(á cima) Reporter em busca de sucesso
Na década de 50, é laçado um filme que mudaria a visão de muitos jornalistas no dias de hoje. O filme “ A Montanha dos Sete Abutres”, do diretor crítico Billy Wilder, chama atenção para alguns assuntos que são pautados nos cursos de Jornalismo, entre eles o efeito social da mídia que faz a seleção, a capacidade de tematizar assuntos de audiência, estabelecer ordem de importância dos fatos e fixar termos de referência para o debate dos temas relacionados como prioritários. Através da espetacularização da notícia a agenda midiática diz o que a sociedade pensa e como deve refletir, sendo assim, a Mídia faz que o tema de discussão dos receptores são aqueles mais lucrativos para os meios de comunicação.
Mesmo com filme inovador, até os dias de hoje, o mais comentado é o personagem Leo Minosa, um jovem que por um trágico acidente ficou soterrado Um repórter sem escrúpulos, vivido por Kirk Douglas, um repórter sem escrúpulos que, já em declínio, consegue um posto de repórter num jornalzinho da pequena cidade de Albuquerque, no Novo México. Mesmo ali, no seu pequeno fim de mundo, ela espera que surja uma grande história para projetá-lo nacionalmente e elevá-lo ao estrelato da imprensa. Sua chance de ouro aparece quando, num lugarejo ali perto, um jovem fica preso dentro de uma caverna, com as pernas soterradas por um desmoronamento. O jovem passa bem, mas só se conseguirá safar se alguém retirar as pedras que pesam sobre suas pernas. O xerife local começa a ver vantagens na exposição do caso e se alia a Tatum. Repórteres de todos os cantos do país chegam à caverna indígena sagrada Montanha dos Sete Abutres. Com eles vem a multidão sedenta de sensações, pronta para seguir de perto os lances mais emocionantes. Tatum conduz seu circo de modo calculado, submetendo a seus planos o destino do rapaz aprisionado. O nome do rapaz é Leo Minosa (vivido por Richard Benedict) e o show está apenas começando.
Esta história acontece em diversos casos jornalísticos atuais, onde a mídia define o final da história. Nos últimos dias, todas as pessoas, tem acompanhado o caso Isabella Nardoni, onde a mídia especula quais seriam os assassinos, a população mobilizada e fazem julgamentos morais e quem ganha são os telejornais. Audiência aumenta, lucros fora do normal, qual é a diferença entre o repórter sem escrúpulos em busca de sucesso dos meios de comunicações que julgam e lucram com o fato?
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