segunda-feira, 14 de abril de 2008

Ética não vende







Utopia, ou romantismo a verdade é que ética no jornalismo é um sonho longe, muito longe. A exposição na sociedade mediante a exploração de fatos que causem impacto, isso sim da lucro (vide Caso Isabella).

Manchetes escandalosas, fotos escancaradas e uma postura leviana. Esse tipo de noticia agrada o nosso id, e o espectador quer “ver o circo pegar fogo”. A “
Imprensa Marrom”, fica com a fama e o “serviço sujo”, esse rótulo é dado aos veículos de comunicação que utilizam-se de tragédias, sexo, violência, fatos bizarros, diagramação escandalosa continuam a existir, embora em uma forma mais amena do que o finado NP, na versão de jornais como “Agora São Paulo” e ”Hora do Povo” no Brasil, além dos ingleses “News of the World” e “The Sun”, entre tantos outros exemplos mundo afora.

Nesse tipo de jornalismo a checagem da veracidade dos dados é praticamente inexistente. Se há uma suspeita, ainda que leve, sobre uma possível gravidez ou adultério de alguma celebridade, ou se um político é acusado de participar de um esquema de corrupção, lá vai a “Imprensa Marrom” estourar o escândalo nas manchetes, mantendo a imagem do “
jornalista urubu”, sempre rondando, na espera por algo que possa fazê-lo ser comentado. Com esse tipo de prática, jornais esperam vender mais.

As empresas de comunicação são entidades privadas interessadas tão-somente no lucro. A função social das mídias, se torna então um fato somente bonitinho a ser dito.

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