segunda-feira, 10 de março de 2008

“O feminismo na imprensa brasileira”

O jornalismo feminino está presente em vários meios de
comunicação atualmente

Ana Rita Fonteles, pesquisadora e jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará (1998) e mestrado em História Social pela Universidade Federal do Ceará (2002). Atualmente é doutoranda em História da Cultura pela UFSC. Ela publicou recentemente Carmen da Silva - O feminismo na imprensa brasileira. Nesta obra, a autora busca recuperar a trajetória de vida e os caminhos profissionais traçados pela mais influente jornalista da imprensa feminina no Brasil.

Os temas polêmicos para a época debatidos por uma mulher, possuíam mais credibilidade para suas leitoras. A revista Cláudia (Editora Abril), na qual Carmen escreveu interruptamente de 1963 a 1984, era escrita por homens, os quais jamais conseguiriam entrar nas profundezas da mente feminina. Carmem conseguiu despertar a atenção do público feminino através de textos, e tornar-se uma intermediária de todas as mulheres ao escrever sobre as dúvidas e opiniões do universo feminino. Isso a tornou um dos símbolos da modernização da imprensa e da sociedade brasileira contemporânea e uma valiosa contribuição no jornalismo feminino brasileiro.

Hoje em dia, o foco dos textos direcionados às mulheres não possuem, na maioria das vezes, a característica de tratar de problemas e pensamentos femininos. Ao contrário, são apostilas que ensinam como as mulheres podem dominar os homens ou transformarem-se em objetos perfeitos para eles. Talvez os jornalistas atuais e os do futuro possam aprofundar-se um pouco mais nas dúvidas e anseios femininos sem preocupar-se somente em “vender” a imagem de mulher perfeita.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

Eloá, seu texto ficou legal e chama a atenção para a questão da mulher, que há mais de 10 anos vem ocupando o espaço dos homens não só nas redações, mas nas chefias e direções. Gostei da incisão que fazes quando diz que os que escrevem sobre a atuação da mulher ainda estão na superficialidade.
Talvez fosse o caso desta questão ser estudada no âmbito da pesquisa científica ou mesmo em um TCC sobre a feminilidade e o poder do convencimento por meios mais elucidativos.
Fica aí a provocação, notadamente com direito a que continues a escrever sobre o assunto neste blog e mesmo comece um levantamento bibliográfico que ajude a entender melhor a mulher jornalista.