terça-feira, 24 de maio de 2011

Modernidade pede pela convergência







Vivian Fernandes e Cláudia Soares



O desenvolvimento e o avanço das diferentes mídias possibilita o que, hoje, chamamos de Convergência Digital. E é essa interação que nos possibilita ter acesso a um bombardeio de informações de acesso facilitado, seja por um celular enquanto espera o atendimento no consultório médico, seja enquanto escuta ao noticiário no rádio no trânsito caótico da Marginal Pinheiros.



A modernidade do século XXI permite que as diferentes mídias transmitam um mesmo canal. Televisão, rádio, jornal impresso e internet interagem num mesmo ambiente comunicacional. Quem ganha com tal convergência são os amantes da notícia em tempo real. Os celulares viabilizam essa rapidez, tamanha praticidade que seu usuário possui para buscar o conteúdo desejado.


Ao todo, mais de cinco bilhões de pessoas têm acesso diário à internet, telefones celulares e ao conteúdo televisivo. Esses três eixos são as tecnologias dominantes e combinam entre si na convergência digital; um meio está intimamente ligado ao outro na divulgação de conteúdos. Com esse avanço, a radiodifusão tende a separar-se da telecomunicação.


Sobre isso, entrevistamos o professor titular do programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Valério Brittos, Doutor em Comunicação. Valério também é vice-presidente da Unión Latína de Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cultura (ULEPICC-Federação) e pesquisador de televisão e convergência, políticas de comunicação, capitalismo e processos midiáticos.


Segundo Brittos, "tudo é comunicação a distância e eletrônica, onde nós teríamos uma subdivisão em telefonia e radiodifusão. Mas, historicamente, há um tratamento diferenciado porque de um lado a radiodifusão é de um para muitos, onde há um baixíssimo grau de interatividade quase nulo, um grande centro produtor e distribuidor de conteúdo pra vários. Portanto, existe um impacto social muito grande e uma preocupação com os conteúdos enorme porque esse conteúdo atinge uma massa enorme da população. De outro lado, a telecomunicação acaba sendo um para um na sua essência, embora haja algumas variações e aí sim com um grau de interatividade muito maior, mas um grau de impacto social grande na sua totalidade, mas não daquele conteúdo".


Aquilo que envolve tecnologia traz discussões sobre o aspecto econômico, principalmente num país em desenvolvimento, como o caso do Brasil. O poder de convergência está totalmente ligado com as diversas mídias e e resgata um problema histórico-social a ser estudado e resolvido, uma vez que não é a maioria da população que tem condições de possuir eletrônicos em geral para facilitar esse trâmite.






















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