terça-feira, 22 de abril de 2008

Estetização do drama no jornalismo brasileiro

Jornalismo sensacionalista disfarçado pela superficialidade.
Devora qualquer possibilidade de desenvolver capacidade crítica da população

Para muitos especialistas e superficialidade no jornalismo é o maior problema.

O Sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro , afirma que o jornalismo brasileiro avançou muito e abandonou o sensacionalismo, só que agora tem que aprender a superar a supercialidade com que trata suas apurações jornalísticas.

Independente do superficial ou sensacional, o jornalismo nos últimos anos tem se mostrado pouco analítico e parece passar por uma estagnação não de assuntos a serem tratados, mas pela ausência da busca pelo jornalista por novos assuntos, sem massacrar somente um fato social.

Vemos ultimamente o caso Isabella, nossa tão querida Madelaine brasileira. História com direito a entrevista exclusiva dos pais dela no Fantástico (aliás, como diria a vinheta o programa “é fantástico!” e sensacional e consegue tudo, até o que ninguém conseguiu).
A menina que com a morte ajudou a criar uma das mais novas lendas urbanas apareceu até fazendo compras no supermercado com o pai e a madrasta. Isabella de todos os ângulos e todas as formas... a menina que todos queriam ter... Tá, foi uma judiação. Mas já deu né, afinal, a menina passou de protagonista a figurante, dando o lugar do papel principal ao desfecho dos assassinos. Fóruns criados por pessoas comuns já discutem a questão da insistência em se cobrir jornalisticamente essa história.

Tempos atrás o mesmo aconteceu com o avião da Tam que foi sucesso até mesmo em blogs.
Primeiro foi apurado e decidido que foi falha do piloto, depois foi o reversor e depois a pista. A única coisa menos discutida, e a não menos importante, foi a existência de um aeroporto no meio de uma cidade.

Para Leda Rosa Meneses o jornalismo superficial ajuda a camuflar o sensacionalismo, que é massacrante e vende como qualquer produto massificado.

Será que a população teria a mesma qualidade e capacidade reflexiva que o assunto merece?
Longe do sensacionalismo e da supercialidade o jornalismo deveria preocupar-se, sobretudo, com a formação crítica da população abrindo debate político até mesmo sobre a imprensa brasileira.
Inclusive.

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