Padronizar-se pode se tornar um "cala boca"
Num mundo ditado por regras (necessárias!) em todos os seguimentos, as pessoas acabam se acomodando e deixam de inovar. Essa frase que mais lembra uma sessão auto-ajuda deveria ser idéia guia de quem pretende se firmar no jornalismo.
Num mundo ditado por regras (necessárias!) em todos os seguimentos, as pessoas acabam se acomodando e deixam de inovar. Essa frase que mais lembra uma sessão auto-ajuda deveria ser idéia guia de quem pretende se firmar no jornalismo.
Muito se questiona sobre os meios de comunicação. Em geral, os veículos de grande conhecimento sempre são alvo de críticas. A TV Globo, a revista Veja, dentre outras, sempre ilustradas como exemplo para comportamento de imposição, de não ética e, muitas outras relevâncias, acabam sendo amplamente copiadas, até mesmo por quem deveria indicar novos caminhos, como os educadores.
Os cursos de jornalismo apontam e determinam as falhas, mas não conseguem ir além da teoria. Na prática, a atitude é igual a dos “super poderosos da comunicação”. Impõem regras e teorias, e, quem tenta quebrá-las é visto como desatento, sem foco e conseqüentemente, sem futuro. Com o peso de suas evidentes competências, professores esquecem que “ser jornalista ou fazer jornalismo não é mera técnica” como alerta Gerson Luiz Martins, doutor em jornalismo pela ECA/USP, professor da UFRN e presidente do FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo) e, portanto deveriam permitir a seus alunos a arte de construir, de inovar.
Seguindo sempre os mesmo conceitos, utilizando sempre as mesmas fórmulas, além de ser desnecessário um curso superior de jornalismo, as críticas que hoje muitos contestam jamais serão transformadas, pois os ensinamentos em sala de aula se baseiam em produtos já consolidados e pouco tende a criar novas perspectivas. Para quem sente que pode ultrapassar esta barreira inicial imposta pelos cursos universitários e caminhar por novos trilhos, fica a dica: estude, mas não se permita absorver. Contraditório, mas realista.
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