No mês passado em Dallas nos Estados Unidos, Mark Cuban, o proprietário do time de basquete Dallas Marvericks tentou proibir a entrada de blogueiros no vestiário do seu time. A liga norte-americana de basquete (NBA, sigla em inglês) interveio dando acesso aos blogueiros de organizações noticiosas credenciadas.
Em resposta, Cuban decidiu permitir a entrada de qualquer blogueiro - gente do Blogspot que vem postando há algumas semanas, garotos blogando para o site na Web da sua escola de segundo grau e também aqueles que trabalham para grandes empresas.
O fato é que nos EUA, atualmente, os jornalistas, times e empresas estão rediscutindo a forma de cobertura e principalmente quem deve fazê-la. O jornalismo esportivo pode ser considerado como uma especialização que lida com alto grau de risco de imparcialidade, (veja matéria de Com a entrada de novas tecnologias, principalmente virtuais, organizações e empresas tentam limitar o acesso a algumas informações para proteger direitos autorais e a forma lucrativa dos negócios do esporte.
Baseada em argumentos de executivos, a Liga de Beisebol emitiu novas regras limitando o uso pela imprensa de fotografias e clipes de áudios e vídeos. Segundo eles o excesso de áudio e vídeo em site na Web pode infringir os direitos dos detentores dos direitos (em geral, emissoras que pagam milhões de dólares para transmitir os jogos ao vivo). A liga americana de futebol compartilha a mesma opinião e restringiu os clipes de áudio e vídeo que não sejam de um jogo a 45 segundos.
O conflito ocorre porque há dez anos atrás, os jornais e demais organizações noticiosas não estavam “no mundo” do vídeo e do áudio, somente usavam esses recursos as próprias empresas esportivas. A Major League Baseball Advanced Media, uma braço do beisebol na Internet, por exemplo, gera uma receita calculada em US$ 400 milhões ao ano e está crescendo a um ritmo de 30% ao ano.
As organizações de mídia aceitaram as normas da NFL sob protesto e a liga já marcou reuniões com representantes de mídia para discutir os regularmentos para a próxima temporada. Enquanto isso, os profissionais discutem o futuro do jornalismo, mas é fato que o vídeo em sites na Web já faz parte desse futuro.
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