperadamente de um lado para o outro, pegando pessoas e as incentivando a falar sobre a desgraça para que se consiga um atendimento. Tudo isso, sem falar na gritaria frente à câmera sobre a necessidade de balançar o Brasil para acabar com o descaso com a dengue. Nesse caso, sem o diretor do hospital que, por algum motivo supostamente desconhecido, não aceitou falar sobre o caso.
Em meio ao caos mostrado pelo apresentador da Rede Record, um segurança do hospital insistia em pedir que ele se retirasse repetindo a frase: “o senhor está sendo sensacionalista”.
Pois bem. Ele estava sendo sensacionalista. Contudo, a questão que deveria ser levantada está justamente nesse ponto.
Durante todo o tempo, o jornalista tenta fazer do seu jornalismo algo limpo, livre, imparcial e nada sensacionalista. E tenta agir dessa forma diante das mais diversas situações noticiadas.
Não é segredo para nenhum brasileiro que assista televisão a gravidade da situação no estado do Rio de Janeiro. Já foram confirmadas 67 mortes por conta da doença, já foram mostradas as dificuldades de impedir que o tal mosquitinho se espalhe e as dificuldades de atendimento aos pacientes.
Mesmo sendo dessa forma, a doença tende a se espalhar de forma assustadora. E a culpa é de quem? Alguns podem pensar: “Do governo, claro!”. Não, meu caro. A culpa é da população que ainda teima em facilitar as coisas para o tal mosquito.
E mesmo com tanta insistência em notícias sobre a doença, ainda se encontram casas e mais casas com focos da dengue.
Ao ver a matéria sensacionalista mostrada pelo jornalista que balança da Rede Record, uns mais pararam para pensar como a situação está realmente ficando preta e, sem dúvida, foram até o quintal para dar fim aos possíveis criadouros.
A questão central seria se o jornalismo sensacionalista não se encaixa perfeitamente em situações como essa, na qual os mais diversos veículos de comunicação teimam em informar, mas a população recebe tudo como se nada estivesse realmente acontecendo.
Não é válido mostrar a notícia de forma sensacionalista para que a população de fato acorde para o que acontece a sua volta? Não seria uma arma poderosa para a luta contra a dengue?
É válido jornalismo sensacionalista mostrando o fato de forma mais radical, como um tapa na cara daquele cidadão que insiste em deixar encher de água os trambolhos no quintal enquanto ele se enche de cerveja no sofá da sala?
É válido, sem dúvidas. Não pode insistir em time que está perdendo. O jornalismo pode ser uma ferramenta a serviço do povo e da saúde. Se o modo convencional não ajuda e não faz com que a população acorde para a realidade, é necessário investir em outra forma para que a população de fato entenda que ninguém está a salvo. Não é somente o vizinho que está sujeito. Todos estão. E é preciso entender isso. Se de uma forma mais convencional não ajuda, que seja de outra, um pouquinho mais incisiva. E ponto.
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