quinta-feira, 13 de março de 2008

Individualização: vantagem ou desvantagem?

A personalização pode causar riscos


Conhecer o público e entendê-lo sempre foi, ou deveria ser, essencial para jornalistas e empresas de mídia. Na comunicação tradicional se pensava em público-alvo. Depois da chegada da Internet os critérios mudaram. A personalização é um diferencial entre web e outros tipos de mídia.

Fazer essa individualização com o produto jornalístico se tornou uma preocupação dos principais grupos de mídia do mundo. Mas ainda nada foi aperfeiçoado. As iniciativas estão fundamentadas em escolhas feitas pelos próprios leitores. As pessoas podem escolher se querem receber notícias sobre economia, cultura, esportes ou política.

No site do jornal
O Globo, por exemplo, existem três opções de página inicial, uma para cariocas, outra para paulistas e ainda uma página nacional. O site do Newser seleciona pelo “peso” das notícias. Em primeiro lugar vêm economia e política internacional, em segundo, cultura e entretenimento, que são mais “leves”. Porém, Yahoo e Google estão mais avançados do que as empresas jornalísticas. O Google News e o My Yahoo permitem que o internauta construa sua própria página, desde a cor até as reportagens.

Segundo Dominique Wolton, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França e diretor da revista Hermès, especializada em comunicação, a segmentação e a personalização excessivas podem funcionar como cimento social e causar riscos. Os meios podem levar à individualização e as pessoas só lerem o que já conhecem, sem abertura para inovações. Para Wolton, a Internet perde em interatividade.

Via:
Sublide; Revista Época

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