Cena que gerou polêmica entre evangélicos levanta questionamento sobre jornalismo tendencioso
No último domingo (16/03/2008), durante todo o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, foi anunciada uma reportagem, baseada em uma matéria da revista "Veja", que falaria sobre preconceito religioso no Brasil.
O tal “preconceito religioso no Brasil” tratava, exatamente, de uma crítica a uma das cenas da novela global "Duas Caras", na qual uma fanática religiosa liderava uma tentativa de linchamento contra o triângulo amoroso formado pelos personagens Bernardinho (Thiago Mendonça), Dália (Leona Cavali) e Heraldo (Alexandre Slaviero) .
A reportagem, última a ser exibida no programa, ouviu líderes religiosos e especialistas em televisão e dramaturgia, todos se posicionando de forma crítica à cena. "As cenas foram consideradas chocantes", afirmou o Domingo Espetacular e para a Record, a trama mostra os evangélicos como fanáticos violentos, intolerantes e preconceituosos. Ao final da matéria, o programa disse que a Globo havia dito, através de nota oficial, que o intuito da trama não é incitar o preconceito, mas sim, questioná-lo.
Parando por um minuto para raciocinar sobre o tipo de jornalismo que se vê hoje em dia, no qual, teoricamente, se busca de forma intensa a neutralidade e a imparcialidade, mostrando os fatos como realmente são, sem atacar ou defender qualquer uma das partes, podemos questionar o perfil da matéria exibida pela emissora paulista.
Não é segredo pra ninguém que a Record pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, uma potência evangélica no país. E não é segredo para ninguém que, infelizmente, a maioria dos veículos de comunicação defende interesses de determinados grupos.
Entretanto, a Record, em nota enviada à Folha Online, declarou que o jornalismo apresentado pelo Domingo Espetacular foi “neutro e imparcial”, pois “procurou ouvir as partes envolvidas na polêmica”. Contudo, por acaso, parou-se para pensar que a fanática religiosa ou qualquer outro personagem que apareceu na cena nunca teve sua religião, de fato, intitulada ou que jamais a palavra “evangélica” foi citada?
E, mesmo sendo dessa forma, a Rede Record, atacou abertamente a cena da novela, assumindo que tudo que foi mostrado estava diretamente relacionado aos evangélicos e, acrescentando ainda, que a trama em questão gera polêmica e preconceito contra esses religiosos.
Alguns podem alegar que está na cara que a trama fala sobre a religião evangélica. Mas, não se pode questionar uma associação involuntária feita pelo público que, sem dúvidas, foi baseada em algum motivo.
De qualquer forma, a pergunta que deve ser feita em relação ao jornalismo apresentado pela Rede Record é se ele foi ou não tendencioso. Se defendeu ou não interesses de determinado grupo. E independente da conclusão, se isso deve ou não acontecer.
O que realmente é importante? A notícia ou o interesse? O jornalista deve se propor a esse tipo de atividade? Ético? Não Ético? Por quê?
O tal “preconceito religioso no Brasil” tratava, exatamente, de uma crítica a uma das cenas da novela global "Duas Caras", na qual uma fanática religiosa liderava uma tentativa de linchamento contra o triângulo amoroso formado pelos personagens Bernardinho (Thiago Mendonça), Dália (Leona Cavali) e Heraldo (Alexandre Slaviero) .
A reportagem, última a ser exibida no programa, ouviu líderes religiosos e especialistas em televisão e dramaturgia, todos se posicionando de forma crítica à cena. "As cenas foram consideradas chocantes", afirmou o Domingo Espetacular e para a Record, a trama mostra os evangélicos como fanáticos violentos, intolerantes e preconceituosos. Ao final da matéria, o programa disse que a Globo havia dito, através de nota oficial, que o intuito da trama não é incitar o preconceito, mas sim, questioná-lo.
Parando por um minuto para raciocinar sobre o tipo de jornalismo que se vê hoje em dia, no qual, teoricamente, se busca de forma intensa a neutralidade e a imparcialidade, mostrando os fatos como realmente são, sem atacar ou defender qualquer uma das partes, podemos questionar o perfil da matéria exibida pela emissora paulista.
Não é segredo pra ninguém que a Record pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, uma potência evangélica no país. E não é segredo para ninguém que, infelizmente, a maioria dos veículos de comunicação defende interesses de determinados grupos.
Entretanto, a Record, em nota enviada à Folha Online, declarou que o jornalismo apresentado pelo Domingo Espetacular foi “neutro e imparcial”, pois “procurou ouvir as partes envolvidas na polêmica”. Contudo, por acaso, parou-se para pensar que a fanática religiosa ou qualquer outro personagem que apareceu na cena nunca teve sua religião, de fato, intitulada ou que jamais a palavra “evangélica” foi citada?
E, mesmo sendo dessa forma, a Rede Record, atacou abertamente a cena da novela, assumindo que tudo que foi mostrado estava diretamente relacionado aos evangélicos e, acrescentando ainda, que a trama em questão gera polêmica e preconceito contra esses religiosos.
Alguns podem alegar que está na cara que a trama fala sobre a religião evangélica. Mas, não se pode questionar uma associação involuntária feita pelo público que, sem dúvidas, foi baseada em algum motivo.
De qualquer forma, a pergunta que deve ser feita em relação ao jornalismo apresentado pela Rede Record é se ele foi ou não tendencioso. Se defendeu ou não interesses de determinado grupo. E independente da conclusão, se isso deve ou não acontecer.
O que realmente é importante? A notícia ou o interesse? O jornalista deve se propor a esse tipo de atividade? Ético? Não Ético? Por quê?
Sem dúvidas, essas questões é que deveriam gerar polêmica.
Um comentário:
Moraes, diz o Novo Testamento "mas os escãndalos hão de vir, mas aí daqueles por meio de quem eles venham". Profético!? Claro!
Mas no âmbito da mídia, o poder de amplificar polêmicas vai além do respeito aos princípios e à religião, tanto por parte da Globo quanto pela Record.
E digo isso porque TV no Brasil é concessão e há vários textos que dizem como os donos destas concessões driblam ops mecanismos para continuar no poder.
As telenovelas, por sua vez, há algums tempo passaram a incorporar técnicas que para muitos podem ser eestranhas, mas no sistema capitalista, super viável, ou seja: o mershandising. Outro item incorporado é a tematização de problemas sociais. A partir disso, só pode dar polêmica e disputa nítida entre os católicos e os evangélicos.
@_@"
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