Com as ferramentas trazidas pela internet cada dia mais nota-se o aumento do número de jornalistas cidadãos
As vantagens trazidas pela internet são tantas que até gente comum está ingressando na prática do jornalismo, são os chamados “citizen journalists” ou jornalistas-cidadão.
O custo-benefício, a possibilidade de interação com o leitor, a redução das barreiras geográficas e a desenvoltura na transmissão de informação num espaço para armazenamento de dados quase infinito faz o jornalismo digital despertar o interesse não só de profissionais da comunicação, mas de muita gente que navega pela rede. Porque, como dizem os teóricos da comunicação, a internet é a única mídia “de muitos para muitos” (e não “de um, ou alguns, para muitos” – como as mídias anteriores).
Mas como acertar na credibilidade num meio tão interativo? A prática jornalística estaria ameaçada pelo desenvolvimento do cidadão jornalista?
A jornalista e blogueira Ana Carmen defende a necessidade de se dar uma maior importância ao jornalismo também praticado pelo cidadão. Em seu blog Ana disponibiliza um link para o livro que lançou sobre o jornalismo praticado pelo cidadão com download grátis.
O crescimento do jornalismo feito pelos navegantes vem comprovando seu crescimento cada vez mais. Em uma busca rápida pode-se encontrar uma série de sites com conteúdos jornalísticos produzidos por pessoas comuns que colaboram e influem no momento de construção de notícias pela grande mídia e na formação de opinião. Dentre eles o portal indiano My News, o francês The Observes France 24, os canadenses Orato e Now Public, o comentado Newswine, o australiano Scopical, o próprio e tão conhecido no Brasil Youtube, o Vanguard Journalism voltado para o jornalismo investigativo e até mesmo o Scoopt que paga ao cidadão para contribuir com fotos, intermediando a venda do material entre repórteres fotográficos amadores e a grande imprensa.
Já para o jornalista Fabio Malini “a moda de atribuir a qualquer um a função de ser jornalista, haja visto blogs, fotologs, podcast” tornou o jornalista “agora mais um guia do que um oráculo, já que com a evolução constante de sistemas de publicação amadora da Internet, o público entrou na farra e agora narra as suas histórias e a dos outros também”.
A conquista da rede parece ter dividido opiniões entre estudiosos no que diz respeito ao fazer jornalístico. E oferece uma ampla discussão na questão de tentar fazer a aproximação entre o ethos jornalístico com o mundo da publicação cidadã.
Para o especialista em jornalismo digital Julio Daio Borges, a credibilidade entre o bom jornalismo e o mal jornalismo na internet será dado pelo próprio navegador. E uma alternativa possível a ser tomada pelos grandes mídia para lidar com esse processo é produzir um conteúdo exclusivo para a internet e dialogar com própria rede fazneod parte dessa conversação com os cidadãos jornalistas: “na Espanha, estão chamando isso tudo de “jornalismo 3.0”. A maior parte das empresas jornalísticas, no Brasil, ainda está no 1.0, ou seja, despejando apenas o conteúdo impresso no on-line.”
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