sexta-feira, 21 de março de 2008

Assessor de Imprensa x Jornalista


Existe diferença?
Especialistas da área de comunicação levantam uma questão quanto à função do assessor de imprensa: ele desempenha ou não a função de jornalista?
Nacionalmente acontecem
debates para discutir tais práticas. Com isso diversas publicações sobre o assunto começam a surgir.

Muito se fala que o trabalho de assessor é o de se colocar diante da imprensa como uma opção de fonte. Por mais que este assessor realize um bom trabalho e consiga passar um determinado fato ou acontecimento de interesse ao público, seu trabalho não é reconhecido como jornalismo, pois na maioria das vezes sempre passa para a mão de outro profissional da área antes de chegar ao público. Assim é considerado apenas como um elo, pois a principal função do assessor é de enviar releases aos órgãos de imprensa.

Principalmente nas cidades do interior a figura do assessor de imprensa tende a ser vista como um concorrente, porque as cidades são pequenas e o acesso à informação é facilitado por este fato. Dentro dessa discussão, não seria preferível que existisse uma
parceria entre ambos para um resultado melhor no trabalho?

Pensando na área comercial, as assessorias em grandes empresas viraram uma excelente oportunidade de o jornalista ser mais bem remunerado. Isso acrescenta à discussão as diferenças no piso salarial.

Para desempenhar a função de assessor de imprensa o profissional tem que ser Jornalista, então fica a pergunta: por que essa discussão entre as funções, se ambos desempenham o mesmo papel e possuem a mesma formação?

2 comentários:

Ernst Klettenhofer disse...

Cristiano Ambiel,
Como assessor de imprensa creio que, principalmente no interior, a assessoria de imprensa deve ser feita por jornalistas capacitados. Um habito muito comum na imprensa interiorana é publicar releases na “integra”, da mesma forma que são recebidos. Assim, a informação incorreta ou parcial que a instituição envia a imprensa costuma ser publicada como é recebida.
Acredito que isto se deve mais à falta de profissionais e pautas que ao descuido. Uma matéria que não precisa ser escrita poupa à empresa o tempo de trabalho de um jornalista. E se a instituição não envia releases para a imprensa, não tem sua imagem divulgada, pois a imprensa local não procura a instituição.
Creio que nos grandes centros a situação muda um pouco, pois são muitas as instituições que desejam sair nos jornais e é escasso o espaço destinado à elas, de forma que só é publicado o que realmente é notícia e, como tal, é pesquisado e trabalhado como uma notícia qualquer, pelo veículo de comunicação.
Apesar do mesmo cargo, são trabalhos diferentes para realidades diferentes.

webjorsuperacao disse...

Ambiel, seu texto levanta um assunto candente e o Ernst arremata com uma vivência contundente.
Na realidade, os RPs são estrategistas e estão mais próximos das instituições. Nesse sentido, fazer assessoria seria mais uma bola deles. Ocorre que a área de RP vacilou no tempo e na história, fazendo com que o jornalita tomasse m conta do terreiro: e não quer largar esse osso!
Para falar a verdade, duvido dos documentos que atribuem a um e outro este privilégio.
Na prática, como diz o Ernst, há uma outra distorção: o uso dos releases para economizar mão de obra. Tem muita "coisa" errada e tão cedo isso vai ser resolvido.
@_@