Opressão contra ideais dos estudantes
<ensaios narrativos>
Ao longo de quatro e duros anos de faculdade ouvi dizer que uma das coisas mais importante para o jornalista é ter opinião, e expor isso para os demais. No entanto acredito que o aspirante a jornalista é um tanto quanto podado dessa função primordial ainda quando está na faculdade. Nossa liberdade de expressão se baseia em expressar aquilo que lhes parece mais conveniente, um exemplo que vem acontecendo recorrente são as agências experimentais.
O aluno pode se expressar, pesquisar, abordar tudo que lhe parecer mais agradável, porém, somente se isso diz respeito ao 3º setor. Há dois anos fazemos matérias para TV, Rádio, Impresso e Web abordando assuntos do chamado 3º setor. Não que essa abordagem não tenha importância ou relevância no campo jornalístico, mas enfim, ela deveria ser melhor organizada, uma vez que somos submetidos a fazer determinados trabalhos, e isso se torna maçante, e o vigor com que a reportagem é feita se torna mínimo.
Manter o aluno a mercê de um trabalho para fins subjetivos da faculdade faz com que não desenvolvamos o trabalho com empenho e satisfação, tornando-o somente uma tarefa obrigatória para cumprir as atividades determinadas pelo curso.
As primeiras matérias sobre o 3º setor não pareciam tão desgastantes assim, até mesmo porque não sabia que a saga se repetiria por dois anos, enfim, o tempo foi passando e agora me tornei uma caçadora de pautas de organizações sem fins lucrativos e não governamentais, até que hoje chegamos ao ponto de fazer um raio-x sobre o terceiro setor de Atibaia, acredito que é um raio-x porque já havíamos encontrado tudo que podíamos, e agora temos que fazer um estudo "ainda mais" profundo sobre um tema do qual nós nem ao menos temos noticias factuais, o que fazemos é achar um objeto, pautar e especular sobre o assunto, que no fim acaba sendo de cunho somente informativo, e para ser bem sincera um tanto quanto repetitivo.
Falo isso tudo a respeito do que sinto e acredito, e do que achei que a faculdade seria e do ela realmente é. Dizem que o que faz uma faculdade são seus alunos, mas o que pensar uma vez que a mesma impossibilita de certa forma que o aluno seja ele mesmo? Me refiro aos alunos que se limitam a mostrar temas abordados infinitamente, enquanto são podados de oferecer pautas que lhe tragam mais tesão para desenvolver e adquirir um compromisso não somente social, mas também emocional, de expor suas idéias e compartilhar aquilo que é realmente importante para ele.
Em uma sala de aula com média de vinte e cinco alunos, são imensas as possibilidades de se discutir e abordar coisas diferentes, que para cada um tem um papel importante em sua vida, seja Cultura - cenário underground, Esportes, Musica, Moda, Religião, Games até mesmo sobre Bombas atômicas. Tudo isso é um desperdício de potencialidades, e no lugar disso nos prendemos a divulgações e explorações de alguns organizadores.
Nada pessoal, mas isso tudo nos torna jornalistas objetivos e não de opinião, nisto estou sendo desonesta comigo mesma, um trabalho mecânico não faz com que eu me desenvolva e cresça jornalisticamente falando, digo que a pratica e o mecanismo não são as mesmas coisas, sair a campo, fazer entrevistas, escrever textos pré-fabricados é mecânico demais, ainda mais porque os assuntos abordados são indiferentes à minha opinião e emoção.
Ao longo de quatro e duros anos de faculdade ouvi dizer que uma das coisas mais importante para o jornalista é ter opinião, e expor isso para os demais. No entanto acredito que o aspirante a jornalista é um tanto quanto podado dessa função primordial ainda quando está na faculdade. Nossa liberdade de expressão se baseia em expressar aquilo que lhes parece mais conveniente, um exemplo que vem acontecendo recorrente são as agências experimentais.
O aluno pode se expressar, pesquisar, abordar tudo que lhe parecer mais agradável, porém, somente se isso diz respeito ao 3º setor. Há dois anos fazemos matérias para TV, Rádio, Impresso e Web abordando assuntos do chamado 3º setor. Não que essa abordagem não tenha importância ou relevância no campo jornalístico, mas enfim, ela deveria ser melhor organizada, uma vez que somos submetidos a fazer determinados trabalhos, e isso se torna maçante, e o vigor com que a reportagem é feita se torna mínimo.
Manter o aluno a mercê de um trabalho para fins subjetivos da faculdade faz com que não desenvolvamos o trabalho com empenho e satisfação, tornando-o somente uma tarefa obrigatória para cumprir as atividades determinadas pelo curso.
As primeiras matérias sobre o 3º setor não pareciam tão desgastantes assim, até mesmo porque não sabia que a saga se repetiria por dois anos, enfim, o tempo foi passando e agora me tornei uma caçadora de pautas de organizações sem fins lucrativos e não governamentais, até que hoje chegamos ao ponto de fazer um raio-x sobre o terceiro setor de Atibaia, acredito que é um raio-x porque já havíamos encontrado tudo que podíamos, e agora temos que fazer um estudo "ainda mais" profundo sobre um tema do qual nós nem ao menos temos noticias factuais, o que fazemos é achar um objeto, pautar e especular sobre o assunto, que no fim acaba sendo de cunho somente informativo, e para ser bem sincera um tanto quanto repetitivo.
Falo isso tudo a respeito do que sinto e acredito, e do que achei que a faculdade seria e do ela realmente é. Dizem que o que faz uma faculdade são seus alunos, mas o que pensar uma vez que a mesma impossibilita de certa forma que o aluno seja ele mesmo? Me refiro aos alunos que se limitam a mostrar temas abordados infinitamente, enquanto são podados de oferecer pautas que lhe tragam mais tesão para desenvolver e adquirir um compromisso não somente social, mas também emocional, de expor suas idéias e compartilhar aquilo que é realmente importante para ele.
Em uma sala de aula com média de vinte e cinco alunos, são imensas as possibilidades de se discutir e abordar coisas diferentes, que para cada um tem um papel importante em sua vida, seja Cultura - cenário underground, Esportes, Musica, Moda, Religião, Games até mesmo sobre Bombas atômicas. Tudo isso é um desperdício de potencialidades, e no lugar disso nos prendemos a divulgações e explorações de alguns organizadores.
Nada pessoal, mas isso tudo nos torna jornalistas objetivos e não de opinião, nisto estou sendo desonesta comigo mesma, um trabalho mecânico não faz com que eu me desenvolva e cresça jornalisticamente falando, digo que a pratica e o mecanismo não são as mesmas coisas, sair a campo, fazer entrevistas, escrever textos pré-fabricados é mecânico demais, ainda mais porque os assuntos abordados são indiferentes à minha opinião e emoção.
Um comentário:
Ana, seu texto pode não ser uma reportagem, mas é um desabafo de quem deseja fazer algo diferente. E só por isso já valeu a pena!
Espero que seu desabafo a tenha deixado melhor, pois isso geralmente desestressa.
Bom, seu relato assemelha-se a uma crítica, se formos classificar dentro do que estabeleceu-se na atividade ensaios narrativos. Espero muito que várias pessoas cometem seu texto-desabafo.
Parabéns pela sinceridade e coragem
!!!!!
@_@"
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