quinta-feira, 29 de maio de 2008

O jornalismo que não admite erros

"Agência de Notícias da Aids adquiri evolução ao transmitir informações para a mídia sobre o vírus do HIV"


Portadores do Vírus HIV sofrem preconceitos da sociedade, desde quando se teve conhecimento da doença nos Estados Unidos. A ausência de dados e a desinformação a respeito do assunto fez a jornalista Roseli Tardelli dedicar-se integralmente na transmissão de informações corretas sobre essa epidemia que causa duas mortes por dia (só no Brasil).
Após perder o irmão vítima da Aids, Roseli começou a se atentar sobre as informações incorretas que eram publicadas na mídia, como também a falta de interesse da própria sociedade em obter conhecimento de um assunto tão grave.

A partir dai a jornalista decidiu criar uma Agência de Noticias da Aids que tem como principal objetivo informar os meios de comunicação, notícias atuais e verídicas sobre a doença, como: prevenção, os sintomas, os cuidados que devem ser tomados e como é transmitido?
Esse trabalho tem trago bons resultados, pois impede a mídia de transmitir informações errônias e minimiza o preconceito da sociedade.

A primeira matéria que saiu no Brasil sobre a AIDS foi no dia 5 de Julho de 1981 no Jornal do Brasil, trazendo um título desinformado e preconceituoso: Câncer Raro ataca Homossexuais.
Como se não bastasse, anos depois a Revista Veja publicou em uma de suas edições a doença de Cazuza como manchete. A familia do cantor chegou a processar a revista por conta do título insensível e desumano que saiu na capa: "Cazuza - Uma Vítima da Aids agoniza em praça pública".
Em 2006 tivemos um progresso da mídia representado pela Revista Época, que escreveu uma linda matéria, onde trouxe na capa Informações dos 25 anos de Aids no Brasil: Como era, como é, como vivem hoje os portadores do HIV e como personagem teve Valéria Polizzi, soro positiva há 19 anos, que vive normalmente como qualquer outra pessoa.
É claro que é muito importante ter uma Agência de Noticias da Aids (única agência que realiza esse tipo de trabalho no mundo inteiro) favorecendo a campanha de informação. Mas há ainda muito o que fazer para almentar as noticias concretas e precisas no mundo inteiro, até por que não é normal uma doença que causa duas mortes por dia só no Brasil ser pouco divulgado na mídia.

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