domingo, 6 de junho de 2010

Nova realidade midiática exige profissional polivalente

O jornalista multimídia é a personificação da convergência

O jornalismo atual em muito se difere daquele praticado durante a fase romântica da profissão: passamos da máquina de escrever ao universo tecnológico que agregou ao cotidiano do jornalista diversas plataformas antes desconhecidas. A convergência dos meios de comunicação trouxe consigo um novo desafio: é preciso se dissociar de um meio específico, apurando fatos para noticiá-los em diferentes formatos.
Hoje o jornalista não é mais aquele que conhece apenas as técnicas de redação, entrevista e reportagem: ele precisa ter intimidade com diferentes tecnologias. Ao fazer um vídeo ou registrar uma foto, deve saber manipular e tratar esses arquivos no computador, selecioná-los e publicá-los de acordo com o que a plataforma exige.
Para acompanhar essas mudanças, o Ministério da Educação (MEC) elaborou novas diretrizes curriculares para a graduação em jornalismo. A Federação Nacional do Jornalistas (FENAJ) contestou a expressão "jornalista multimídia", usada no relatório do MEC sobre o currículo das faculdades, pois afirma que se trata de um profissional "multitarefa", que acumulará funções nas empresas.
Vale lembrar que ser jornalista multimídia não significa trabalhar com webjornalismo ou aglomerar mídias diversas em uma única matéria: é preciso que haja uma narrativa sistematizada, na qual os meios dialoguem entre si. Assim, embora dominar as técnicas seja importante, os conhecimentos sólidos sobre a prática jornalística é que atribuirão a credibilidade e na qual deve se sustentar o jornalismo em tempos de convergência.

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