segunda-feira, 14 de abril de 2008

Escola Base e o Caso Isabella




Quem não se lembra do caso da Escola Base, que é sempre lembrado nas aulas de Jornalismo. Onde os proprietários e os funcionários da escola, localizada no bairro da Aclimação em São Paulo, foram acusados de abuso sexual contra as alunas menores de idade. As denúncias partiram dos pais que após ouvirem do antigo perueiro Maurício Alvarenga, que levava as crianças, no período de aula, para a casa de dois funcionários da escola. O delegado do caso Edelcio Nunes, sem comprovar as denúncias e com bases preliminares dos laudos, divulgou na imprensa as informações. Já a imprensa por sua vez, condenou os suspeitos. Que forma presos sem qualquer prova. O inquérito foi arquivado, e os acusados libertos. E ainda processaram alguns órgãos de imprensa, que foram condenados.
Como este caso e muitos outros, a imprensa julga e condena. E muitos jornalistas na loucura de estar sempre a frente com a informação, esquecem de apurar os fatos e ouvir ambos os lados.
O caso mais recente, o da menina Isabella, é outro caso a ser discutido. A imprensa focou seu olhar no pai Alexandre Nardoni e na madrasta Ana Carolina Jatobá. Porém não há provas concretas que condenem o casal. Então seria este mais um caso Escola Base.
Suspeitos condenados pela opinião pública que exerga o fato através das páginas dos jornais que lêem. Será que o jornalismo está perdendo sua credibilidade? Ou estamos presos ao tempo e ao sensacionalismo para vender jornal ou dar audiência? Pense nisso.

Um comentário:

Unknown disse...

Já tive esse mesmo pensamento no início das investigações. o Caso Escola Base foi o primeiro livro que lí quando entrei na Faculdade de Jornalismo. Entretanto, agora, passado mais de um mês após a morte da menina Isabela, consigo diferenciar os casos. Em 1994 não haviam indícios para tal "julgamento". Agora, em 2008, a perícia conseguiu constatar alguns indícios que incriminam o casal. A imprensa está ouvindo os dois lados, diferentemente do que ocorreu em 2004. Precisamos então aguardar o julgamento do casal para podermos tecer maiores comentários.