segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Para onde vai o jornalismo

Por onde vai o Jornalismo

No que se refere aos meios de comunicação, os avanços da tecnologia certamente colocaram à disposição do ser humano uma infinidade de vantagens em relação ao início do século XX, quando as primeiras empresas jornalísticas começaram a se estruturar profissionalmente.
Em cem anos, o homem superou o espaço-tempo da informação distribuída a cada 24 horas, nos jornais, para atingir o jornalismo on-line que disponibiliza a informação quase ao mesmo tempo em que o fato está acontecendo, assegurando níveis de atualização jamais imaginados nos tempos pioneiros do jornalismo.
Pesquisadores e estudiosos, alertados para a vertiginosa escalada de mudanças nos paradigmas da área, indagam-se sobre os resultados que tudo isto terá na relação entre quem produz o texto informativo e quem o recebe.
Buscando respostas sobre as tendências desse novo jornalismo, as pessoas que se interessam pela área acompanharam com atenção o 53º Congresso Mundial de Jornais, realizado no Rio, de 9 a 14 de junho último, com a presença de 1.300 participantes, representando 71 países. Discutiu-se amplamente o tema “A Imprensa do Próximo Século e a Reorganização das Empresas Jornalísticas”, com ênfase para o papel da Internet no meio informativo. Paralelamente foi realizado o 7º Fórum de Editores.
Timothy Balding, sabe, entretanto, que o futuro jornalista deverá estar habilitado a produzir conteúdos que alcançarão o receptor através de multimeios como TV, Rádio, Televisão, Jornal Impresso, Internet...Narrou a experiência do “ Orlando Sentinel”, da Flórida-EUA, onde os repórteres fazem, num só dia, matérias escritas, trabalham como âncoras na TV, apresentam notícias no Rádio e preparam matérias para a Internet.
Mostrando que os jornais eletrônicos trazem nova audiência para a mídia impressa – ao invés de destruí-la como chegou a imaginar Bill Gates – Balding afirmou que os anunciantes estão perdendo a confiança na TV aberta devido à queda de audiência. Os usuários estão emigrando para a Internet na medida em que o computador vai chegando a um número cada vez maior de casas.
Para o jornalista brasileiro Rosenthal Calmon Alves, professor da Universidade de Austim, no Texas, não se deve esperar que o formato atual do computador dificulte o acesso das pessoas ao jornalismo eletrônico porque já existem aparelhos que permitem ler o jornal em qualquer lugar, sem uso de papel. Ele prevê que “ logo tais aparelhos estarão tão eficientes e baratos que as pessoas vão carregá-los consigo e as empresas terão que produzir conteúdos, notícias escritas ou imagens para abastecê-los”.
De acordo com a diretora de Jornalismo do jornal carioca “ O Dia”, Ruth de Aquino, presidente do 7º Fórum Mundial de Editores, a alternativa dos jornais, hoje, está na “convergência de mídia”, ou seja, na possibilidade de um grupo de comunicação produzir sites, jornais, rádios e tevês. Segundo ela os jornais sabem que são uma usina de conteúdo e quanto vale ter uma redação que está produzindo informações para todo tipo de mídia.
Isto exigirá um profissional cada vez mais qualificado e em sintonia com as novas tecnologias.
Antes que a Internet complete sua primeira década, o leitor habitual de jornais terá se transformado em seu próprio editor, selecionando e imprimindo em casa apenas o que lhe interessa, segundo avaliação de Gunther Bottcher, diretor-executivo da Infra, empresa de consultoria tecnológica ligada à Associação Mundial de Jornais. Segundo ele as novas tecnologias conectarão o leitor diretamente com os centros de produção dos jornais, permitindo imprimir em casa ( home printing ) um jornal de 48 páginas, em um a três minutos, antes mesmo que a edição de papel esteja em circulação convencional ( bancas e assinantes ). Isto permitirá aos jornais enfrentar a concorrência da própria Internet.
Quem fala na nova economia da Internet fala em grandes números. É assim também no jornalismo on-line que vem conquistando novos usuários o tempo todo, o que significa incorporar, também, fatias cada vez mais expressivas do mercado publicitário.
Segundo o diretor da Media & Entertainment Research, Christopher Charron, “em cinco anos 18% da verba publicitária normalmente destinada à mídia impressa, será desviada para a Internet”. O setor de classificados é o que está emigrando mais rapidamente para a rede. Dentro do segmento de classificados, os produtos que despertam mais interesse dos usuários de computador são os empregos, os carros e os imóveis.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

Kitagawa, apesar de seu texto trazer uma discussão candente, o modo como vc expõe preocupa-me, pois em nenhum momento você cita a fonte que serviu de inspiração. Uma busca na web, no entanto, mostra que vc fez adptação, mas também apropriação do texto de Pedro Celso Campos, com o mesmo título, no endereço:http://webmail.faac.unesp.br/~pcampos/paraondevaiojornalismo.htm
Assim fica difícil considerar a prática jornalística, o respeito às fontes e o exemplo ético que devemos adotar.
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