domingo, 6 de abril de 2008

Cobertura jornalística ou sensacionalismo ?


Antes de começar o tema ou iniciar alguma análise, é necessário pensar em algumas perguntas durante o texto. Quanto uma cobertura jornalística pode ser mais importante que a privacidade de uma pessoa ? Ou se a informação é primordial independente das circunstâncias ?
O caso da Isabela, a menina que morreu ao cair do 6°andar do prédio de seu pai, é o melhor caso para analisar essa diferença.
Os repórteres estão 24 horas por dia na frente da casa mãe da criança, ela não pode prestar maiores informações sobre o caso, mas ela apenas poderá demonstrar sua insatisfação e sua revolta. Ana Carolina, é seguida desde uma ida ao mercado ou quando ela vai visitar o túmulo de sua filha.
É extremamente importante fazer uma cobertura completa sobre o caso que indignou toda a população e que ainda está sendo investigado, mas mexer em uma ferida tão recente de uma mãe, pode perder o foco do jornalismo, que é a informação.
A cobertura jornalística e o sensacionalismo caminham numa linha tênue. É de vital importância que os meios de comunicação tenham um senso de ética com maior prioridade ao invés da audiência, a invasão de privacidade ou de documentos sigilosos deve ser divulgada com responsabilidade e o furo de reportagem deve ser atrelado à ética. Seria hipócrita não usar informações sigilosas nos casos de denúncia de algumas irregularidades, pois desta forma você estará fazendo um bem a sociedade, que servirá para diminuir a impunidade, mas, surgi outra dúvida, a cobertura tão forte no caso da mãe de Isabela é necessário?

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