Paulo Autran - o ator brasileiro considerado pela classe teatral como o "senhor dos palcos"
<ensaios narrativos>
Ao parar para pensar sobre os acontecimentos recentes e marcantes que pudessem virar uma ótima matéria, acabei por me lembrar de uma espécie de auto de natal, realizado no Paraná que, devido à minha vida de estudante trabalhador falido, só pude acompanhar pela tv.
Foi um evento realizado em um grande prédio de Curitiba, com centenas de crianças espalhadas pelas janelas do edifício, entoando canções natalinas. Tudo muito lindo. E no meio de todas aquelas crianças, encontrava-se Paulo. Mas não era um menino qualquer. Ele estava lá, cantando e encenando com as crianças, fazendo referências à infância e à importância do espírito do natal. Um pequeno detalhe diferenciava aquele menino dos outros: ele estava no meio dos seus oitenta e tantos anos. Presentes ali, estavam as mil faces de um dos maiores e melhores atores brasileiros: era Paulo Autran.
Hoje, quase um ano depois de sua morte, podemos parar para pensar na idolatria que costumava (e ainda costuma) rodear o nome de Paulo Autran. Sua história, dizem por aí, se mistura com a história do teatro brasileiro do século XX. Mas também pudera.
Paulo lutou para que o teatro brasileiro pudesse estar em contato com o povo brasileiro. Foi uma pessoa que lutou pela liberdade, lutou pela classe, lutou pela evolução cultural do Brasil.
E, infelizmente (e até inevitavelmente), o teatro brasileiro ficou mais pobre. No dia 12 de outubro de 2007, por conta de um câncer de pulmão e um enfisema pulmonar, Autran faleceu. Os palcos de teatro brasileiro se estremeceram com a notícia. Não havia como aceitar que uma peça-chave da dramaturgia havia cumprido sua missão. E que missão!
Paulo Paquet Autran nasceu no Rio de Janeiro, mas passou a maior parte de sua vida na cidade de São Paulo. Com poucos meses de idade foi para Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo e em 1927 sua família se mudou para a capital paulista.
Influenciado pelo pai, que era delegado de polícia, o jovem Paulo se formou em Direito na Faculdade do Largo São Francisco (USP) em 1945. Advogou até 1949, quando, através de algumas apresentações amadoras que fazia por hobby, conheceu Tônia Carrero, também atriz iniciante, da qual se tornou grande amigo e parceiro de palco. Foi com Tônia que Paulo encenou sua primeira peça (“Um Deus dormiu lá em casa”). Com esse primeiro trabalho foi premiado pela Associação Brasileira de Críticos de Teatro. E a partir daí, Paulo não parou mais.
Em 1956, com Adolfo Celi e Tônia Carrero, fundou uma companhia teatral que durou 5 anos. Depois, seguiu carreira independente. Foram 55 anos de carreira, cerca de 90 peças teatrais e 15 filmes, além de novelas e especiais para a TV. Seu último trabalho foi a peça “O avarento” de Molière.
Ainda hoje, quase 365 dias depois de sua morte, se tivéssemos que definir Paulo Autran, usaríamos duas palavras que possuem as mesmas iniciais de seu nome: Pura Arte. Paulo Autran sempre foi pura arte.Ele era orgulho para qualquer brasileiro. Vivia para o teatro e para os cigarros. Fumava cerca de 4 maços por dia. Era culto e inteligente. Contudo, por conta dos cigarros, considerava-se burro e fraco. Mesmo assim, nunca escondeu seu gosto pelo fumo. Tinha um olho de cada cor, um verde e outro castanho. Gostava de coisas diferentes. Sem dúvidas, Paulo era diferente.
Ao parar para pensar sobre os acontecimentos recentes e marcantes que pudessem virar uma ótima matéria, acabei por me lembrar de uma espécie de auto de natal, realizado no Paraná que, devido à minha vida de estudante trabalhador falido, só pude acompanhar pela tv.
Foi um evento realizado em um grande prédio de Curitiba, com centenas de crianças espalhadas pelas janelas do edifício, entoando canções natalinas. Tudo muito lindo. E no meio de todas aquelas crianças, encontrava-se Paulo. Mas não era um menino qualquer. Ele estava lá, cantando e encenando com as crianças, fazendo referências à infância e à importância do espírito do natal. Um pequeno detalhe diferenciava aquele menino dos outros: ele estava no meio dos seus oitenta e tantos anos. Presentes ali, estavam as mil faces de um dos maiores e melhores atores brasileiros: era Paulo Autran.
Hoje, quase um ano depois de sua morte, podemos parar para pensar na idolatria que costumava (e ainda costuma) rodear o nome de Paulo Autran. Sua história, dizem por aí, se mistura com a história do teatro brasileiro do século XX. Mas também pudera.
Paulo lutou para que o teatro brasileiro pudesse estar em contato com o povo brasileiro. Foi uma pessoa que lutou pela liberdade, lutou pela classe, lutou pela evolução cultural do Brasil.
E, infelizmente (e até inevitavelmente), o teatro brasileiro ficou mais pobre. No dia 12 de outubro de 2007, por conta de um câncer de pulmão e um enfisema pulmonar, Autran faleceu. Os palcos de teatro brasileiro se estremeceram com a notícia. Não havia como aceitar que uma peça-chave da dramaturgia havia cumprido sua missão. E que missão!
Paulo Paquet Autran nasceu no Rio de Janeiro, mas passou a maior parte de sua vida na cidade de São Paulo. Com poucos meses de idade foi para Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo e em 1927 sua família se mudou para a capital paulista.
Influenciado pelo pai, que era delegado de polícia, o jovem Paulo se formou em Direito na Faculdade do Largo São Francisco (USP) em 1945. Advogou até 1949, quando, através de algumas apresentações amadoras que fazia por hobby, conheceu Tônia Carrero, também atriz iniciante, da qual se tornou grande amigo e parceiro de palco. Foi com Tônia que Paulo encenou sua primeira peça (“Um Deus dormiu lá em casa”). Com esse primeiro trabalho foi premiado pela Associação Brasileira de Críticos de Teatro. E a partir daí, Paulo não parou mais.
Em 1956, com Adolfo Celi e Tônia Carrero, fundou uma companhia teatral que durou 5 anos. Depois, seguiu carreira independente. Foram 55 anos de carreira, cerca de 90 peças teatrais e 15 filmes, além de novelas e especiais para a TV. Seu último trabalho foi a peça “O avarento” de Molière.
Ainda hoje, quase 365 dias depois de sua morte, se tivéssemos que definir Paulo Autran, usaríamos duas palavras que possuem as mesmas iniciais de seu nome: Pura Arte. Paulo Autran sempre foi pura arte.Ele era orgulho para qualquer brasileiro. Vivia para o teatro e para os cigarros. Fumava cerca de 4 maços por dia. Era culto e inteligente. Contudo, por conta dos cigarros, considerava-se burro e fraco. Mesmo assim, nunca escondeu seu gosto pelo fumo. Tinha um olho de cada cor, um verde e outro castanho. Gostava de coisas diferentes. Sem dúvidas, Paulo era diferente.
Um comentário:
Antonio, realmente vc pegou o leitor pela mão e o colocou diante do personagem.
Uma mescla de relato, crônica e perfil mostra como o texto opinativo é carregado de sentimento e de responsabilidade.
Vc apostou em um modo de escrita e em uma estrutura bem lúcida!
Valeu!
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@_@♫
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