sexta-feira, 2 de maio de 2008

Preparar, apontar e ‘click’


Por ser de testemunho forte e por ferir diversos interesses e órgãos, a máquina fotográfica chega a ser tão perigosa como uma arma.


A fotoreportagem é uma das formas de se fazer jornalismo. Nesse gênero, por ser dinâmica e imediata e por conter valores simbólicos, sua mensagem é mais fácil e rápida de ser entendida, ao contrário da leitura que por conter um vocabulário muito mais amplo, necessita de muitas palavras para descrever algo.

O fotojornalista Manuel Correia diz que nesta profissão o repórter deve imprimir e exprimir a sua subjetividade relativa, tendo em conta a mídia em que trabalha. “Temos, por vezes, de fugir à ortodoxia e à normalidade, embora sem desvios éticos e de deontologia para se conseguir desempenhar a missão, dada a dificuldade em transpor os muros altos dos poderes instalados, que condicionam a nossa atividade, mais do que a de qualquer outro jornalista.”

Nem sempre o que é expresso através das fotografias são acontecimentos reais, mas sim algo ensaiado, ou seja, uma situação criada para obter um reconhecimento. Este tipo de manipulação só pode ocorrer se for para tê-la como obras de artes. No jornalismo esta prática é antiética, já que vai de encontro com o verdadeiro valor do jornalismo, ou seja, a busca pela verdade.

Embora pareça ser mais fácil o papel do fotojornalismo, não o é. Não basta tirar uma foto, mas sim a foto. O que há uma grande diferença. Sendo assim, a fotografia deve ser criativa e/ou inusitada, porém real e sem distorções, além de causar impacto na sociedade.

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