terça-feira, 26 de maio de 2009

Versatilidade: quesito fundamental do webjornalista


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Se o Webjornalismo exige novas características ou potencialidades a serem desenvolvidas pelos jornalistas, certamente a principal é a versatilidade. Na internet, o profissional não pode se limitar a uma única função dentro da profissão, como acontecia nas mídias clássicas, como por exemplo, ser apenas repórter ou redator.
A agilidade da internet torna o jornalismo ainda mais dinâmico do que sempre foi por si só. Desta forma, o jornalista precisa acompanhar este ritmo e para isso é necessário se desdobrar, fazendo função de repórter, redator, fotógrafo e as vezes até de cinegrafista, isso quando não é ele mesmo o programador de HTML.
A necessidade de versatilidade do jornalista já é discutida há muito tempo, inclusive em outras mídias, como por exemplo na televisão, em que por diversas vezes o mesmo profissional exerce a função de repórter e apresentador, ou apresentador e editor e até as três funções, como é o caso de Zeca Camargo no programa “Fantástico” da Rede Globo. Mas as discussões sobre a versatilidade do jornalista têm se tornado mais constante quando se fala em webjornalismo. O jornalista norte-americado, Carl Sessions Stepp, aponta em seu renomado livro
“The new journalist” , as características e potencialidades que jornalista precisa ter para acompanhar aos avanços tecnológicos, entre eles a chegada da internet. O principal apontamento de Stepp, é que o jornalista da internet precisa ser, acima de tudo, versátil. Eric Meyer, outro jornalista americano, diz no livro “The 10 myths of online publishing”, que a versatilidade do jornalista da web deve ir além de saber atuar em diversas funções e operar diferentes meios técnicos. Para ele, a versatilidade deve ser desenvolvida principalmente na elaboração de diferentes linguagens, com o objetivo de tornar o jornalismo da internet bastante atraente para os diferentes tipos de público.
A necessidade de ser versátil no webjornalismo se torna cada dia mais evidente. Hoje o jornalismo na internet é composto por um mistura de mídias. Um grande exemplo disso é o site na
Rede Globo. Nele existem notícias para serem lidas, mas com a possibilidade de hiperlinks que levam a reportagens feitas para os telejornais da emissora e, ainda, para as notícias que circulam nas ondas das rádios Globo e CBN. Essa dinâmica de produção jornalística exige muito do profissional na hora de criar linguagens e abordagens diferentes para cada mídia, levando sempre em consideração que, embora a notícia seja a mesma, não se deve simplesmente reproduzir cópias em mídias diferentes. E essa situação não é apenas uma realidade das grandes empresas jornalísticas das capitais. O jornalista Deusmar Fabiano Motta, que trabalha em uma empresa jornalística de Bragança Paulista, tem que desenvolver trabalhos parecidos com os feitos pelos profissionais das organizações Globo. O Bragança Jornal Diário tem um caderno impresso que circula cinco vezes por semana e também o site que é atualizado diariamente. Para isso, Deusmar e outros companheiros precisam fazer as funções de repórter, fotógrafo e as vezes até de cinegrafista, já que no site é possível exibir vídeos, “ A gente tem que se desdobrar para fazer com a notícia do site não seja a cópia da do jornal e vive-versa”, afirma o jornalista.
Esta tendência de jornalismo multimidiático é cada vez mais aguda, já que empresas jornalísticas estão se fundindo
( Folha de S. Paulo e o portal Uol ) e o mercado exige que os profissionais estejam aptos para encarar esta forma dinâmica de trabalho de produção jornalística. Certamente, quem não se preparar bem para isso vai, fatalmente, ficar de fora deste alucinante mundo que são as redações
jornalísticas.

Um comentário:

webjorsuperacao disse...

Leandro, parabéns pelo enfoque pertinente e pelos exemplos!
wpa