quinta-feira, 24 de abril de 2008

Peculiariedades do jornalismo regional

O Fanzine Sub é um exemplo de jornalismo comunitário

O jornalismo comunitário tem grande importância dentro da comunidade, pois busca a tradução das noticias nacionais associando ao regional. Diferencia as peculiaridades de cada local e divulga informações presentes no dia-a-dia de cada habitante. Mas é preciso diferenciar a questão de jornais “de comunidade” (voltado para a comunidade) e jornais “comunitários”, como ressalta Prof º Pedro Celso Campos em estudo sobre a história do jornalismo comunitário em foco o jornal regional e a sensibilização dos alunos de jornalismo para este. “Neste ultimo caso trata-se do jornal feito pelos próprios moradores do bairro ou da vila, sem fins lucrativos, mo num mutirão, onde a linha editorial é discutida pelos representantes da comunidade, sendo o jornal um produto coletivo para coletividade. No primeiro caso, trata-se de um jornal com proprietário identificado, que administra e cuida do jornal, porém aberto à opinião a todos, democraticamente.”

Assim podemos considerar que um jornalismo comunitário deve ser usado como um instrumento de transformação social. Já que é voltado para pessoas que vivem em determinado local, vivenciam problemas específicos e têm lutas em comum a serem travadas e vencidas.
Diferente de um jornalismo de massa, que divulga em grande escala mensagens e estas são absorvidas rapidamente por todo tipo de público. Porém nem sempre esta mensagem transmitida em massa é de real interesse para todo tipo de público.

O jornalismo de massa é divulgado pelos meios de comunicação (Televisão, rádio, jornais) que estão concentrados nas mãos da classe dominante. O que revela uma linha editorial com ênfase na alta economia e com grande preocupação da imprensa brasileira nas elites. Portanto, os meios de comunicação transmitem uma “reportagem” sobre a bolsa de valores e uma “nota” sobre a emenda três e como esta pode mudar características da CLT. As noticias divulgadas parecem ser sempre as mesmas. Sobre um político corrupto, uma bala perdida, uma fuga na febem, uma repressão policial em grupos de considerados “baderneiros”, enfim divulgam tragédias com um sorriso no rosto.

Há muitos estudos dentro do jornalismo que nos ensinam como passar a informação de maneira rápida, precisa e objetiva. Um deles é a questão da pirâmide invertida (mais importante para menos importante) e lide, as seis perguntas principais: Que, quem, quando, como, onde e por que. Mas dependo de quem responde estas perguntas, a notícia publicada fica vazia, repetida e alienada. De acordo com aula dada pelo Prof º Roberto Medeiros com base no livro: O jornalismo e seus referentes de Jorge Pedro Sousa; Isto ocorre, pois os referentes básicos dos discursos jornalísticos são Acontecimentos, Idéias e Temática. Sendo “acontecimentos” o que mais aparece na imprensa. E este referente pode ser classificado como ocorrências singulares, concretas, observáveis e delimitadas. Estas características das ocorrências que a tornam manipuláveis, permitindo que sejam tratadas com o uso da linguagem escrita ou da linguagem da imagem.

Portanto, toda essa repetição no jornalismo de massa nos impõe um padrão de pensamento e vida. Bombardeiam com informações superficiais e sem apuração dos fatos, com a desculpa de atingir a objetividade. Ao contrário de um jornalismo comunitário, que busca a visão crítica da população e fazê-lo se sentir sujeito construtor da história. Resgatando a cultura popular, num processo de conhecimento para a construção da cidadania e luta diária contra uma ideologia dominante.


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