quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mídias participativas

Exemplos de meios participativos


No Brasil, geralmente, se diz que algumas tecnologias e conceitos demoram a chegar por aqui ou, mesmo quando chegam, demoram a ter sua devida importância. Por isso, costuma-se dizer que “somos os últimos, a saber,”. É o que acontece também no meio digital. As novas tendências digitais são digeridas aos poucos pelos usuários da rede. A chamada Web 2.0 que vem crescendo desde 2005, tem se tornado um meio pelo quais jornalistas e pessoas interessadas em expor sua opinião encontrão para fazer isso de forma mais livre e autônoma.
Assim surgem meios em que essas opiniões, ou noticias são publicados sem que haja uma intervenção do meio, como pode ocorrer em mídias impressas, ou televisivas. Sites de relacionamentos, como
Orkut, Facebook, ou Blogs pessoais, vem sendo bastante utilizados para esse fim. Steve Clayton fez recentemente um post falando a respeito do uso de meios como o Twitter para divulgar fatos jornalísticos como acidentes. O grande crescimento na participação de “não jornalistas” é que tem gerado certo respaldo quanto à veracidade e autenticidade dessas opiniões e fatos divulgados.
A idéia do
jornalismo participativo, ou jornalismo cidadão, é a de que o cidadão comum, o leigo sem os conhecimentos técnicos da prática jornalística, possa participar da produção de notícias, criando seus próprios textos. Por desconhecer as técnicas, o jornalista cidadão tem maior predisposição a colocar sua opinião nos textos que cria, produzindo, assim, textos em que a ideologia do autor não está escondida. Pelo contrário, encontra-se, muitas vezes, explícita no texto a opinião que o autor da matéria tem do fato que está sendo narrado.
Contudo a internet ainda se apresenta como grande meio de projeção nos próximos anos. O jornalismo já faz parte desse meio, e tende somente a crescer cada vez mais. Tem-se que manter apenas um nível de veracidade e credibilidade no que se publica. Como ocorre atualmente muita coisa publicada na internet não é verdade e isso prejudica aqueles que desejam efetuar um trabalho competente.

As tecnologias móveis da comunicação no ciberespaço



A mobilidade das tecnologias no ciberespaço

A tecnologia de comunicação está provocando profundas mudanças em todas as dimensões da nossa vida e colaborando para uma modificação do espaço urbano. O telefone, o computador a televisão digital vieram agregar para uma crescente expansão do capitalismo, que visa essencialmente o lucro e com isso, agiliza a difusão das tecnologias atingindo um maior número de pessoas consumidoras, ajudando na ampliação do mercado tornando-as mais acessíveis a todos. As novas tecnologias permitem a distribuição de informações “just in time” com pequenos toques.
Segundo Andre Lemos “as mídias locativas permitem que informações sobre
uma determinada localidade sejam visualizadas em um dispositivo móvel,
“aumentando” a informação.” Dá-se o nome a esse tipo de
hiperlinkagem de Mobile Augmented. As novas formas de relacionar-se com o mundo e as novas funções adicionadas ao celular, por exemplo, o tornam um computador pessoal “invisível”- “A medida que o celular se torna um PC onipresente, a internet deixa de ser uma rede para se tornar um mapa”. O celular nos dá uma mobilidade inimaginável. Uma pessoa pode ser localizada se quiser, ou pode se conectar com qualquer lugar sem precisar de um cabo ou rede por perto. A tecnologia “miniatura” permite além de maleabilidade, uma mobilidade enorme pois facilita no processo individualizado da comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar.
O que se pode perceber então é que o cidadão está se libertando dos dispositivos eletrônicos com fios e cabos para se conectar a internet em movimento dentro do
ciberespaço. Dessa forma a era da conexão e da mobilidade nos dá a idéia de que os veículos para nos comunicarmos não está mais num espaço, mas, que o espaço é interativo, ou seja, não existe apenas um ponto de conexão pois esta conexão está por todo o lugar.
Hoje a sociedade da informação está fazendo com que os computadores “desapareçam” e venham a se introduzir, em todo objeto a nossa volta gerando a
computação ubíqua. Entretanto o que estamos vivenciando são as novas maneiras de uso do espaço urbano comunicacional através do deslocamento de dispositivos digitais e processos de comunicação por redes sem fio. È o que o celular faz atualmente, fornecendo informações encontradas na web sobre os locais desejados.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Radar Semântico de Notícias

foto: Junlge Drum

Por Lourival Rodrigues
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Chamado de
media cloud (nuvem jornalística), este megabanco de dados de notícias disponibilizará aos jornalistas e profissionais da mídia verificar de forma crítica evolução das notícias através de processos semânticos, ou seja, ferramentas que identificarão os contextos de cada notícia.


Os discursos serão propostos por uma nova
narrativa visual através de “taggeamentos” e, nisso, as notícias além de serem narradas pelo processo visual disponível pela web 2.0, serão criados ambientes de informação de acordo com a busca do usuário organizados por eficientes processos de correlação de tags, demonstrando os significados do conjunto de notícias buscado pelo internauta.

Uma ferramenta especial na web semântica é o
Twine. Trata-se de um dispositivo que incorpora os interesses do usuário a partir do conteúdo que o mesmo cria e compartilha no ciberespaço. Assim, as notícias buscadas serão de acordo com as características e interesses já correlacionados no banco de dados.


A web semântica deve consolidar muitas características essências para o jornalismo on-line como transparência e autenticidade das notícias através de múltiplos tags, velocidade da informação e inovação nos discursos para geração de conhecimento múltiplo e direcionado.
O
jornalismo na internet semântica já é proposto por vários veículos como o Google, grande investidor da web 3.0, mas ainda está começando e precisa de novos aplicativos e ferramentas para que a semântica seja completamente implantada.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Versatilidade: quesito fundamental do webjornalista


Google imagens


Se o Webjornalismo exige novas características ou potencialidades a serem desenvolvidas pelos jornalistas, certamente a principal é a versatilidade. Na internet, o profissional não pode se limitar a uma única função dentro da profissão, como acontecia nas mídias clássicas, como por exemplo, ser apenas repórter ou redator.
A agilidade da internet torna o jornalismo ainda mais dinâmico do que sempre foi por si só. Desta forma, o jornalista precisa acompanhar este ritmo e para isso é necessário se desdobrar, fazendo função de repórter, redator, fotógrafo e as vezes até de cinegrafista, isso quando não é ele mesmo o programador de HTML.
A necessidade de versatilidade do jornalista já é discutida há muito tempo, inclusive em outras mídias, como por exemplo na televisão, em que por diversas vezes o mesmo profissional exerce a função de repórter e apresentador, ou apresentador e editor e até as três funções, como é o caso de Zeca Camargo no programa “Fantástico” da Rede Globo. Mas as discussões sobre a versatilidade do jornalista têm se tornado mais constante quando se fala em webjornalismo. O jornalista norte-americado, Carl Sessions Stepp, aponta em seu renomado livro
“The new journalist” , as características e potencialidades que jornalista precisa ter para acompanhar aos avanços tecnológicos, entre eles a chegada da internet. O principal apontamento de Stepp, é que o jornalista da internet precisa ser, acima de tudo, versátil. Eric Meyer, outro jornalista americano, diz no livro “The 10 myths of online publishing”, que a versatilidade do jornalista da web deve ir além de saber atuar em diversas funções e operar diferentes meios técnicos. Para ele, a versatilidade deve ser desenvolvida principalmente na elaboração de diferentes linguagens, com o objetivo de tornar o jornalismo da internet bastante atraente para os diferentes tipos de público.
A necessidade de ser versátil no webjornalismo se torna cada dia mais evidente. Hoje o jornalismo na internet é composto por um mistura de mídias. Um grande exemplo disso é o site na
Rede Globo. Nele existem notícias para serem lidas, mas com a possibilidade de hiperlinks que levam a reportagens feitas para os telejornais da emissora e, ainda, para as notícias que circulam nas ondas das rádios Globo e CBN. Essa dinâmica de produção jornalística exige muito do profissional na hora de criar linguagens e abordagens diferentes para cada mídia, levando sempre em consideração que, embora a notícia seja a mesma, não se deve simplesmente reproduzir cópias em mídias diferentes. E essa situação não é apenas uma realidade das grandes empresas jornalísticas das capitais. O jornalista Deusmar Fabiano Motta, que trabalha em uma empresa jornalística de Bragança Paulista, tem que desenvolver trabalhos parecidos com os feitos pelos profissionais das organizações Globo. O Bragança Jornal Diário tem um caderno impresso que circula cinco vezes por semana e também o site que é atualizado diariamente. Para isso, Deusmar e outros companheiros precisam fazer as funções de repórter, fotógrafo e as vezes até de cinegrafista, já que no site é possível exibir vídeos, “ A gente tem que se desdobrar para fazer com a notícia do site não seja a cópia da do jornal e vive-versa”, afirma o jornalista.
Esta tendência de jornalismo multimidiático é cada vez mais aguda, já que empresas jornalísticas estão se fundindo
( Folha de S. Paulo e o portal Uol ) e o mercado exige que os profissionais estejam aptos para encarar esta forma dinâmica de trabalho de produção jornalística. Certamente, quem não se preparar bem para isso vai, fatalmente, ficar de fora deste alucinante mundo que são as redações
jornalísticas.

Jornais devem investir em notícias comunitárias

Por Tiago Mary
O século XXI é marcado sobretudo pelo constante e abundante avanço tecnológico. A internet se consolida como o principal símbolo dessa era digitalizada, assim o mundo parece girar em torno dela. A comunicação não tem fronteiras.As notícias chegam ao usuário logo após a concretização do fato, diferentemente da mídia impressa. A instantaneidade ainda vem acompanhada das capacidades do oferecimento de interatividade, perenidade, recursos multimídia, hipertexto, personalização de conteúdo e não linearidade. Devido a essas razões, a sobrevivência dos jornais torna-se assunto frequentemente discutido por especialistas da área comunicacional. Consequentemente, uma mudança no conteúdo desses veículos constitui a tentativa de manter ativa a sua circulação.
Segundo o pesquisador de mídias sociais, Jason Kintzler, os jornais impressos necessitam investir em notícias locais, estimular a atenção do público e possibilitar por meio dos endereços eletrônicos o conteúdo definido pelo leitor. Para periódicos ou seções de abrangência comunitária, o especialista sugere que tornem-se a fonte de informações do lugar de alcance. O autor do livro “Os Jornais Podem Sobreviver”, professor Philip Meyer, também credita a matérias regionais uma alternativa contra o problema, pois é na região de publicação onde ocorre o ganho de credibilidade. O jornalista Mike Elgan disse que as pautas devem se concentrar apenas nos assuntos do ambiente interno da localidade do receptor. “Meios de comunicação locais devem concentrar todos seus recursos na cobertura dos eventos locais. Pessoas não querem pagar um jornal local para obter cobertura de notícias nacionais igualmente disponíveis em milhares de textos facilmente acessados através de seus celulares e da internet", comentou.
Com o crescimento do Jornalismo Digital, fica evidente que os periódicos precisam rever o conteúdo. As coberturas locais são um ponto fundamental neste processo e criariam o diferencial em relação à internet. No entanto, conforme discorreu Kintzler, também precisa-se estimular a atenção do público. Para tanto,recomenda-se a realização de reforma gráfica objetivando a aparência agradável, a exemplo da medida tomada pela Folha de São Paulo em 2006.
O enfoque a notícias comunitárias consiste numa apropriada maneira de atrair a audiência e, ao mesmo tempo, oferecer uma vantagem dos impressos na atualidade. Contrariando o que disse Elgan, esse tipo de abordagem não deve basicamente atingir a totalidade de informações dos periódicos, pois há pessoas interessadas em saber das novidades do mundo e de sua região num único veículo.

Jornalismo e mudanças midiáticas

Google imagens


Depois da batalha entre blogueiros e jornalistas em torno da relação blogues/jornalismo, briga que ainda ecoa na blogosfera, a mais nova discussão que assoma no horizonte virtual é a substituição do blog, que tem sua suposta morte decretada por alguns especialistas, pelo Twitter. E novamente o jornalismo está em pauta.
Se a discussão sobre “praticar jornalismo nos blogues é para blogueiros ou jornalistas” se arrasta na blogosfera, a disseminação do Twitter trouxe questão parecida, porém com menor intensidade, pois a
plataforma não permite reportagens (assim como os blogues não permitiam), e sim, notícias curtas. A transmissão de notícias no Twitter é feita por qualquer um com total liberdade, mas a credibilidade do jornalista, neste caso, suplanta à de outros twitteiros, mesmo dos mais conhecidos, e faz com que seja mais seguido por quem busca informações.
Blogueiros, no entanto, parecem não se intimidar com o futuro sombrio previsto para os blogues. Linkaram o Twitter ao conteúdo do blogues transferindo a popularidade adquirida para a nova ferramenta. Defendem a queda dos posts como consequência da demanda de atualizações exigidas pelo Twitter, tratado-o como
extensão dos blogues.
Já para o jornalismo, o risco do imediatismo das informações transmitidas via Twitter, por qualquer pessoa, pode ser prejudicial. Segundo a pesquisadora em novas mídias da PUC-SP e autora do blog
Http://remixnarrativo.blogspot.com “Esse imediatismo não pressupõe abandonar a apuração como sempre foi. Já houve problemas disso no Twitter. Esse é o risco”. Para Ana Maria Brambilla, pesquisadora em jornalismo cidadão da PUC-RS, em entrevista ao site Link – Sua vida digital, “Não se pode esperar um nível de credibilidade grande, mas é um bom ponto de partida para jornalistas cobrirem acontecimentos”.
As novas mídias são realidade e estão incorporando o fazer jornalístico, mudando as formas de comunicação. Novas linguagens jornalística estão surgindo e o jornalista deve estar atento à elas, sem esquecer, porém, o principal, o conteúdo, como afirma o jornalista Ricardo Kotscho em artigo publicado em seu
blog “Para mim não faz a menor diferença se escrevo um texto para a internet, uma revista ou um novo livro. Nós repórteres, somos contadores de histórias da vida real – o meio usado para isso, a tal da plataforma, pouco importa”.





Wiki Jornalismo é a nova tendência da web participativa

Logo do site Wikinews

Jornalismo participativo é o futuro do “fazer notícia” na Internet? O Wiki Jornalismo traz uma nova modalidade de jornalismo na web, onde textos integrais retirados dos jornais convencionais não são mais tão bem vindos como antes. Como uma nova ferramenta da comunicação, o webjornalismo demanda produção de noticias e formas de interação originais. O Wiki Jornalismo nasceu dessa nova “ordem” da web.

O nascimento do Wiki Jornalismo pode ser marcado com a criação do site Wikinews em 2004 como uma tentativa de construir uma operação noticiosa com base na tecnologia “wiki”, colaborativa, em que jornalistas e internautas podem escrever juntos um mesmo texto, alterando o material já publicado através de correções, acréscimos, eliminações ou até novos textos. Estudiosos acreditam que a maior vantagem de se ter um serviço como o wiki jornalismo é a possibilidade de realizar trabalhos altamente complexos por meio de contribuições.

O conhecimento finalmente não se restringe a uma única pessoa, ele pode ser moldado, adaptado de acordo com as experiências e informações de cada pessoa envolvida. Segundo estudiosos, como qualquer outra mídia, o wiki jornalismo encontra dois obstáculos: imprecisões, baixa credibilidade e vandalismo informativo. Mesmo assim, esse sistema de comunicação já foi usado experimentalmente pela revista americana Wired Magazine que testou o uso da autoria coletiva para produzir textos jornalísticos. Após publicar sete textos, chegaram à conclusão de que o aprendizado foi satisfatório pelos padrões convencionais de reportagem. Em 2005, o ambiente de wiki jornalismo foi posto à prova quando ocorreu a tragédia do furacão Katrina nos Estados Unidos. Em emergências, wikis são vistas como importantes pontos de encontro para que pessoas atualizem os fatos, troquem recursos, boletins de segurança, relatórios de pessoas desaparecidas e informações de riscos.

Relativamente novo, os estudiosos acreditam que o ambiente de wiki jornalismo tem que ser testado ainda mais em seus pontos fortes e fracos, para, futuramente, também ser utilizado como constante ferramenta complementar às grandes reportagens em revistas e jornais, possibilitando que a notícia se mantenha sempre viva.

O presonagem na narrativa da web

O personagem na narrativa da Web

A narrativa na Web compreende uma vasta amplitude de assuntos que circula em torno da rede. No entanto, torna-se quase impossível fazer uma análise de todo esse rosário de técnicas apresentadas. Elas estão inseridas em toda a web basta acessar um site, seja ele de gênero jornalístico, publicitário ou tão somente de relacionamento, como no caso do Orkut. Lá haverá uma narrativa especifica que o caracteriza como tal. É o caso da narrativa escrita. Segundo o trabalho feito pela jornalista Daniela Pertochi, a narrativa não é feita aleatoriamente, mas possui uma sistemática muito bem composta. “A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa”, argumentou a jornalista, Pertochi. É importante frisar que na web o personagem não é necessariamente uma pessoa, mas um produto que no caso está sendo comercializado, ou divulgado. A importância de estabelecer um personagem é primordial na internet, para assim iniciar uma narrativa que crie interesse em quem lê, ou assiste. Muitos internautas acessam um determinado site, por se identificarem com o personagem e sua linguagem. A narrativa é movida pelo personagem, a partir dele, os fatos vão se desenvolvendo, de acordo o tempo vai passando. Concluo: Não há narrativa sem o personagem, tudo gravita em torno dele.
Por Eduardo Lira

domingo, 24 de maio de 2009

Perigo ou oportunidade?

Ideograma chinês para representar "Crise"

O jornalismo vive uma fase de grandes transformações ou adaptações, dependendo do ponto de vista, assim como viveu com o advento do rádio e, depois de muito tempo, da tevê. Atualmente, é o fenomenal avanço da internet que causa alvoroço e também origina muitas polêmicas. Se antes cogitavam o fim do meio de comunicação em si, o rádio decretando a morte do jornal impresso, e depois, a tevê sendo culpada pelo fim do rádio, agora são ainda mais contundentes, decretam logo o possível fim do jornalismo.
As opiniões daqueles que se propõem a escrever sobre o polêmico tema divergem e muito. No blog Mera Doxa, o artigo intitulado de “O fim do jornalismo?” afirma que a profissão de jornalismo vem perdendo a sua importância devido o maior acesso que as pessoas têm à informação, e fala também da forte tendência do conteúdo que é gerado pelo próprio consumidor, citando como exemplo o caso da revista de turismo Everywhere, feita exclusivamente pelos leitores. Em contraponto, o artigo “Será o fim do Jornalismo?” postado no blog www.POSSE.pt defende que nada superará o jornalismo, nem mesmo a febre do “bloguismo”. Para isso, ele expõe a diferença entre blog e jornalismo e entre blogueiro e jornalista. Segundo ele, o blog pode servir como uma ferramenta que complementa o jornalismo, isso quando o blogueiro for o próprio jornalista.
Sem dúvida, o jornalismo hoje não é mais o que era ontem, da mesma forma como o modo de se obter informações nos dias atuais é diferente de antigamente. Antes, quando o cidadão queria saber as novidades, bastava passar uma tarde debruçado na janela “proseando” com quem aparecesse na rua, agora, basta conectar seu notebook e navegar por 15 minutos para ficar sabendo o que aconteceu em qualquer parte do mundo. Ou seja, é impossível ignorar as transformações provocadas pela tecnologia. E com o jornalismo não pode ser diferente. O crescimento do número de blogues e de conteúdo gerado por pessoas “comuns” são fatos que não podem ser subestimados. Contudo, é necessário perceber como isso pode ser utilizado de maneira positiva, ou seja, pensar em como essa nova realidade pode beneficiar o jornalismo e não se concentrar apenas nos prejuízos causados.
Neste momento de turbulência, em que pairam tantas dúvidas e incertezas, cabe aos próprios profissionais jornalistas defenderem o seu ofício. O jornalismo possui uma função social que não pode ser esquecida ou desvirtuada. A primazia do bom jornalista deve ser levar a população a maior qualidade da informação, não importando através de qual meio. Para refletir sobre isso o artigo do site www.POSSE.pt diz que “Não é jornalista quem quer, mas sim quem nasceu com vocação e faz, a cada dia, todos os esforços para obter uma melhor informação”. Assim, só depende de quem faz o jornalismo decretar o seu fim ou quem sabe um recomeço.

Direito autoral e Internet

O direito autoral do jornalista sempre foi alvo de questionamentos. Hoje com a internet a discussão se amplia, pois há maior divulgação das notícias, o que não significa a possibilidade de livre utilização de todo conteúdo disponível.

Muitos defendem que os direitos de autor devem ser respeitados, pois são obras intelectuais que têm seu valor econômico
protegido pela lei. Outros, defendendo a livre circulação da cultura, sustentam que o conteúdo veiculado na internet pode e deve ser livre e gratuito.

A internet é uma ferramenta para distribuição de criação ou trabalho jornalístico onde há a proteção dos direitos autorais. Embora a rede tenha democratizado a informação, a notícia não deixou de ter valor econômico, pois o capitalismo ainda dita as regras da economia. A dificuldade de controle e a inexistência de uma legislação global que efetivamente impeça a pirataria fazem com que muitos profissionais não disponibilizem seus produtos na rede. Apesar disso é certo que há muito material de boa qualidade disponível.

Talvez a ética e o respeito na utilização do material disponível na rede seja a solução. Solicitar autorização, que muitas vezes consiste em apenas indicar a fonte, além de ser legal, é sinal de respeito à produção intelectual de outrem, fazendo daquele que dele se utiliza um profissional ético e, consequentemente, respeitado.

Cresce o recebimento de notícias via celular

Jaqueline Montoya

Uso do celular ganha destaque no recebimento de notícias

A revolução causada pelo uso da mobilidade no jornalismo além de mudar a forma de produção da notícia alterou também o seu recebimento. Hoje não há mais a necessidade de estar em casa, em frente ao seu computador ou televisão, nem mesmo ter que comprar uma revista, jornal ou ouvir o rádio para receber as informações. A notícia chega até nós a qualquer hora e minuto via celular.


O motivo é simples: o celular se tornou essencial na vida de milhares de pessoas, e a possibilidade de acessar a internet para verificar notícias por ele uma realidade crescente. As pesquisas sobre o assunto também já são frequentes na área de comunicação, como o caso do mestrando em jornalismo da USP, Paulo Henrique de Oliveira Ferreira que desenvolveu o tema: “Notícias no celular: Tecnologias e experiências”. Segundo sua pesquisa, a necessidade de aumento dos serviços dos aparelhos celulares levou as operadoras a induzirem empresas de outros segmentos a publicarem seus serviços na rede de telefonia móvel. Isso gerou interesse também para as empresas jornalísticas, que viram o potencial dos celulares como novo suporte multimídia. Tais fatos levaram inúmeras empresas de comunicação a lançarem produtos específicos para quem acessa a notícia via celular. Não se tratam apenas de sites diferenciados, mas sim de diversas mídias adaptadas para chegarem ao público com a melhor forma e conteúdo. Os exemplos são variados: telejornais, revistas, rádio, jornais, jornalismo-cidadão, blogs.


Grandes empresas de comunicação já estão com os olhos abertos para essa novidade que promete ser um grande avanço no jornalismo. Novidade que para alguns já é atualidade, como no caso de Fernando Carril, editor da produtora de conteúdo para celular "Abril Sem Fio", área multimídia do Grupo Abril “Ah, se eu estivesse começando agora... Não estou falando sobre uma previsão que pode ou não acontecer em um futuro distante. Isso já realidade. Eu vivo disso.” Os trabalhos com a área ainda são recentes no Brasil, o que garante inovações e mais tecnologia nos próximos anos. É uma grande possibilidade para quem está ingressando no jornalismo e para as empresas que querem ganhar novos mercados.


Pensando no celular como ferramenta fundamental nos dias de hoje para a população e na sua fusão com o mundo do jornalismo, abrem-se as portas para um casamento ideal. Imediatismo, quebra do tempo e espaço, essas são as marcas da mobilidade, que vem ganhando cada vez mais lugar na vida das pessoas. Cabe aos profissionais estarem abertos e de olho nessas mudanças para poder acompanhar, melhorar e adaptar as novas tendências para nossas realidades.

Web arte é uma tecnologia pouco compreendida

Arte para poucos

A Web Arte pode ser definida como um canal de experiências visuais, sonoras ou temporais com o visitante. Ao se criar um trabalho de arte para rede, busca-se estabelecer a relação de sensibilidade com o internauta, levando-o a uma experiência insólita, labiríntica, estética, etc, durante a navegação. Dotada de características, como por exemplo, possibilidade de pessoas de qualquer parte do mundo visualizarem uma obra e compartilharem dela, poder de interação e modificação através de mensagens e intervenções, além de som e imagens em tempo real, torna-se uma boa ferramenta de comunicação. Todavia, parece ser uma tecnologia de difícil compreensão e utilização, tornando-se uma ferramenta para poucos.

Segundo,
Christiane Paul curadora de uma instituição tradicional, em entrevista para Revista Trópico muita gente ainda se sente em pânico diante da tecnologia e acha que é necessário ser um “nerd” para entendê-la. Em sua opinião, seria preciso investir muito em um trabalho de base a fim de introduzir esse tipo de arte ao grande público. Isso talvez esteja relacionado ao fato da Web Arte ter como marca a irreverência. Em 1995, o alemão Holger Friese lançou o site Unendlich, fast... (algo traduzido como “infinito, ou quase”). O visitante passava pela seguinte experiência: navegar por um fundo azul, aparentemente sem fim, onde a tela era um “céu virtual”, explorado por barras de rolagem, na horizontal e na vertical. Os usuários, certamente, procuravam alguma informação que justificasse a experiência, mas quando encontrava uma única imagem perdida no meio da página, descobria que era impossível clicar com o mouse sobre ela. O site JODI, uma referência no assunto, também traz experiência semelhante, onde o usuário tem a sensação de entrar em um labirinto. Os textos são incompreensíveis e parecem conter 'fórmulas secretas', ou mensagens em código confundidas com imagens que parecem ter saído de um videogame ou de uma tela de radar. Por tanto se engana quem pensa que a Web Arte é algo parecido com uma exposição de quadros pendurados na parede de um museu. Vai muito além dessa idéia.

Não há dúvidas que vivemos em uma era de mudanças e crescimento digital. Carlos Fajardo Farjado, professor universitário em Estética, História da Arte e Literatura pela Universidade Nacional de San Martín, enxerga o futuro da arte digital como “desaparecimento da era da interpretação e início à era da programação”, e acha que a admiração de uma Web Arte se afirma a partir do momento no qual a exploração do tema da obra se torna compreensível. Percebemos, porém, que esta experiência tem algumas barreiras. Uma delas, na opinião de
Fábio Oliveira Nunes, é que a Web Arte se utiliza de elementos do universo computacional (botões padrão, barras de navegação, mensagens típicas de softwares, etc), e o visitante vai depender de seu conhecimento desse universo, pois no caso dele não entender o que se trata, sua leitura irá correr o sério risco de não ser satisfatória e ele irá ficar somente no nível estético ou de composição estrutural das imagens.

O webmaster
Ricardo Anderáos, gerente de novas mídias do Instituto Cultural Itaú acredita que o “usuário precisa ser alfabetizado visualmente para acompanhar as mudanças na arte e tecnologia e que a maioria não tem capacidade de absorver novos signos e linguagem, logo a produção massiva de Web Arte atingiria apenas a juventude cibernética ou profissional da área”. Podemos perceber então que, a Web Arte pode ser uma excelente forma de comunicação, inclusive para o jornalismo, já que se utiliza de elementos que enriquecem o texto, porém corre o risco de ficar restrita a um pequeno grupo. Isso só o tempo poderá dizer.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A precipitação do jornalismo digital


Com a era da blogosfera o mundo recebe uma enxurrada de informações, nem sempre tão confiáveis


Afrontando todas as regras do jornalismo, a blogosfera leva à diante a guerra pelo chamado ‘furo-jornalístico’. A sede de noticiar antes de qualquer outro veículo midiático é grande e faz com que muitos se esqueçam de apurar os fatos antes de publicá-los.

Para o jornalista Carlos Castilho, “publicar primeiro e filtrar depois é um processo derivado do uso crescente do sistema de código aberto, por meio do qual produtos e serviços com base no conhecimento são gerados a partir das contribuições de milhares de pessoas, 90% das quais não têm conhecimento técnico sobre o tema em questão”. Já o também jornalista Fábio Monteiro, decidiu abordar de forma divertida os erros publicados em sites, blogs e outras mídias, no blog “Que jornalismo é esse?”, onde aponta diversos erros cometidos na hora de informar os cidadãos.

Se por um lado alguns erros soam de forma cômica, outros se tornam imperdoáveis, como no caso do sequestro da garota Eloá Pimentel, quando o Governo do Estado de São Paulo divulgou a informação errada afirmando a morte da garota, o que logo já estava em todos os sites como destaque na página. Fica então a dúvida: o que é mais importante atualmente, informar de forma verdadeira ou ganhar a guerra do furo jornalístico?

Analisar e apurar os fatos são deveres de jornalistas capazes, que mesmo tendo o tempo como seu inimigo, não escorrega na regra clara do jornalismo digital: publicar primeiro, corrigir depois. Como Castilho afirmou em seu artigo, é possível que daqui um tempo os internautas sejam capazes de filtrar notícias, mas até lá quantas pessoas terão morrido para depois ressuscitar de um erro chamado precipitação?

Individualização da Noticia

Heloisa Ikeda

O webjornalismo "hiperlinkando" o mundo virtual


O webtexto jornalístico é apenas mais um, dos tantos outros recursos da web que permite aos usuários a personalização, tanto estética como de conteúdo. Essa possibilidade de customização em sites de noticias gera uma maior identificação por parte dos internautas. Uma vez que ele pode definir o que é mais importante na noticia e interar-se daquilo que mais lhe interessa. O hipertexto é a ferramenta que mais permite esse tipo de personalização. Ele leva o leitor a diversos outros textos e sites onde ele poderá acessar informações que completem a noticia que foi acessada inicialmente.
Existem muitas possibilidades de inovações jornalísticas dentro do webjornalismo. Isso porque ele ainda é uma prática recente onde ainda há muito que se explorar. Alguns blogs e fóruns de discussão abordam o tema a fim de diferenciar e valorizar a prática que ainda é alvo de muitas críticas e especulações. Entretanto, características únicas e estudos aprofundados acerca do jornalismo na web, têm conferido maior credibilidade a esse campo. A maioria dos veículos de comunicação radiofônicos, televisivos e impressos têm sites de notícias onde adotam o hipertexto e a customização de conteúdo.
A personalização no webjornalismo é uma questão identificação, ou seja, conteúdos que se relacionem com a personalidade de cada um. Ao ler uma noticia com diversos hiperlinks, o usuário irá clicar naqueles que estiverem na parte com que mais se identificou. Portanto para cada usuário existirá um texto diferente, com abordagens e conclusões diferentes. Esse processo resulta na individualização da informação, o que têm seu lado bom e ruim.
O aspecto positivo da personalização conferida ao hipertexto é que isso atrai mais leitores aos sites de noticias. Já que a identificação os faz sentirem mais valorizados dentro daquele espaço. Por outro lado a individualização não proporciona uma visão geral dos fatos, o que seria essencial em determinadas notícias. A questão que fica é: o hipertexto amplia ou diminui o funil de absorção dos internautas?

A Notícia da era Digital: o Jornalismo Online

A notícia sendo digitalizada para navegar no mundo virtual


A necessidade de informações,cada vez mais rápida, fez com que o jornalismo tradicional se adaptasse a tanta tecnologia do mundo globalizado. A internet transformou-se em um meio de comunicação poderoso, ganhando tanta importância quanto a televisão e o rádio.
O novo jornalista precisa imergir no ciberespaço e buscar inovações para tornar-se um profissional atualizado.
Estudos feitos com internautas sobre o porque o jornalismo online vem conquistando tantos adeptos aponta que a instantaneidade da notícia é o que mais caracteriza o webjornalismo, a interatividade disperta a atenção dos leitores e a possibilidade de arquivamento das informações , se destaca pela facilidade de pesquisa do conteúdo.
Muitos nomes conhecidos do jornalismo como o jornalista e escritor Gay Talese que critica a Internet e duvida das informações que nela reside. Em 2000, quando uma jornalista o entrevistou para o Último Segundo, do iG<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/al201220007.htm>, Talese reclamou da falta de credibilidade nas informações que chegam pela rede. Na época, o destaque do noticiário era os erros da cobertura das eleições americanas que levaram George W. Bush à Casa Branca.
Adeptos ou não, é preciso perceber e reconhecer ,que notícia também precisa evoluir e acompanhar as tecnologias, já que a internet é um importante meio de comunicação, muitos ainda referem-se a ela como o quarto poder, capaz de influenciar, informar e formar opiniões

Interatividade na Web


Touch é sinônimo de interatividade

Como se não bastasse à função de informar, hoje, para prender a atenção do público contamos com mais um formato do jornalismo. O Jornalismo Interativo.
São diversas as possibilidades de um leitor que deseja colaborar com a elaboração de seu jornal on-line, ou mesmo de um flagrante em vídeo ou fotografia.
Falando de jornalismo digital as possibilidades são ainda maiores, já que os sites de informação são atualizados com maior freqüência em relação á outros veículos midiáticos.
Segundo
Vittadini, “a interatividade é uma peculiaridade de alguns tipos de sistemas informáticos que permitem ações recíprocas de modo á dialogar com outros usuários em tempo real”.
Para
Lévy “a interatividade assinala muito mais um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, de concepção e de avaliação dos modos de comunicação do que uma característica simples e unívoca atribuível a um sistema específico”
Se analisarmos a opinião de Vittadini podemos notar a reciprocidade entre o emissor e o receptor, que no caso do jornalismo interativo, acontece quando o material do internauta é publicado no site.
Então, a interatividade no web jornalismo pode ser muito bem empregada, desde que, tenha à atenção e o cuidado que mereça, tendo suas fontes devidamente apuradas.
Sites de Busca
Procurando Informações
Na era da informática há um acúmulo de informações, dentre elas muitas equivocadas, sem fontes apropriadas e muitas vezes falsas. E o que seria das pessoas hoje sem os famosos sites de buscas? Eles são ágeis, com eles é fácil de encontrarmos o que precisamos, principalmente dados informativos, porém como dito nem sempre dados verdadeiros.
Na internet o que não falta são
motores de busca, esses são tão eficientes para empresários, donas de casa como principalmente para os estudantes. Neles podemos encontrar de tudo, tanto receita de bolo, como pesquisas mais avançadas para cientístas. Os chamados motores de busca, buscadores on-line é um programa feito para auxiliar a procura de informações armazenadas na rede mundial, dentro de uma rede corporativa ou de um computador pessoal.
Os buscadores mais conhecidos pelos internautas, abrangendo os estudantes, pesquisadores, professores entre outros profissionais, é o chamado site de busca
Google. Além de ser conhecido universalmente, ele é o mais acessado para efetuar buscas, pesquisas, e consequentemente é a máquina de busca mais confiável para se anunciar qualquer tipo de negócio.
Portanto, navegar na internet sem ajuda desses inteligentes mecanismos de busca, que procuram os endereços que queremos visitar, e com isso, nos poupam tempo e dinheiro é indispensável e impensável.
Jéssica M. Lessa

O blog na era da cibercultura


Pode-se dizer que
boom dos blogs com conteúdo jornalístico ocorreu no dia 11 de setembro de 2001, logo após o atentado terrorista às torres do World Trade Center. De acordo com a Pew Internet Project, os ataques terroristas geraram o maior tráfico aos sites tradicionais de notícias da história da internet. Muitos desses sites não suportaram a demanda e acabaram ficando sem sistema, o que gerou uma busca desenfreada por informações em e-mails, blogs e fóruns. Ao mesmo tempo em que as pessoas tentavam acessar os sites da grande mídia indisponíveis, estes tentavam, ao menos nas primeiras horas, não comprometer o governo norte-americano, tarefa que ficaram ao encargo dos milhares de blogueiros e leitores que passaram a buscar fontes alternativas de informações.
Segundo o sociólogo e especialista em cibercultura André Lemos, “uma das mais importantes características dessa generalização da conexão é
liberação do pólo da emissão.” Depois de séculos vendo os meios de expressão e comunicação sendo controlados por uns poucos, os indivíduos se entusiasmam com a possibilidade de eles mesmos poderem produzir e veicular informação. A socióloga Paula Jung Rocha afirma que “a publicação de blogs teria o caráter de mostrar o que não está sendo foco da grande mídia.”
Este novo tipo de se fazer notícia vem se mostrando um modelo favorável ao chamado jornalismo cívico. Segundo
Paula Rocha, isso se deve ao fato de que, com os blogs, o jornalismo público está sendo feito pelo público, e não por grandes empresas com interesses comerciais.
O blog é a maneira mais democrática de expressão, já que não é feito um controle do conteúdo a ser enviado aos leitores. Mas é preciso refletir nos dois lados dessa moeda: o de que o jornalismo é feito por pessoas qualificadas, que realmente conhecem o assunto sobre o qual estão escrevendo e, assim, beneficiam a população de leitores como um todo; e o lado da moeda em que se encaixam aqueles que, de algum modo, prejudicam a atividade jornalística, tanto por não terem o conhecimento necessário para tal atividade, quanto pelos que tentam imprimir uma tomada de atitude da população em benefício próprio, e não em benefício geral.

Perfil dos Jogadores de webgames

Usuários de Webgames
Os Webgames são jogos eletrônicos que vem conquistando os internautas por utilizarem de navegadores e da internet. Eles se diferenciam dos videogames normais por ter de contexto uma instalação fácil de componentes e por necessitar de outros usuários para poder jogar.

Em pesquisa apresentada no XXIX Encontro nacional de Psicologia da SBP, em Campinas sobre os webgames, descobriu-se perfis de alguns usuários dos jogos on-line, entre eles a maioria são homens com idades de 20 a 29 anos, solteiros com o 3° grau completo. Em outro estudo realizado pela Universidade de Nottingham Trent, na Grã-Bretanha, afirma que 57% dos jogadores mudam de sexo em jogos online, muitos dos que optam por uma representação de outro sexo nos jogos virtuais online para conseguir vantagens nos jogos.

A partir dessas pesquisas nota-se que os usuários tem um perfil próprio e que são capazes de mudar de sexo ou omitir alguns dados para ter vantagens nos jogos, no entanto os webgames vem a cada dia mais conquistando novos adeptos por ser um jogo de fácil acesso e por possibilitar interatividade.
Com o crescimento da tecnologia e a rapidez da Internet, os jogos estão possibilitando um novo desafio para os jogadores, que encontram variedade desde grades simuladores da vida real à aventura e ação, com todas as mudanças os perfis tendem a ampliar e personificar junto com o desenvolvimento dos games.

Web TV: Mais um recurso ao internauta

TV personalizada e interativa idealizada pelo site de vídeos Videolog
Cada vez mais a idéia da TV sendo transmitida pela Internet é enfrentada e aceita em nosso cotidiano. As possibilidades para explorar esse recurso são muitas. Novos negócios e muitas parcerias surgiram e continuarão surgindo. Já existem sites específicos que possibilitam o internauta de criar seu próprio canal de TV via web. A idéia pode ser ampliada, transformando a possibilidade de empresas utilizarem esses recursos. Muitos meios de comunicação, sejam eles impressos ou mesmo da própria rede, já estão criando suas emissoras pela web, abrindo mais possibilidades de captação de informações.
Um exemplo clássico, que não pode ser deixado de lado, é a TV UOL . Nela, não são apenas vídeos criados com qualquer finalidade que são inseridos em um site, como acontece no youtube, por exemplo. Os vídeos, nesse 'canal', são exclusivamente criados com o objetivo de informar o internauta utilizando estratégias compatíveis com o meio da Web. Muitos outros meios como jornais impressos, também criam sua própria TV e o interessado "compra" o veículo online pelo valor agregado e tradição daquela empresa que já é conhecida por ele.

A internet que já tem cerca de 40 anos , tendo surgido na época da Guerra Fria em 1969, tornou-se de tal forma imprescindível que milhões de pessoas ligam-se à gigantesca teia de comunicação. Hoje, o acesso à Web não é mais considerado um luxo, pois é visto como o maior sistema de comunicão desenvolvido pelo homem. Possibilitando essa gama de opções, pode-se dizer que só não se informa aquele que realmente não se interessa. A tendência é que essa rede cresça cada vez mais, onde novidades ainda desconhecidas surjam.
O aspecto positivo de tamanha variedade é a atração de mais internautas aos sites de noticias. Essa identificação criada entre os meios e a população valoriza a possibilidade de retenção de informações. Pensando por outro aspecto, acabamos nos aprisionando à tais recursos, com a grave chance de nos excluirmos socialmente, estando constantemente ligados à rede. Cabe aos próprios usuários definir qual seu limite. E ficar sempre atento ao que acontece não apenas nos fatos noticiados mundo à fora, mas também àqueles que acontecem à volta de cada um.

Desafios da convergência

Diferentes conteúdos se tornam disponíveis em um mesmo espaço devido a Convergência.
Integrar rádio, televisão, internet, telefone em um mesmo espaço poderia soar como uma idéia futurista e improvável há algumas décadas. Mas foi exatamente isso que a convergência tecnológica tornou realidade. A tecnologia revoluciona a forma de comunicar, e amplia os horizontes de quem recebe e de quem produz informação, além de gerar a necessidade de adequação das empresas ao ambiente em constante transformação.
Para levar as inúmeras vantagens da convergência ao grande público tais empresas investem cada vez mais em
infra-estrutura, com equipamentos que substituem a tecnologia utilizada até pouco tempo. Por outro lado, é preciso pensar na produção de conteúdo, que exige dos profissionais o conhecimento das características de cada meio.
Mais do que a simples reprodução, a convergência possibilita o surgimento de uma nova linguagem, mais interativa e dinâmica, com a possibilidade de criar
produtos inovadores que facilitem o fluxo de informação. Aos jornalistas, oferece um cenário ideal para experimentar os recursos multimídia e, ao mesmo tempo, desafiador, pois diante da tecnologia a capacidade de mudança torna-se fator de sobrevivência.
Enquanto a tecnologia avança e os meios convergem para a mesma plataforma digital, o mercado de comunicação vai aos poucos se adequando. Certamente o investimento será alto e ainda não há um prazo para que todas as maravilhas estejam disponíveis. Aos comunicadores do futuro cabe a tarefa de também convergir no modo de pensar e produzir informação. Difícil, porém inevitável.

Usabilidade

As vezes é preciso pedir socorro



Usabilidade é um termo utilizado para definir o nível de facilidade que as pessoas encontram utilizando as ferramentas possíveis em web. Usabilidade é sinônimo de facilidade de uso. Se um produto é fácil de usar, o usuário tem maior produtividade: aprende mais rápido a usar, memoriza as operações e comete menos erros.

Para Marco Oliverio, professor da UNIP (Universidade Paulista), usabilidade é sinônimo de facilidade de uso, pois se o produto e fácil de usar, o usuário consegue ter maior produtividade, aprende mais e memoriza mais rápido. Segundo o Marco, a usabilidade é aplicada sempre que houver uma interface, ou seja, o contato entre ser humano e objeto. Oliverio ainda critica empresas brasileiras que preferem investir numa campanha publicitária que faça o produto parecer fácil do que realmente torná-lo fácil através do envolvimento do usuário durante seu projeto. Mesmo assim ele diz que o mercado de usabilidade no Brasil esta em plena expansão.
Evidente que dentro de um espaço totalmente ilimitado e com um grande leque de opções, que empresas que tenham sites ou blogs, devem ter um analista de usabilidade. O Banco do Brasil parece não ter um, segundo opiniões de pessoas que utilizam os serviços online do banco. No blog http://www.valongueiro.blog.br/ uma discussão foi aberta depois de um usuário se queixar dos serviços do banco. Segundo um cliente “Os avisos de erro são absurdamente vagos e não nos dão opções nem saídas para tentar solucionar problemas. Alguns botões não são nada intuitivos, o serviço carece de ícones que poderiam nos ajudar bastante e informações essenciais são incrivelmente negligenciadas”. O cliente revoltado completa: “Tenho certeza de que a implementação de bons projetos de usabilidade e acessibilidade para esse serviço iriam gerar cifras enormes ao banco”.
O problema de usabilidade é algo que nos deixa perplexos, com tanta informação e tecnologia, o problema ainda persisti em alguns serviços. Mensagens de erros, queda de conexão, uma interface que mais confunde do que ajuda. Há verdadeiras “saladas” onde o ingrediente que falta é a usabilidade. Quem nunca se irritou na tela de um computador, quando este transmite uma mensagem de erro. Mesmo depois de ter esperado por alguns minutos? As vezes é preciso ter paciência até mesmo com a velocidade da web.

sábado, 16 de maio de 2009

Jornalismo Colaborativo: Um novo desafio para os Jornalistas


A notícia produzida pelo cidadão comum
Com o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos e a popularização da internet o Jornalismo online surgiu tendo como a sua principal marca o imediatismo. Essa nova forma de informar se popularizou e ganhou status entre as grandes redes de comunicação que passaram a usar mão desse recurso para atrair cada vez mais leitores/expectadores/ouvintes. A internet propôs desafios para quem faz a notícia, questionado o uso do lead e da pirâmide invertida no cyber espaço, e defendendo o uso de hiperlinks e textos curtos e objetivos. Outra grande polêmica que ela trouxe com a sua ascensão foi o papel do jornalista na concepção da notícia.
O jornalismo Colaborativo, ou Open Source, é aquele onde quem recebe a notícia também é capaz de produzi-la. Em outras palavras, são as pessoas pegando suas máquinas fotográficas ou celulares e saindo para filmar ou fotografar aquilo que para eles é digno de notícia, e depois mandando para grandes portais da rede, onde ficam disponíveis para os outros internautas. Ai que está a grande questão: Se os próprios usuários podem produzir conteúdo, qual seria o papel do jornalista nesse novo jornalismo online?
Ana Maria Brambilla, jornalista, mestre em Comunicação e editora assistente de conteúdo colaborativo na Editora Abril, citou em um de seus artigos uma possível saída para os jornalistas: “como uma alternativa para a reorganização dos papéis entre os interagentes deste cenário,aconselhando que jornalistas sejam responsáveis por reescrever os artigos, adaptando as informações de base, fornecidas por qualquer internauta, aos parâmetros jornalísticos de texto sustentados pela imparcialidade e pela objetividade”. A autora ainda defende em outro artigo que o Jornalista não pode ser o único dono da palavra, e que os colaboradores da notícia não devem ser vistos como inimigos, mas sim como aliados.

Dessa forma, podemos acreditar que o Jornalismo ainda continuará tendo um importante papel no ambiente virtual. Porém, mudanças e adaptações serão necessárias para que o Jornalismo Digital possa evoluir. Assim como existem a linguagem radiofônica e a linguagem televisiva, o texto para um jornal online não podem ser igual ao visto no jornalismo impresso. E o comportamento do profissional de cada área tem que ser distinto também. E por que não aproveitar a interatividade que a internet oferece para ter conteúdo exclusivo e de quem está vivenciado o fato? O jornalismo colaborativo exige dos profissionais da área aquilo que eles sabem fazer de melhor: averiguar fatos, editar textos, e criar notícia de forma que prenda a atenção de quem vai ler. O Open source veio para revolucionar a maneira de como se fazer Jornalismo, e exigir que os profissionais de mídia tornem o noticiário cada vez mais atrativo e interativo. Afinal, se os leitores não gostarem, eles mesmos poderão fazer o seu próprio jornal....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Web 3.0: interpretação de informações e construção de perfis

Principais características da terceira geração da Web

Enquanto muitas pessoas ainda tentam compreender o que é a Web 2.0, já se discute sobre uma nova geração, a Web 3.0. Muito mais do que um novo conceito, a terceira geração traz novos paradigmas de utilização da web, que se concretizará como um agente inteligente.

O navegador 3.0 será como um assistente pessoal, registrando interesses durante a navegação. Alguns especialistas acreditam que isso será possível através da utilização e aperfeiçoamento de ferramentas já existentes na Web 2.0, outros afirmam que a Web 3.0 irá utilizar uma linguagem totalmente nova, ainda sem um nome definido, ao invés de utilizar o HTML como linguagem básica de codificação.

A Web 3.0, também conhecida como Web Semântica, será capaz de analisar informações e estabelecer relações entre elas, ou seja, os computadores entenderão a semântica das palavras, definirão o perfil do pesquisador, associarão idéias e por fim darão respostas exatas, totalmente compatíveis com o perfil traçado pelo internauta durante toda navegação. Por exemplo: não mais palavras-chaves e sim perguntas complexas como “Qual filme devo assistir?”, poderão ser feitas ao navegador que se encarregará de pesquisar todas as respostas possíveis e organizá-las de maneira eficaz.

Uma nova forma de utilização da internet está surgindo. Hoje, milhares de informações são expostas e é necessário saber filtrá-las, amanhã, as máquinas se encarregarão dessa tarefa. Surge assim, um novo tipo de relacionamento a partir dessa comunicação estruturada.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

A estética na Web - Por: Marcio Moura

Enfoque: A Estética na Web
Por: Marcio Moura
5º Período de Jornalismo
Marcio S. Moura


A Estética na Web
Dentro deste tema, iremos nos aprofundar nas idéias inovadoras e nas já exploradas sobre esta temática nova e de muita valia para os profissionais da WEB. Muito se tem falado sobre tal tema, mas o que procuraremos saber é como usar esta importante ferramenta de trabalho e agrega-la a nossa vida profissional. Diversos autores tratam deste assunto levando consigo suas idéias e opiniões, como Helena Sordili no texto “qual é a da Estética?”, onde aborda novos fatos e seus conceitos sobre o tema. Helena acredita que a estética nada mais é que a percepção que temos dentro de um assunto discutido e onde colocamos nossas fontes de criatividade e discernimento. Já de acordo com Segundo Donald Normam, guru americano no que se diz respeito a Web e seus conceitos, a usabilidade da Web é tão importante quanto seu design e ambos caminham juntos neste trabalho. Acredito, analisando os textos citados e mais alguns que analisei durante esta pesquisa que, realmente o design da Web hoje é muito voltado para a interatividade e praticidade dos dias que se seguem, tudo tem que ser rápido, pratico e o mais didático possível, pois as pessoas num modo geral tendem a se cansar do que é mais desafiador ou porque não dizer do que é mais complexo. Talvez por medo, receio a aceitar mudanças, não sei... Apenas posso afirmar que hoje uma das mais importantes ferramentas utilizadas na dimensão da internet está sem sombras de dúvida a estética do que chamamos “área de trabalho do mundo”, onde todos se conectam e buscam uma maneira linear e contemporânea de se comunicarem com o que chamamos de mundo exterior e assim vamos com todo afino, ávidos pelo saber buscar o que é melhor para nós “Webnautas mundiais”.

Por: Marcio Moura

Palavras Chave: Estética - Web - Praticidade - Usabilidade Foto:

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quarta-feira, 13 de maio de 2009