terça-feira, 26 de maio de 2009

Jornalismo e mudanças midiáticas

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Depois da batalha entre blogueiros e jornalistas em torno da relação blogues/jornalismo, briga que ainda ecoa na blogosfera, a mais nova discussão que assoma no horizonte virtual é a substituição do blog, que tem sua suposta morte decretada por alguns especialistas, pelo Twitter. E novamente o jornalismo está em pauta.
Se a discussão sobre “praticar jornalismo nos blogues é para blogueiros ou jornalistas” se arrasta na blogosfera, a disseminação do Twitter trouxe questão parecida, porém com menor intensidade, pois a
plataforma não permite reportagens (assim como os blogues não permitiam), e sim, notícias curtas. A transmissão de notícias no Twitter é feita por qualquer um com total liberdade, mas a credibilidade do jornalista, neste caso, suplanta à de outros twitteiros, mesmo dos mais conhecidos, e faz com que seja mais seguido por quem busca informações.
Blogueiros, no entanto, parecem não se intimidar com o futuro sombrio previsto para os blogues. Linkaram o Twitter ao conteúdo do blogues transferindo a popularidade adquirida para a nova ferramenta. Defendem a queda dos posts como consequência da demanda de atualizações exigidas pelo Twitter, tratado-o como
extensão dos blogues.
Já para o jornalismo, o risco do imediatismo das informações transmitidas via Twitter, por qualquer pessoa, pode ser prejudicial. Segundo a pesquisadora em novas mídias da PUC-SP e autora do blog
Http://remixnarrativo.blogspot.com “Esse imediatismo não pressupõe abandonar a apuração como sempre foi. Já houve problemas disso no Twitter. Esse é o risco”. Para Ana Maria Brambilla, pesquisadora em jornalismo cidadão da PUC-RS, em entrevista ao site Link – Sua vida digital, “Não se pode esperar um nível de credibilidade grande, mas é um bom ponto de partida para jornalistas cobrirem acontecimentos”.
As novas mídias são realidade e estão incorporando o fazer jornalístico, mudando as formas de comunicação. Novas linguagens jornalística estão surgindo e o jornalista deve estar atento à elas, sem esquecer, porém, o principal, o conteúdo, como afirma o jornalista Ricardo Kotscho em artigo publicado em seu
blog “Para mim não faz a menor diferença se escrevo um texto para a internet, uma revista ou um novo livro. Nós repórteres, somos contadores de histórias da vida real – o meio usado para isso, a tal da plataforma, pouco importa”.





Um comentário:

webjorsuperacao disse...

James, muito legal seu texto! Vc cita alguns autores bem envolvidos neste segmento e isso contribui muito!
wpa