Relato de uma aventura diferente e emocionante
<ensaios narrativos>
Marcela sempre via na TV sobre os esportes radicais, sem dizer das revistas que já abordaram o assunto.
Ao trabalhar numa empresa que confecciona roupas de aventura, acabou conhecendo esse mundo até o momento tão diferente. Ter contato com praticantes de aventura e poder ouvir suas histórias, despertou a curiosidade de sentir a tal adrenalina, que tanto falavam. Claro que já havia passado por isso em qualquer outro momento de emoção, porém sabia que a sensação de voar, de saltar, de escalar com certeza era diferente.
Ao ver alguém saltar de tal altura se perguntava o que faria uma pessoa arriscar a vida desse jeito. Para Thammy Igarashi, de apenas vinte e três anos e salta constantemente de bungee jump , nem pensa no que pode vir acontecer, ela busca a sensação de liberdade, e quer sempre um desafio novo.
O que ela percebeu é que para esses aventureiros, assim como um jogador que é apaixonado pelo futebol, eles são apaixonados pelo que fazem. O contato com a natureza, seja por terra ou por ar, só o fazem a desafiar o próprio corpo e até mesmo a própria vida.
E porque não provar alguma coisa do tipo? Falar é fácil, sentir na pele é bem pior.
Num parque de diversões no interior de São Paulo em Vinhedo, o Hopi Hari oferece aos visitantes a oportunidade de saltar de skycoaster. Uma a três pessoas puxadas por uma corda numa altura de 53 m, onde a velocidade pode ultrapassar os 120 Km/h a 4 metros do solo. Vontade e curiosidade fizeram com que Marcela e mais dois amigos experimentassem essa nova aventura.
Estavam numa sala onde era a fila. Pessoas com caras de espanto, chorando, outros rindo entravam na sala depois do salto. O coração já estava a mil antes de colocar a roupa adequada, estava num beco onde poderia ter saída, porém estava muito longe. Até poderia voltar atrás, mas não pensava em nada. Marcela começou a rezar, mesmo que nunca aconteceu alguma tragédia com “o brinquedo”, estava sim, arriscando sua vida e a frase “sempre tem uma primeira vez”, não saia da cabeça.
Era a vez. Colocaram os coletes, os instrutores amarravam dali e amarravam lá, nem sabia mais o que estavam fazendo. A Pâmela, sua amiga, entrou em desespero. Para ela, eles não tinham colocado a roupa direito e estava se sentindo solta. Marcela já estava
muda e não ouvia mais nada. O Alessandro, que estava nessa loucura também, era o mais calmo e as duas não entendia de onde ele tirava tranqüilidade, porque assim como elas, era a primeira vez que ele saltara.
A voz do instrutor novamente, “o mais alto vai ao meio, a pessoa que estiver na direita vai puxar a corda para o salto”. Na hora ninguém queria puxar essa corda, não queriam ser responsável de puxar uma corda errada já pensou? Mas não existia uma outra corda e não tinha segredo, era só puxar! Ainda bem que a Pâmela ficou responsável por isso.
Ao centro do local, os três colados um com o outro, colocaram os pés e ops! Era como se estivesse,m deitados em um colchão, ficaram a pouquíssimos metros do chão e balançava. O rapaz que trabalha no “brinquedo”, falou rápido e os prenderam naquela enorme corda que começou a nos puxar para cima.
A instrução era para assim que lá embaixo acendesse a luz, a Pâmela deveria puxar a corda. Era uma cordinha que ficava a direita do corpo dela. Segundo Marcela a subida foi traumática, pensou em tudo principalmente no que estava fazendo ali. E não parava de subir, queria sair dali, mas era impossível. Ficou muda!
A luz lá de baixo? Não viu e não ouvu o Alê e a Pam se comunicarem lá em cima. Adrenalina? Ainda não, era medo mesmo. Quando a tal cordinha foi puxada, com os olhos, não sentia coração bater, as pernas, não sentia nada. No meio da primeira descida, abriu os olhos, tinha que aproveitar o momento e que momento!
Era um enorme balanço que levava-nos até um lago e voltava. A sensação que a Thammy havia falado de liberdade era realmente incrível. Os três estavam aos gritos, o medo tinha ido embora e só restava essa adrenalina que segundo eles é INEXPLICÁVEL. O sol já havia se posto e o vento frio no rosto dava a sensação de que eram pássaros, pois estavam voando.
Em terra firme, um desapontamento, pois já havia acabado. Não conseguiam explicar o fato de querer mais.
Marcela relata que saltar de 53 metros não chega nem aos pés dos aventureiros natos, mas é um bom começo para quem é amador no assunto e quer descobrir novos desafios.
“A princípio senti pavor, não sentia o corpo. Pensei que não ia conseguir puxar a corda, mas quando acendeu a luz, puxei logo porque queria muito sair dali. Faria de novo pela adrenalina”. Disse Pâmela Crisley, 24. Já Alessandro de Moraes, 29, disse que a calmaria no começo foi substituída por medo, mas que depois não havia se arrependido por um momento tão perfeito.
Agora a jovem Marcela de 23 anos sabe por que esses aventureiros e loucos, como os chamavam, querem sempre mais. È realmente tentar superar o próprio limite. Isso foi pouco para o que ela e seus dois amigos querem fazer. Querem sim sentir essa sensação diferente mais vezes, e em lugares mais bonitos e mais altos. Por quê? “Porque tudo o que é bom, a gente quer mais”, afirma.
O conceito de esporte de aventura ainda é novo no Brasil. Por isso, o termo "esportes radicais" é usado indiscriminadamente para se referir a essa atividade. Embora alguns esportistas pratiquem algumas dessas atividades em situações que exijam grande habilidade, os esportes de aventura, em geral, são praticadas por pessoas comuns, não exigem nenhuma habilidade especial e oferecem pouco risco. Esportes de aventura são, portanto, atividades realizadas sempre ao ar livre, em contato com a natureza, envolvendo a descoberta de novo local ou de um novo conhecimento. O esporte de aventura não é, necessariamente, uma competição.
Para quem se interessa a conhecer melhor este mundo, no site www.webadventure.com.br irá encontrar todas as informações sobre aventura ao ar livre, inclusive as cidades que oferecem a prática desse esporte.
Em nossa cidade, Atibaia interior de São Paulo, destaca-se o vôo livre (paraglyder e asa delta), mais informações no www.atibaia.com.br
Bons ventos!
Ao trabalhar numa empresa que confecciona roupas de aventura, acabou conhecendo esse mundo até o momento tão diferente. Ter contato com praticantes de aventura e poder ouvir suas histórias, despertou a curiosidade de sentir a tal adrenalina, que tanto falavam. Claro que já havia passado por isso em qualquer outro momento de emoção, porém sabia que a sensação de voar, de saltar, de escalar com certeza era diferente.
Ao ver alguém saltar de tal altura se perguntava o que faria uma pessoa arriscar a vida desse jeito. Para Thammy Igarashi, de apenas vinte e três anos e salta constantemente de bungee jump , nem pensa no que pode vir acontecer, ela busca a sensação de liberdade, e quer sempre um desafio novo.
O que ela percebeu é que para esses aventureiros, assim como um jogador que é apaixonado pelo futebol, eles são apaixonados pelo que fazem. O contato com a natureza, seja por terra ou por ar, só o fazem a desafiar o próprio corpo e até mesmo a própria vida.
E porque não provar alguma coisa do tipo? Falar é fácil, sentir na pele é bem pior.
Num parque de diversões no interior de São Paulo em Vinhedo, o Hopi Hari oferece aos visitantes a oportunidade de saltar de skycoaster. Uma a três pessoas puxadas por uma corda numa altura de 53 m, onde a velocidade pode ultrapassar os 120 Km/h a 4 metros do solo. Vontade e curiosidade fizeram com que Marcela e mais dois amigos experimentassem essa nova aventura.
Estavam numa sala onde era a fila. Pessoas com caras de espanto, chorando, outros rindo entravam na sala depois do salto. O coração já estava a mil antes de colocar a roupa adequada, estava num beco onde poderia ter saída, porém estava muito longe. Até poderia voltar atrás, mas não pensava em nada. Marcela começou a rezar, mesmo que nunca aconteceu alguma tragédia com “o brinquedo”, estava sim, arriscando sua vida e a frase “sempre tem uma primeira vez”, não saia da cabeça.
Era a vez. Colocaram os coletes, os instrutores amarravam dali e amarravam lá, nem sabia mais o que estavam fazendo. A Pâmela, sua amiga, entrou em desespero. Para ela, eles não tinham colocado a roupa direito e estava se sentindo solta. Marcela já estava
muda e não ouvia mais nada. O Alessandro, que estava nessa loucura também, era o mais calmo e as duas não entendia de onde ele tirava tranqüilidade, porque assim como elas, era a primeira vez que ele saltara.
A voz do instrutor novamente, “o mais alto vai ao meio, a pessoa que estiver na direita vai puxar a corda para o salto”. Na hora ninguém queria puxar essa corda, não queriam ser responsável de puxar uma corda errada já pensou? Mas não existia uma outra corda e não tinha segredo, era só puxar! Ainda bem que a Pâmela ficou responsável por isso.
Ao centro do local, os três colados um com o outro, colocaram os pés e ops! Era como se estivesse,m deitados em um colchão, ficaram a pouquíssimos metros do chão e balançava. O rapaz que trabalha no “brinquedo”, falou rápido e os prenderam naquela enorme corda que começou a nos puxar para cima.
A instrução era para assim que lá embaixo acendesse a luz, a Pâmela deveria puxar a corda. Era uma cordinha que ficava a direita do corpo dela. Segundo Marcela a subida foi traumática, pensou em tudo principalmente no que estava fazendo ali. E não parava de subir, queria sair dali, mas era impossível. Ficou muda!
A luz lá de baixo? Não viu e não ouvu o Alê e a Pam se comunicarem lá em cima. Adrenalina? Ainda não, era medo mesmo. Quando a tal cordinha foi puxada, com os olhos, não sentia coração bater, as pernas, não sentia nada. No meio da primeira descida, abriu os olhos, tinha que aproveitar o momento e que momento!
Era um enorme balanço que levava-nos até um lago e voltava. A sensação que a Thammy havia falado de liberdade era realmente incrível. Os três estavam aos gritos, o medo tinha ido embora e só restava essa adrenalina que segundo eles é INEXPLICÁVEL. O sol já havia se posto e o vento frio no rosto dava a sensação de que eram pássaros, pois estavam voando.
Em terra firme, um desapontamento, pois já havia acabado. Não conseguiam explicar o fato de querer mais.
Marcela relata que saltar de 53 metros não chega nem aos pés dos aventureiros natos, mas é um bom começo para quem é amador no assunto e quer descobrir novos desafios.
“A princípio senti pavor, não sentia o corpo. Pensei que não ia conseguir puxar a corda, mas quando acendeu a luz, puxei logo porque queria muito sair dali. Faria de novo pela adrenalina”. Disse Pâmela Crisley, 24. Já Alessandro de Moraes, 29, disse que a calmaria no começo foi substituída por medo, mas que depois não havia se arrependido por um momento tão perfeito.
Agora a jovem Marcela de 23 anos sabe por que esses aventureiros e loucos, como os chamavam, querem sempre mais. È realmente tentar superar o próprio limite. Isso foi pouco para o que ela e seus dois amigos querem fazer. Querem sim sentir essa sensação diferente mais vezes, e em lugares mais bonitos e mais altos. Por quê? “Porque tudo o que é bom, a gente quer mais”, afirma.
O conceito de esporte de aventura ainda é novo no Brasil. Por isso, o termo "esportes radicais" é usado indiscriminadamente para se referir a essa atividade. Embora alguns esportistas pratiquem algumas dessas atividades em situações que exijam grande habilidade, os esportes de aventura, em geral, são praticadas por pessoas comuns, não exigem nenhuma habilidade especial e oferecem pouco risco. Esportes de aventura são, portanto, atividades realizadas sempre ao ar livre, em contato com a natureza, envolvendo a descoberta de novo local ou de um novo conhecimento. O esporte de aventura não é, necessariamente, uma competição.
Para quem se interessa a conhecer melhor este mundo, no site www.webadventure.com.br irá encontrar todas as informações sobre aventura ao ar livre, inclusive as cidades que oferecem a prática desse esporte.
Em nossa cidade, Atibaia interior de São Paulo, destaca-se o vôo livre (paraglyder e asa delta), mais informações no www.atibaia.com.br
Bons ventos!
Um comentário:
Esportes radicais é para pessoas que tem muito forte a compulsão de morte. Tô fora!. Já li matérias que mostram as lesões no globo ocular, na coluna etc.
Mas como muitos acham que o corpo é um objeto para ser utilizado de qualquer forma, então tudo bem!
Bom, em relação ao seu relato, sem dúvida ele é envolvente. Até pensei que fosse dar em desgraça, porque já li tanta desgraça que mais uma não seria novidade.
Você escreve bem textos literários ou com características mais opinativas.
O que não gostei foi o jabaculê embutido.
\\\\\
@_@"
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