sexta-feira, 4 de abril de 2008

O SENSACIONAL É JORNALISMO?

Datena e sua interpretação sensacional dos fatos



No mínimo o sensacionalismo é considerado como um dos diversos estilos jornalísticos, pois muitos dos veículos de comunicação procuram se afastar do jornalismo sensacionalista. Então, ele existe e deve ser combatido, ou não. Se nos remetermos a alguns fatos marcantes como a morte da menina Isabela e fazer uma análise dos programas de TV, se observa a utilização de apelações perante o público. Tudo em busca da audiência, mas se esquece a ética jornalística.

A matéria deve procurar pela objetividade e imparcialidade, dois fatores que são destruídos quando a “imprensa marrom” ataca. Esta postura editorial de certos programas, como Brasil Urgente (Bandeirantes), Aqui Agora (SBT) e Balanço Geral (Record) procuram passar a informação de maneira exagerada e que emocionem o telespectador. O lado mais fútil do público passa a atuar, muitas vezes, por sua curiosidade e pela apreensão de ver tragédias.

Qualquer fato que tenha a possibilidade de se tornar marcante é procurado pelos media na própria sociedade entre os mortais. Segundo o artigo Jornalismo ‘tablóide’ e/ou sensacionalistas nas Televisões, as monstruosidades do final do século XIX adquiriram estatuto social.

Quando este conteúdo dramático é colocado ao ar, Óscar Mascarenhas diz ser um “jornalismo que parte de uma concepção de desprezo pelo público”. O que não deixa de ser verdade, pois a imprensa deve letrar o cidadão, fazê-lo pensar e não transmitir conteúdos simplórios que, por uma questão de senso comum, é absorvido pelo telespectador fazendo-o tirar conclusões imediatas. No caso Isabela, “o pai e a madrasta a mataram”.

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