segunda-feira, 7 de abril de 2008

Garantir o emprego ou ser fiel ao “verdadeiro” jornalismo?


Anualmente milhares de novos jornalistas são lançados no mercado de trabalho. Todos em busca de colocar em prática aquilo que aprenderam na teoria. Com tanta concorrência é fácil compreender porque muitos partem para o que chamamos de jornalismo sensacionalista, deixando de lado a ideologia trazida das universidades e o sonho de exercer a profissão com total imparcialidade.
Isso não significa que estejam satisfeitos, significa que abraçaram uma oportunidade e que enquanto subordinados a uma filosofia devem exercer suas funções de maneira que atendam as necessidades e expectativas do órgão, e claro pontuando muito bem no famoso IBOPE ou atingindo as metas nas bancas de jornal. Esta é a regra que impera no mercado. Obviamente que isso não é justificativa para o jornalista julgar um caso ou outro, mas justifica os formatos jornalísticos e a corrida pela busca de uma nova informação que possa prender a atenção dos telespectadores ou leitores, pois sabemos que caso o profissional não consiga vender bem o seu produto, rapidamente ele será substituído. Quem não se lembra de
Bóris Casoy? Jornalista conceituado, renomado que fugiu à regra e teve que deixar a Record. É utopia acreditar que exista algum órgão de comunicação que seja totalmente independente. Todos os donos de empresas de comunicação visam lucro e é o que o Datena e outros tantos estão em busca, muitas vezes deixando de lado o sonho que tinham no início de carreira, do verdadeiro jornalismo que não se rende a nada e a ninguém.
É importante considerar que existem outras
maneiras de fazer jornalismo, escrevendo livros ,pesquisando, postando, afinal a vida é uma questão de escolhas!
Agora sejam sinceros e me respondam. Se você fosse convidado a ser um dos repórteres do Brasil Urgente, do Aqui Agora ou do Balanço Geral, o que fariam?

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