As flores de plástico não morrem
<ensaios literários>
De acordo com uma reportagem divulgada pelo jornal britânico The Independent, uma imensa área no norte do Oceano Pacífico estaria tomada por uma “sopa de lixo”.
Segundo a matéria, existiria um imenso depósito flutuante que se estenderia por uma área distante da costa da Califórnia, com cerca de 500 milhas náuticas. Esta área seria duas vezes o território dos Estados Unidos, passaria pelas águas do Havaí, e quase chegaria ao Japão.
A mancha foi descoberta por acaso pelo oceanógrafo americano Charles Moore, que em 1997, durante uma competição de barco à vela, optou por um trajeto diferente para cortar o caminho entre Los Angeles e o Havaí.
A área, conhecida como “giro pacífico norte”, é um local onde oceano circula lentamente devido aos poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos que estariam "segurando o lixo".
Acredita-se que 100 milhões de toneladas de lixo estejam flutuando na região. Um quinto dos dejetos – que incluem itens como bolas de futebol, caiaques, bolsas de plásticos e destroços de naufrágios – seria jogado de plataformas de petróleo e embarcações que passam pelo local. O resto viria do continente.
(Dês)contribuição da população
Comparada aos navios, a poluição “produzida” em terra chega a ser duas vezes e meia maior. Estima-se que 50% do lixo seja material plástico, que, em terra, leva de 100 a 450 anos para desaparecer. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as principais fontes de poluição dos oceanos são a dragagem dos portos, o derramamento de óleo, o esgoto lançado pelas cidades e o descarte de resíduos diretamente no mar feito, também, por navios.
O professor adjunto do Centro de Estudos do Mar, César de Castro Martins, exemplifica. “A título de comparação, a estimativa de óleo derramado pelos navios petroleiros no mundo é da ordem de 1,3 m³/ano, enquanto que a carga de óleo presente no esgoto descartado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, é estimada em 18 m³ por segundo”, diz.
Olhos e coração que sentem
Este é apenas um retrato em dimensão ampliada, do que ocorre no mundo. No Brasil, o assunto é questionado, nas escolas nos cursinhos nas ruas nos bate papos em bares e nas calçadas, em todos os lugares fala-se de meio ambiente, porém somente falar sobre não resolvido.
Falta envolvimento, isto porque talvez tenhamos a percepção de que tudo isso seja distante, talvez porque seja difícil demais realmente observar o espaço em que se vive, talvez porque estejamos calejados de tanta desgraças.
Infelizmente é triste perceber que um grande desmatamento de cerca de 680.000 km2
da floresta Amazônica Brasileira seja tratada apenas como estatística, ou seja, mais ou menos 17% da floresta esta degradada.
E todos nós comentaremos e ficaremos pasmados, e é claro aguardaremos as próximas porcentagens.
Um comentário:
Kauana, interessante vc lembrar o estado pelo qual passa o planeta. lamentavelmente as próximas gerações vão amargar a irresponsabilidade dos nossos contemporâneos.
Você usou o relato informativo clássico de reportagem, associando com opinião no final. Como houvera dito, talvez fosse legal levar o ritmo e o modelo vigente, colocando na pessoa de especialistas sua indignação.
Se optasse por algo mais opinativo, por certo poderias usar descrição etc.
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@_@♫
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