Nas ruas de São Paulo a situação vem cada dia mais se agravando. Pessoas dormem nas ruas, debaixo de marqueses, crianças pedem dinheiro no farol ao invés de estarem na escola. É algo que chega a revoltar a população, que paga todos os tributos e não os vê revertidos em oportunidades para a sociedade.
Um dia desses estava eu na praça da Sé, aquele tumulto, manifestações, carros de som, camelôs... um inferno total! Quando parei por um instante meu olhar em meio à toda aquela movimentação e agitação existente no centro de São Paulo, vi sentada em uma calçada, apenas com uma bermuda velha e uma camiseta surrada, uma criança. Aparentava ter 9 anos de idade. Me aproximei, com toda inocência de quem mora no interior. Tentei puxar conversa com a criança, mas ela mal levantou os olhos em minha direção. Parecia um cão sem dono, alguém que está ali sem saber nem mesmo o porquê. Tinha a face calma, os olhos tristes e caídos. Por um instante me deu vontade de levá-la pra casa, dar-lhe comida, carinho. Mas em questão de segundos vi que não poderia fazer nada daquilo, que ajudar aquela criança daquela maneira estava fora do meu alcance. Mas pensei que ela pudesse estar faminta, dei-lhe então algum trocado e disse: “- Vá, procure o que comer!”
Me encostei num canto e fiquei observando a reação daquela criança, aparentemente muito agradecida. Eu estava com a alma limpa, tinha feito uma boa ação aquele dia. Embora tivesse gastado uma boa quantia com besteiras e coisas sem muita importância, eu também tinha ajudado alguém. E isso me fez sentir melhor. Continuei observando aquele pobre menino, quando ele se levantou, atravessou a rua e foi em direção à um homem sentado no chão, coberto com jornais do outro lado da rua. Percebi então o que o menino havia feito. Trocou aquelas meia dúzias de moedas por uma pedra de crack.
O momento que por um instante poderia ser o mais bonito do meu dia, se transformou em uma fração de segundos.
A resposta para essa atitude do garoto eu ainda não descobri, e nem quero. O meu maior desejo é que este tipo de coisa jamais aconteça, nem frente aos meus olhos, nem longe deles.
Um dia desses estava eu na praça da Sé, aquele tumulto, manifestações, carros de som, camelôs... um inferno total! Quando parei por um instante meu olhar em meio à toda aquela movimentação e agitação existente no centro de São Paulo, vi sentada em uma calçada, apenas com uma bermuda velha e uma camiseta surrada, uma criança. Aparentava ter 9 anos de idade. Me aproximei, com toda inocência de quem mora no interior. Tentei puxar conversa com a criança, mas ela mal levantou os olhos em minha direção. Parecia um cão sem dono, alguém que está ali sem saber nem mesmo o porquê. Tinha a face calma, os olhos tristes e caídos. Por um instante me deu vontade de levá-la pra casa, dar-lhe comida, carinho. Mas em questão de segundos vi que não poderia fazer nada daquilo, que ajudar aquela criança daquela maneira estava fora do meu alcance. Mas pensei que ela pudesse estar faminta, dei-lhe então algum trocado e disse: “- Vá, procure o que comer!”
Me encostei num canto e fiquei observando a reação daquela criança, aparentemente muito agradecida. Eu estava com a alma limpa, tinha feito uma boa ação aquele dia. Embora tivesse gastado uma boa quantia com besteiras e coisas sem muita importância, eu também tinha ajudado alguém. E isso me fez sentir melhor. Continuei observando aquele pobre menino, quando ele se levantou, atravessou a rua e foi em direção à um homem sentado no chão, coberto com jornais do outro lado da rua. Percebi então o que o menino havia feito. Trocou aquelas meia dúzias de moedas por uma pedra de crack.
O momento que por um instante poderia ser o mais bonito do meu dia, se transformou em uma fração de segundos.
A resposta para essa atitude do garoto eu ainda não descobri, e nem quero. O meu maior desejo é que este tipo de coisa jamais aconteça, nem frente aos meus olhos, nem longe deles.
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