quarta-feira, 16 de abril de 2008

Movimento estudantil

estudantes durante a ocupação

Os movimentos estudantis estão estourando cada vez mais em todo o país, desequilibrando as grandes “corporações que comandam” autoritários o sistema das universidades públicas.
O caso do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland acusado de desviar R$ 470 mil da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos ( Finatec), usando para decorar seu apartamento, reforça mais uma vez o grande poder que universitários unidos tem em mãos. Ao menos 28 universidades vão se manifestar junto aos estudantes da UnB defendendo o fim das fundações e a realização de eleições abertas na próxima quinta-feira (17).
Segundo Lúcia Stumpf presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), as universidades federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amapá, Goiás, Espírito Santo, além da USP e Unicamp, já confirmaram que vão participar da mobilização. Cada instituição vai definir que atitude tomará para se manifestar, como paralisações ou queimar caixas-pretas como forma de protestar contra a existência de fundações.
Os alunos da UnB querem que seus votos tenham peso na eleição do novo reitor. E decidiram continuar com a ocupação.Esse caso já fez com que os Ministérios da Educação (MEC) e de Ciência e Tecnologia “criassem” o mais rápido possível uma portaria com regras rígidas para as fundações de apoio as universidades.

O movimento estudantil tem grande valor para a sociedade, e tem que suceder sempre quando for preciso, afinal a pouca melhora que acontece na educação no país é com lutas, movimentos e reivindicações.
É lamentável que esses movimentos sejam “limitados” a apenas “essa” ou “aquela” universidade, não vemos isso acontecer constantemente em universidades privadas que tem enumeras deficiências, os quais alunos têm consciência, mas por um certo comodismo, e autoritarismo da universidade, ou até omissão das instituições, fazem com que os procedimentos atuais permaneçam.

3 comentários:

Thiago Capodeferro disse...

É realmente uma pena que nas universidades privadas exista tanto comodismo por parte da maioria dos alunos. E que os movimentos estudantis existentes (como os DA´s por exemplo) só se preocupem em promover "festas e baladas". Essa mentalidade tem que mudar, principalmente entre os alunos de jornalismo, que precisam ser críticos e questionadores sempre.

Silvia Caroba disse...

Pois é Thiago, é complicado quando as deficiências gravíssimas das universidades, em particular as privadas, são vista com indiferença pela maioria dos alunos. E não só por alunos, pois cabe também citar que muitos professores estão nessa, sem "motivação" para "ensinar".
E as instituições , principalmente as que "vendem" o curso de jornalismo,curso que deveria ter compromisso com a população, a sociedade, com a verdade, com a ética ...enfim ,estas instituições apenas repassam ideologias de grandes "finaciadoras",... é triste!
Mas, é o que você disse, precisamos sempre questionar, ter senso crítico em tudo que vemos, ouvimos e lemos..., e não carimbar como verdade o que nos passam ...
Gosto dos movimentos estudantis, quando estão ligadas a causas justas, e acredito que por mais transtornos que venha causar, no fim há sempre uma melhora para a educação do aluno.

webjorsuperacao disse...

A meu ver, o mérito de todos estes movimentos é do JORNALISMO, que levanta escândalos, publica e aí a Justiça vai atrás.
O movimento estudantil no Brasil virou caricatura. Até parece que o pessoal da UnB não sabia das maracutaias!
Os estudantes são corporativistas assim como as demais profissões!
Escolas públicas deveriam ter auditorias severas, pois é nosso dinheiro que fomenta muitos que têm condição de pagar escolas particulares. Uma vez que a elite está nas públicas, os movimentos só explodem quando interessam politicamente aos mesmos!
Sou cético quanto a movimentos como esses! E a continuidade disso! Querem apostar que depois disso tudo volta como era antes!?