<ensaios narrativos>
Mais uma segunda-feira e Eduardo Viotti, jornalista de 30 anos, segue ao trabalho. Já exausto – reflexo do fim de semana. E que fim de semana.
Freqüentador assíduo da praça Benedito Calixto, é lá que o jornalista se “refaz”, ao som de um bom chorinho, se concentra com as obras de arte e repõe as energias degustando os quitutes da extensa praça de alimentação.
O quarteirão cultural é circundado por restaurantes, bares e lojas de decoração. É ousado, concentrando gente moderna, artistas, amantes da antiguidade, pais com filhos pequenos, ou – simplesmente curiosos. “Sou jornalista, sou curioso; é aqui que passo meus sábados; é aqui que deixo meu estresse do dia-a-dia; é aqui que recarrego minhas energias”.
Viotti, com sua bolsa transpassada pelo corpo, olha – todos os sábados – aos arredores da Praça Benedito Calixto. “Não, não estou em busca de pautas; estou em busca de paz”. Paz? Ao som do “Chorinho na Praça”? A resposta é sim, pelo menos para Viotti, que chega aos sábados bem cedinho na praça, aprecia as novidades expostas pelos artesãos ou móveis, lustres e outros objetos antigos à venda; antes de ouvir a roda de choro tocar, que tem início às 14h30, ele também presta atenção nas declamações dos poetas, e nas performances dos artistas “multitarefas”.
Ao som do chorinho durante a tarde, Viotti senta um pouco longe do “borburinho”, fica embaixo de uma árvore e lê um capítulo do livro. Às 18h, quando termina o “sonzinho maestral”, como ele mesmo gosta de citar, a praça ainda acolhe espetáculos de música de diversos gêneros. Um desses espetáculos que acontece com bastante freqüência é a apresentação de corais às 18 horas, encerrando as atividades da Feira.
Mas não para por aí: esse ponto de referência intelectual e cultural – que já faz parte do calendário turístico e de lazer de São Paulo – também recebe – duas vezes ao mês – o projeto “Autor na Praça”, e desperta muita atenção do público. E de Viotti também. No espaço de apresentações Plínio Marcos, autores fazem lançamentos de seus livros enquanto batem um papo descontraído com os freqüentadores. Viotti, curioso ao extremo, não perde nenhum desse evento e, diga-se de passagem, não deixa nem sequer outros curiosos fazerem alguma pergunta aos autores, pois ele não se limita a ficar calado – nem que seja por um instante, quando rodeado de pessoas intelectuais tanto quanto ele. “Ossos do ofício”, ele mesmo diz, contrariando a conversa de que não arrumaria pautas e mais pautas durante o seu “lazer” na Praça Benedito Calixto.
Eis que agora, neste momento, Viotti está no metrô, rumo ao seu trabalho. Mais uma semana se inicia e ele de olho no tempo, torcendo assiduamente para que o tão esperado sábado chegue logo. Viotti chega no trabalho tira um velho caderninho da tão “rodada” bolsa transpassada e senta frente ao computador. E lá registra todos os momentos de um dia ensolarado ao som de chorinho, quitutes e cultura. E no dia seguinte, os anônimos artistas estão estampados na capa de um conceituado jornal, com a seguinte manchete. “O anônimo só existe para quem quer ficar no anonimato”.
Freqüentador assíduo da praça Benedito Calixto, é lá que o jornalista se “refaz”, ao som de um bom chorinho, se concentra com as obras de arte e repõe as energias degustando os quitutes da extensa praça de alimentação.
O quarteirão cultural é circundado por restaurantes, bares e lojas de decoração. É ousado, concentrando gente moderna, artistas, amantes da antiguidade, pais com filhos pequenos, ou – simplesmente curiosos. “Sou jornalista, sou curioso; é aqui que passo meus sábados; é aqui que deixo meu estresse do dia-a-dia; é aqui que recarrego minhas energias”.
Viotti, com sua bolsa transpassada pelo corpo, olha – todos os sábados – aos arredores da Praça Benedito Calixto. “Não, não estou em busca de pautas; estou em busca de paz”. Paz? Ao som do “Chorinho na Praça”? A resposta é sim, pelo menos para Viotti, que chega aos sábados bem cedinho na praça, aprecia as novidades expostas pelos artesãos ou móveis, lustres e outros objetos antigos à venda; antes de ouvir a roda de choro tocar, que tem início às 14h30, ele também presta atenção nas declamações dos poetas, e nas performances dos artistas “multitarefas”.
Ao som do chorinho durante a tarde, Viotti senta um pouco longe do “borburinho”, fica embaixo de uma árvore e lê um capítulo do livro. Às 18h, quando termina o “sonzinho maestral”, como ele mesmo gosta de citar, a praça ainda acolhe espetáculos de música de diversos gêneros. Um desses espetáculos que acontece com bastante freqüência é a apresentação de corais às 18 horas, encerrando as atividades da Feira.
Mas não para por aí: esse ponto de referência intelectual e cultural – que já faz parte do calendário turístico e de lazer de São Paulo – também recebe – duas vezes ao mês – o projeto “Autor na Praça”, e desperta muita atenção do público. E de Viotti também. No espaço de apresentações Plínio Marcos, autores fazem lançamentos de seus livros enquanto batem um papo descontraído com os freqüentadores. Viotti, curioso ao extremo, não perde nenhum desse evento e, diga-se de passagem, não deixa nem sequer outros curiosos fazerem alguma pergunta aos autores, pois ele não se limita a ficar calado – nem que seja por um instante, quando rodeado de pessoas intelectuais tanto quanto ele. “Ossos do ofício”, ele mesmo diz, contrariando a conversa de que não arrumaria pautas e mais pautas durante o seu “lazer” na Praça Benedito Calixto.
Eis que agora, neste momento, Viotti está no metrô, rumo ao seu trabalho. Mais uma semana se inicia e ele de olho no tempo, torcendo assiduamente para que o tão esperado sábado chegue logo. Viotti chega no trabalho tira um velho caderninho da tão “rodada” bolsa transpassada e senta frente ao computador. E lá registra todos os momentos de um dia ensolarado ao som de chorinho, quitutes e cultura. E no dia seguinte, os anônimos artistas estão estampados na capa de um conceituado jornal, com a seguinte manchete. “O anônimo só existe para quem quer ficar no anonimato”.
Um comentário:
Pollyu, vejo que vc vai à praça, pois percebeu bem e não só entrevistou (mentalmente ou fisicamente) o jornalista que usou como personagem neste universo cultural.
Seu modelo narrativo foi muito feliz, pois mescla c enquanto observadora, o foco em um personagem, sem dizer o olhar cuidadoso no entorno.
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@_@♫
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