segunda-feira, 14 de abril de 2008

Paparazzi

Uma foto vale uma vida?



Paparazzo é uma palavra italiana usada para se referir aos profissionais que fotografam pessoas famosas sem autorização. O nome veio do filme La dolce vita (1960), de Federico Fellini, onde o jornalista Marcello Rubini (representado pelo ator Marcello Mastroiani), era acompanhado pelo fotógrafo Signore Paparazzo (Walter Santesso).

Em muitos casos, os paparazzi são considerados tormentos por muitas famosos. É comum pessoas famosas brigarem e até agredirem paparazzi por suas incoveniências e falta de respeito. Mas muitos famosos se esquecem que foram "os incovenientes" que os ajudara a se promover no começo de suas carreiras. Fotos de celebridades fazendo algo fora do comum, ou até mesmo em atitudes informais, são vendidas por milhões.

O repórter fotográfico, diferentemente do paparazzi, busca relatar através de imagens coisassimples e fatos extraordinários. O que faz com que muitos repórteres não gostem de serem confundidos com paparazzi. Hoje em dia, pessoas comuns são paparazzi. A agência X17online vende suas imagens para blogs, sites e emissoras de tv do mundo todo, conta em média com 70 paparazzi, a maioria freelancers. Entretanto toda essa loucura, vale a pena?

Em 1997, a Princesa Diana e seu então namorado Dodi al Fayed, foram perseguidos por fotógrafos quando, o Mercedes em que Diana estava, bateu num túnel em Paris. A corte inglesa responsabilizou os fotógrafos, mas eles nunca foram punidos. Mas quem são os culpados? Mesmo depois de 11 anos, a pergunta continua no ar.

Enfim, paparazzi é um emprego. Quem é famoso deveria saber que o tipo de vida que resolveram viver é essa. Quem dirige e ultrapassa os limites de segurança e velocidade sabe o risco que está correndo.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

Rebeca, interessante lembrar esta atividade típica do mundo do espetáculo e que condiz com a contemporaneidade.
Ocorre que no filme, Mastroiani parece ser mais um bon vivant —e,porque não dizer um boêmio— bem diferente da neura dos paparazzis!
A leitura de Guy Debort sobre a tese 4, ligada ao espetáculo é um sinal do que há hoje: uma espécie de simbiose entre quem quer a fama e quem a proporciona! Claro que ninguém deseja a morte, mas na pós-modernidade ela faz parte do espetáculo.
Ah aproveite e dê uma olhadinha em Baudrillard, http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/famecos/article/view/295/226
E se ainda der tempo, dê uma olhada no que a Juliana escreveu: http://julandia.multiply.com/journal/item/6