Narrativas interativas dos games

“A onipresença da nova tecnologia da informação e da aplicação da inteligência artificial a todas as coordenadas da vida social produzirão estruturas de pensamento e formas de expressão inteiramente compatíveis com os impulsos para uma nova ordem que observamos nos esforços pós-modernos e pós-estruturalistas”

Roy Ascott

Com o passar dos últimos tempos, os games se apropriaram de diversos conceitos que não eram especificos do cinema, a tecnologia tomou lugar na área da informática.

No ambiente dos games, apesar de muitas vezes haver um objetivo único,
estabelecido pelo programador/idealizador do jogo, cada usuário construirá seu próprio
percurso narrativo, que será diferente do percurso dos outros. E o mais interessante
nestes jogos, especialmente aqueles baseados nos mundos virtuais, está na exploração
desse mundo, ao máximo possível. O personagem tem a seu dispor um vasto mundo a ser explorado, podendo se deslocar livremente naquele espaço virtual, não estando preso a um direcionamento programado pelo idealizador do game.

Pensar a interatividade não é tarefa recente, tampouco exclusiva daqueles
que se utilizam do computador como meio produtor de interface, a novidade
instaurada pela interatividade é que ela vem facilitar e expandir
estas possibilidades permutacionais, através de seus bancos de dados e
altas velocidades de processamento de informações, levando o usuário a crer que
está interagindo com um mecanismo vivo e auto-pensante e que as respostas emitidas
por este nasceram naquele exato instante, o da interação homem-máquina.

Portanto só depende de nó explorar esse meio tão interativo e fazer com que a cada dia possa haver um aumento dessas narrativas.