domingo, 27 de abril de 2008

Quando o Jornalismo ocupa o lugar do Judiciário

Até onde deve ir a imprenssa sem interferir na veracidade dos fatos



O caso Isabela, parece não ter limites para imprensa. Todos querem dar o maior número de informações, primeiro. A disputa vai além de informar, muitos canais de TV como Record, Rede TV, Globo, se esmeram em exibir programas que são capazes de desmistificar o caso para grande massa. Debates acirrados com advogados, criminalista, psiquiatras, também parece ter prioridade nas grades de programação das emissoras.


Na Rede TV, esta pauta tem preferência. Á dias, o programa comandado por Sônia Abrão, tem um único foco: o caso Isabela. O programa Super Pop abriu o "tribunal" para a população julgar o pai e a madrasta de Isabela. Seriam ou não eles os culpados da morte da menina, o que você acha? Foi á pergunta feita. A multidão julgava em frente ás câmeras com veemência tal que pareciam ser eles mesmos os peritos do caso. Já o programa Hoje em dia da Rede Record, tenta de todas as formas trazerem gotas de novidades para seus telespectadores.


A imprensa, considerada o quarto poder, um dos pilares da democracia, deve, no entender de todos, dar-nos uma visão geral de como anda o mundo, nosso país e o nosso quintal, além de velar pela nossa liberdade. Será que imprensa tem cumprido o seu papel de apenas informar? Onde está a linha que separa a informação do pré-julgamento? Estaria o Jornalismo ultrapassando as portas do tribunal para ocupar o lugar do Judiciário no caso Isabela?

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