segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A nova onda do Microbloggin

O Twitter, o espaço microblogging mais utilizado

Microblogging é uma nova forma de blog que onde os textos ter que ser curtos(geralmente com menos de 200 caracteres). Eles podem ser lidos e enviados por vários meios, como, SMS, mesagens instantâneas, e-mail, mp3 e pela web. O mais popular é o Twitter. Além da praticidade de usá-lo onde e quando quiser, essa ferramenta dá espaço para uma produção jornalística mais livre das redações e de maneira instantânea.
No microblogging não se pode colocar imagens e apenas poucos links, o que o torna menos atrativo. Entretanto, muitos jornalistas acreditam que ele tem grande potencial especialmente por ter ferramentas fáceis de usar. Alguns blogueiros já estão enciumados, dizendo que o microbbloging não pode ser colocado como se fosse algo revolucionário, interessante e indispensável.

Desde agosto, está no ar o ReporTwitters, um site dedicado a jornalistas que queiram utilizar o Twitter como ferramenta de trabalho. A idéia é mostrar os bastidores da produção da notícia através do Twitter, ou então usar o próprio Twitter como meio para encontrar e entrevistar fontes espalhadas pelo mundo. Algumas empresas jornalísticas como o New York Times, a CNN, o BBCBrasil e o IG, já aderiram ao universo do microblogge.

De acordo com um artigo publicado pelo sirte Observatório da Imprensa, na Argentina, desde o dia 20 de setembro de 2007 está no ar o jornal 20palabras. A proposta é publicar notícias que tenham no máximo 20 palavras. Para isso, o jornal conta com uma redação descentralizada – e a proposta de enviar notícias a partir do local de acontecimento do fato, por dispositivos móveis ou pela própria web.

Enfim o microblogging é uma coisa hiperobjetiva e concisa, como toda boa informação tem que ser. O principal objetivo é a de que os microbblogs possibilitem a transmissão de um breve alerta sobre o acontecimento de algum fato que, poderá ser desenvolvido na forma de postagem de blog, ou notícia.

O “lacre” de um milhão de dólares


Jovem norte-americana leiloa a virgindade na internet para pagar os estudos


<ensaios narrativos>


É sabido que a educação no mundo contemporâneo está precária e por isso o desemprego vem crescendo cada dia mais. Muitas pessoas fazem milagres para conseguir obter a realização profissional, ou seja, trabalham em dois empregos, trabalham e estudam ou então recorrem a outras alternativas cabíveis.

Muitas pessoas passam por situações discrepantes para conseguir um prato de comida, outros para obter uma educação, porém, em busca de um futuro e uma vida melhor, assim o fazem, pois ainda tem esperanças. A cada dia é possível perceber no rosto de cada ser ou mesmo nação esta luta.


Uma jovem de San Diego, Califórnia, EUA, de 22 anos que utiliza o pseudônimo, Natalie Dylan é um exemplo de determinação. A moça branca, cabelos negros e de curvas atraentes sacrificará sua vida em prol de uma boa educação.
Preocupada com seu futuro profissional, Dylan afirma que é virgem e que para alcançar tal objetivo terá relações sexuais com quem der o maior lance em um leilão realizado pelo site do bordel Moonlite Bunny Ranch do estado de Nevada onde a prostituição é legalizada. Neste, sua irmã trabalha como garota de programa.



Em sua face é possível perceber o “sofrimento” por ter que ir contra seus princípios, já que guardou por todos estes anos sua "santidade". Uma moça “pura”, “ingênua” que busca apenas sua felicidade. Quem sabe nesta situação não encontre um príncipe encantado de cavalo branco e de coração nobre que possa salvá-la dos perigos do mal. Um homem capaz de encontrar seu sapatinho de cristal e de lhe dar tudo “aquilo que sempre desejou”. Muitos deles ficarão comovidos com sua história e com certeza a maioria estarão dispostos a fazer de tudo para conseguir ajudá-la nesta missão.
O valor a ser arrecadado no leilão é de 1 milhão de dólares, porém, além disso, Natalie Dylan poderá conseguir muito mais. Através dos meios de comunicação sua história ficou em evidência e devido a isso sua fama poderá acarretar em múltiplos trabalhos.



Já pensou se esta moda pega? As prostitutas e as jovens desvirginadas que se cuidem. É, esta é a lei do mercado. Quando se tem potencial, eficiência, e um diferencial, acaba por adquirir uma valorização no mercado profissional.
Hoje, com tanta tecnologia, as clínicas de cirurgias plásticas ficarão lotadas. Mesmo a questão da virgindade não ser apenas de reconstrução do hímen, muitas mulheres recorrem a estes métodos cirúrgicos. Mas esta é uma questão a ser discutida em uma outra ocasião. Ser virgem não é mais somente uma questão de princípios, mas também mercadológica. Este não é o primeiro e muito menos o último caso que acontece.


A história da gata borralheira parece estar se transformando. O que parecia ser inalcançável está tomando um novo rumo. Será que a princesa é donzela ou como dizia meu professor de faculdade, uma ninfeta sem-vergonha? Depois do arremate final, a jovem fará exames ginecológicos para comprovar sua condição, porém se assim for comprovado, Dylan terá feito uma boa “transação”.

adrenalina ao ar livre


Relato de uma aventura diferente e emocionante

<ensaios narrativos>

Marcela sempre via na TV sobre os esportes radicais, sem dizer das revistas que já abordaram o assunto.
Ao trabalhar numa empresa que confecciona roupas de aventura, acabou conhecendo esse mundo até o momento tão diferente. Ter contato com praticantes de aventura e poder ouvir suas histórias, despertou a curiosidade de sentir a tal
adrenalina, que tanto falavam. Claro que já havia passado por isso em qualquer outro momento de emoção, porém sabia que a sensação de voar, de saltar, de escalar com certeza era diferente.
Ao ver alguém saltar de tal altura se perguntava o que faria uma pessoa arriscar a vida desse jeito. Para Thammy Igarashi, de apenas vinte e três anos e salta constantemente de
bungee jump , nem pensa no que pode vir acontecer, ela busca a sensação de liberdade, e quer sempre um desafio novo.
O que ela percebeu é que para esses aventureiros, assim como um jogador que é apaixonado pelo futebol, eles são apaixonados pelo que fazem. O contato com a natureza, seja por terra ou por ar, só o fazem a desafiar o próprio corpo e até mesmo a própria vida.
E porque não provar alguma coisa do tipo? Falar é fácil, sentir na pele é bem pior.
Num parque de diversões no interior de São Paulo em Vinhedo, o
Hopi Hari oferece aos visitantes a oportunidade de saltar de skycoaster. Uma a três pessoas puxadas por uma corda numa altura de 53 m, onde a velocidade pode ultrapassar os 120 Km/h a 4 metros do solo. Vontade e curiosidade fizeram com que Marcela e mais dois amigos experimentassem essa nova aventura.
Estavam numa sala onde era a fila. Pessoas com caras de espanto, chorando, outros rindo entravam na sala depois do salto. O coração já estava a mil antes de colocar a roupa adequada, estava num beco onde poderia ter saída, porém estava muito longe. Até poderia voltar atrás, mas não pensava em nada. Marcela começou a rezar, mesmo que nunca aconteceu alguma tragédia com “o brinquedo”, estava sim, arriscando sua vida e a frase “sempre tem uma primeira vez”, não saia da cabeça.
Era a vez. Colocaram os coletes, os instrutores amarravam dali e amarravam lá, nem sabia mais o que estavam fazendo. A Pâmela, sua amiga, entrou em desespero. Para ela, eles não tinham colocado a roupa direito e estava se sentindo solta. Marcela já estava
muda e não ouvia mais nada. O Alessandro, que estava nessa loucura também, era o mais calmo e as duas não entendia de onde ele tirava tranqüilidade, porque assim como elas, era a primeira vez que ele saltara.
A voz do instrutor novamente, “o mais alto vai ao meio, a pessoa que estiver na direita vai puxar a corda para o salto”. Na hora ninguém queria puxar essa corda, não queriam ser responsável de puxar uma corda errada já pensou? Mas não existia uma outra corda e não tinha segredo, era só puxar! Ainda bem que a Pâmela ficou responsável por isso.
Ao centro do local, os três colados um com o outro, colocaram os pés e ops! Era como se estivesse,m deitados em um colchão, ficaram a pouquíssimos metros do chão e balançava. O rapaz que trabalha no “brinquedo”, falou rápido e os prenderam naquela enorme corda que começou a nos puxar para cima.
A instrução era para assim que lá embaixo acendesse a luz, a Pâmela deveria puxar a corda. Era uma cordinha que ficava a direita do corpo dela. Segundo Marcela a subida foi traumática, pensou em tudo principalmente no que estava fazendo ali. E não parava de subir, queria sair dali, mas era impossível. Ficou muda!
A luz lá de baixo? Não viu e não ouvu o Alê e a Pam se comunicarem lá em cima. Adrenalina? Ainda não, era medo mesmo. Quando a tal cordinha foi puxada, com os olhos, não sentia coração bater, as pernas, não sentia nada. No meio da primeira descida, abriu os olhos, tinha que aproveitar o momento e que momento!
Era um enorme balanço que levava-nos até um lago e voltava. A sensação que a Thammy havia falado de liberdade era realmente incrível. Os três estavam aos gritos, o medo tinha ido embora e só restava essa adrenalina que segundo eles é INEXPLICÁVEL. O sol já havia se posto e o vento frio no rosto dava a sensação de que eram pássaros, pois estavam voando.
Em terra firme, um desapontamento, pois já havia acabado. Não conseguiam explicar o fato de querer mais.
Marcela relata que saltar de 53 metros não chega nem aos pés dos aventureiros natos, mas é um bom começo para quem é amador no assunto e quer descobrir novos desafios.
“A princípio senti pavor, não sentia o corpo. Pensei que não ia conseguir puxar a corda, mas quando acendeu a luz, puxei logo porque queria muito sair dali. Faria de novo pela adrenalina”. Disse Pâmela Crisley, 24. Já Alessandro de Moraes, 29, disse que a calmaria no começo foi substituída por medo, mas que depois não havia se arrependido por um momento tão perfeito.
Agora a jovem Marcela de 23 anos sabe por que esses aventureiros e loucos, como os chamavam, querem sempre mais. È realmente tentar superar o próprio limite. Isso foi pouco para o que ela e seus dois amigos querem fazer. Querem sim sentir essa sensação diferente mais vezes, e em lugares mais bonitos e mais altos. Por quê? “Porque tudo o que é bom, a gente quer mais”, afirma.
O conceito de esporte de aventura ainda é novo no Brasil. Por isso, o termo "esportes radicais" é usado indiscriminadamente para se referir a essa atividade. Embora alguns esportistas pratiquem algumas dessas atividades em situações que exijam grande habilidade, os esportes de aventura, em geral, são praticadas por pessoas comuns, não exigem nenhuma habilidade especial e oferecem pouco risco. Esportes de aventura são, portanto, atividades realizadas sempre ao ar livre, em contato com a natureza, envolvendo a descoberta de novo local ou de um novo conhecimento. O esporte de aventura não é, necessariamente, uma competição.
Para quem se interessa a conhecer melhor este mundo, no site
www.webadventure.com.br irá encontrar todas as informações sobre aventura ao ar livre, inclusive as cidades que oferecem a prática desse esporte.
Em nossa cidade, Atibaia interior de São Paulo, destaca-se o vôo livre (paraglyder e asa delta), mais informações no
www.atibaia.com.br
Bons ventos!

domingo, 28 de setembro de 2008

Redes de Relacionamentos: Um Vinculo Empregatício


"As redes de relacionamento oferecem muito mais que encontro entre amigos"


Redes de relacionamentos na internet são sites como: Orkut, Friendster, LinkedIn que permitem criar e manter comunidades. Esses sites auxiliam os navegantes a reencontrar amigos e familiares, além de ajudar na construção de novas amizades atravez das comunidades semelhantes, eventos à acontecer, ou mesmo por meio de amigos em comum. Porém todas essas vantagens vêm acompanahada de desvantagens muitas vezes, desagradáveis e trágicas pois a partir do momento em que o individuo se insere nessas redes, a sua privacidade estará aberta a todos os usuários da Internet, ou seja, a sua vida passa a ser pública e sem restrição de acesso.


Isso os transformam num atalho para controlar o mesmo, obter informações sobre a rotina, o estilo de vida e as diferentes identidades através das comunidades que este participa.
Toda essa falta de privacidade da espaço a pessoas mau intencionadas que “clonam” o perfil de uma outra e utiliza o seu nome para ferir moralmente outros individuo dos quais muitas vezes estão relacionadas com a vitima. Além disso, são redes de comunicação e ampliação de movimentos radicais, racistas e até mesmo de organizações criminosas. Outro método encontrado por usuários é o MSN, no qual você pode ou não autorizar uma pessoa para iniciar uma conversa, sendo ela particular ou com mais participantes se assim preferir. Este médoto é mais sigiloso, uma vez que somente o interessado recebe as mensagens a ele destinado. Por esse programa, fotos, documentos ou qualquer outro arquivo pode ser enviado via internet.

Entretanto, apesar de útil, o contato físico com um amigo é perdido, já que a conversa se torna apenas uma troca de frases sem sentimentos reais, muitas vezes expresso e compreendido de maneira errada.Por fim, deve-se, antes de adentrar a sites e programas deste porte, analisar friamente a sua intenção quanto a utilização dos mesmos, pois eles podem gerar polêmica e problemas para os usuários que fizerem mal uso. Quase todo mundo sabe da importância da rede de contatos ou networking para o sucesso profissional e pessoal, mas ainda são poucas as pessoas que valorizam e organizam suas redes sociais, pois muitos acham que não precisam anotar nada, nem o nome, nem fone e nem e-mail, possuem boa memória e sempre se encontram no bar, na danceteria, na pracinha, na esquina, no futebol, ou em qualquer outro lugar se cruzam.

É preciso ampliar as vantagens oferecidas pelas redes de relacionamentos, pois a construção de uma consistente rede de relacionamentos, demanda um bom tempo e um investimento em marketing pessoal de qualquer pessoa, para que ele possa efetivamente extrair e gerar resultados, adquirindo assim credibilidade dos seus contatos e procurando conquistar um espaço notável e distinto, pautado na confiança e na ética. O investimento referido não está necessariamente em valores financeiros, mas em atitudes e comportamentos com todos os membros da rede. Atualmente existem pessoas com grande facilidade para fazer e ampliar suas redes de relacionamento e contudo, não exploram devidamente os seus contatos, seja para informações de negócio ou emprego, vivem reclamando que não estão satisfeitas com suas atividades e que estão à procura de dias melhores, continuam paradas esperando cair do céu uma nova oportunidade. Se essas pessoas apenas usassem seus contatos positivamente, poderiam facilitar o alcance e realização dos seus objetivos, já que pesquisas comprovam que mais de 70% das oportunidades profissionais surgem por indicação.


A cada dia surgem eventos e oportunidades inclusive específicas para networking em todos os lugares do mundo, onde se pode participar gratuitamente, trocar cartões, contatos, materiais promocionais e efetivamente praticar e valorizar a tendência crescente das redes de relacionamento. Isso não vale apenas para empresários ou executivos, mas sim para todas as pessoas, pois, cada de um nós tem já a sua própria rede, basta saber usá-la de forma adequada e procurar ampliá-la.

Crimes na Internet


Crimes de Pedofilia aumentaram 92% no primeiro semestre de 2008

<ensaios narrativos>

Crimes através da internet vêm aumentando constantemente devido ao fácil acesso que as pessoas têm à rede mundial de computadores. Isso se torna a cada dia um desafio a mais para a polícia, pois qualquer pessoa pode criar e manipular informações. Basta querer e ter vontade para denegrir a imagem, o nome de pessoas e empresas. Não se pode ter um controle e uma vigilância rígidos quanto a esse problema, pois a velocidade com que acontecem esses crimes é absurda. Porém, em abril de 2006, a Justiça Federal de São Paulo conseguiu quebrar o sigilo de algumas comunidades do site orkut, que é comandado mundialmente pela empresa americana Google e suas afiliadas nos respectivos países. Esta quebra trouxe a possibilidade de identificação dos criminosos que utilizam o referido site, cometendo os mais diversos crimes: pedofilia, racismo, nazismo e o objeto deste estudo, calúnia, difamação e injúria.

Como pode-se constatar também nos últimos meses. A polícia está marcando acirradamente a atuação de quadrilhas em todo país. Essa marcação está principalmente sendo feita para o crime de pedofilia internet, pois cresceu 92% no primeiro semestre no Brasil. Muitas pessoas estão sendo identificadas e presas. Como foi o caso da jovem de 19 anos que foi presa acusada de abusar sexualmente do irmão de 4 anos, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o abuso foi filmado por uma amiga da garota e divulgado por três homens. B.D.N.A confessou o crime, mas afirmou que era apenas uma brincadeira. A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar e a garota à Polinter.

Hoje, grande parte das Lan houses do Estado de São Paulo contam com a lei 12228/06, que as obriga a realizar o cadastro de seus usuários. Desta forma, fica mais fácil filtrar a tentativa de crimes e identificação de criminosos.

Contudo, apesar dos crimes de calúnia, difamação e injúria (capítulo V do código penal. Sendo, calúnia, imputar falsamente fato criminoso a alguém, Art. 138, onde a pena vai de 6 meses a 2 anos e multa. Difamação, imputar a alguém, fato ofensivo a sua reputação, Art. 139, pena de 3 meses a um ano e multa, e injúria, ofender a dignidade ou o decoro de alguém, Art. 140, com pena de 1 a 6 meses, ou multa), mesmo ocorridos em ambiente virtual serem facilmente tipificados, a dificuldade ocorre com ainda com a identificação do autor, pois o perfil criado pelo dono da comunidade, nem sempre é verdadeiro e mesmo que verdadeiro, outra pessoa de posse de sua senha, poderia cometê-lo em seu nome.

Desta forma, a quebra de sigilo resolve parte do questionamento. Porém, traz a tona uma nova problemática: Estariam os nossos tribunais aptos a julgar tais ações, com base simplesmente nas analogias? O judiciário não pode condenar alguém sem ter certeza que realmente ele é o autor do delito. Isso contraria os princípios constitucionais.

No entanto, temos que ter ciência que a internet é uma janela aberta para o mundo e que tudo pode passar por ali. Por isso, como jornalistas e formadores de opinião temos que denunciar sim e ficar atentos a todos esses crimes na internet. Autoridades e a sociedade clamam por uma solução para combater essa em fazer a denúncia para qualquer crime ferramenta de criminalidade. A sociedade tem que ser pró- ativa e não temer do mundo virtual.

Times People

Mais uma rede social está aberta na internet. Desta vez a iniciativa é do sempre inovador jornal americano The New York Times. O projeto chamado Times People, tem como objetivo principal transformar a experiência de ler um site de notícias menos solitária e mais social. Por meio desta rede, é possível compartilhar links e saber o que os contatos estão lendo e comentando dentro do site.

Para participar da rede é preciso fazer um cadastro. O processo é bem rápido!

O Times People fica fixado na barra superior da página enquanto o usuário estiver logado, e mostra uma espécie de linha do tempo, que atualiza minuto-a-minuto as informações dos contatos.

Em destaque, a barra do Times People, indicando as últimas atualizações do usuário

Para ampliar a navegação e conhecer os assuntos mais comentados e recomendados do dia, o usuário pode recorrer à página inicial da rede, que indica as últimas atualizações feita pelos usuários em geral, e os conteúdos em destaque.

"Live Feed", as últimas atualizações; e "Most Active", com os destaques do dia por categorias de recomendação, comentários ou geral

Como na maioria das ferramentas, o usuário, além de buscar contatos por interesses na página inicial e nas ferramentas de busca do site, pode também convidar contatos de email para participar da rede. As opções são as clássicas: gmail, windows live messenger e yahoo.

Importação de contatos: uma forma de multiplicar a rede

Esta é sem dúvida, mais uma opção de navegação, feita de forma a cruzar os interesses dos usuários e abranger o conteúdo do site para as mais diversas comunidades. Uma forma também de pesquisa.. por que não?! Pelas indicações é possível medir o nível de interesse das notícias e identificar o perfil do consumidor das informações.

sábado, 27 de setembro de 2008

Macabéa século XXI



Fiscalização determinante para marreteiros,enquanto corruptos passam ilesos

<ensaios narrativos>

Acordou na quinta-feira fria sobressaltada com o despertador às sete da manhã, após dormir apenas três horas, como costumeiramente estava habituada a fazer. Não que não precisasse dormir, mas o tempo era tão curto e seu o hoje parecia sempre estar tão grávido de amanhãs.
Dona Aurora Vieiras, baiana de nascença, endurecida pela cidade grande, dirige-se toda manhã do apartamento popular da ACOHAB onde mora, no bairro Artur Alvim, até o centro da capital paulista onde vende suas mercadorias.
Aquele dia não foi diferente. Após lavar o rosto dirigiu-se até a janela da pequena sala com móveis antigos e viu com rotineira condição o que sempre enxergava dali: o céu nublado pela poluição vinda dos veículos e indústrias da metrópole.
Tentou ver algo de novo. Não conseguiu.
Tentou respirar um novo ar diferente daquele. Não conseguiu...
Tentou mudar o trajeto da casa para o trabalho. Desistiu e não o fez.
Ela já trabalhara em firmas de São Paulo, mas o emprego nos grandes centros urbanos não é fácil e a falta de especialização cuidou com que fosse retirada e excluída do seu posto de trabalho. E além do mais e do menos, que patrão hoje em dia aceitaria empregar uma mulher de sessenta e oito anos em sua empresa?
Após isso, dirigiu-se à cozinha onde tomou sua meia xícara de café amargo. O açúcar já faltava nas últimas semanas, como a alegria daquela época em que acordar no sítio e ir à missa aos domingos era uma realidade não tão longe de se alcançar.
Mas a vida a obrigara a estar ali. O emprego de vendedora na Rua 25 de Março era justificada para ajudar a pagar as despesas da casa e ajudar na sonhada educação dos netos.
Ao sair de casa naquele sábado tomou o ônibus em direção à sua barraca no coração do empurra-empurra de consumidores.
O ônibus demorou uma hora e vinte para chegar até lá e no meio do caminho lembrou-se do que assistiu na TV na noite anterior. A manchete dizia: Índice de percepção da Corrupção no Brasil se manteve estável em 2008.
Pelo que pudera entender a reportagem fazia uma comparação da corrupção no país com o ano anterior. Divulgando um dado que parecia condizer muito com sua realidade: o Brasil teria caído oito posições no ranking dos países que tem menor corrupção do poder público.
E pensou: as pessoas realmente não vêem.
Ao chegar no início da rua 25, enfrentou a rotina no mar de gente e pernas com passos apressados. Sempre a luta por entre braçadas e a conquista por um espaço com localização estratégica.
Afinal, o vai-e-vem tão paulistano e as lojas montáveis que dividiam o espaço com o trânsito era uma coisa que não era possível de passar despercebido.
As pessoas que vinham até ali em busca de algo barato e diferente.
Apesar da distância entre casa, emprego, família, descanso e memórias antepassadas, dona Aurora compartilhava consigo a nostalgia e a fé de algo que a pudesse tirar dali.
O sistema já lhe pesava nas costas com o passar dos anos. Mas lembrou-se do seu propósito de trabalhar dobrado para não ter de deixar que seus netos futuramente também precisassem trabalhar a passar dias a fio nas ruas vendendo muambas.
Foi trazida de volta à realidade por um rapaz baixo, moreno, provavelmente boliviano ou peruano, que gritava para sua freguesia a inovação do produto que carregava em mãos.
Uma coisa lhe era preocupação constante: a fiscalização policial.

Não que o que fizesse fosse o certo, mas foi uma alternativa que encontrou para sobreviver em meio a tudo àquilo. E depois, se havia um lugar para barrar os produtos contrabandeados nos países vizinhos não era ali. Por que não apreendiam tudo no porto de Santos?
Mas ela sabia como tudo funcionava e a corda sempre estourou mesmo para o lado do mais fraco. Não ia ser agora diferente.
Indignada ficava por saber que a polícia tinha a ciência que as lojas grandes que tinham prédio próprio na rua também adquiriam os mesmos produtos, com os mesmo fornecedores.
E pensou mais uma vez: as pessoas realmente não vêem corrupção.
Neste cansaço psicológico viu surgir à sua frente uma grande confusão de uma mulher que passava pelo local e, de repente, começara a gritar que um dos vendedores ambulantes tinha roubado seu celular. Um monte de gente se amontoou sobre a cena e o que era briga se transformou em espetáculo.
Pensara consigo: as pessoas de cidade grande sofrem de solidão e sempre sentem a necessidade de transformar os fatos em tragédia, pois tudo aquilo já se repetia um dia após o outro.
Eram tanto os dias...

Nos gritos de “devolve meu celular” a própria população providenciou com que o aparelho fosse devolvido pelo rapaz...
A polícia!? Ah, a polícia não apareceu, oras. A polícia nunca chega, a não ser para levar o pouco que cada um conseguiu juntar.
Não dava para ficar rico com um trabalho daqueles. O muito suor e muita luta davam apenas para sustentar a casa.
Aurora já trabalhava lá há dezoito anos naquele local. Sempre a mesma bagunça. Ela já sabia que a fiscalização era maior de segunda à quinta.
Entretanto, aquele dia ela bobeou. Como diria os vendedores “marcou touca e deu bandeira”. Em uma operação da Receita Federal, a Operação Anúbis, que vinha ocorrendo para diminuir o número de mercadorias sem nota fiscal naquela região, viu todas as suas mercadorias serem apreendidas. E junto viu as contas da casa se acumularem, o estudo de computação da neta se interrompido. Sonhos derrubados e desfeitos em pó.
Não, ela jamais vivia mais para si. Era para eles, netos e filhos. Mas nem isso conseguia mais. Era excluída econômica e socialmente e não existia para o governo. O dinheiro para pagar a multa e retirar a mercadoria não existia, nem nunca existiu algo naquele valor.
Dona Aurora sentiu-se intrigada. A falta de organização do poder público, a corrupção dos fiscais, a falta de dinheiro e a falta de esperança.
Poxa! Porque tirar dinheiro e explorar as pessoas que se matam de trabalhar por cem reais? Por que não ir ver que as grandes lojas dali também não pagam impostos sobre as mercadorias?
Sentiu mais uma vez o peso de todo um sistema em cima das suas costas...

Tentou ver algo de novo. E não conseguiu.
Tentou respirar um novo ar diferente daquele. Não conseguiu...
Tentou mudar o trajeto do trabalho para casa. Desistiu e não o fez.

Não agüentava mais.
E foi se encolhendo, tão pequenina, se encurvando, tão frágil, diminuindo, tão mísera. Á sua frente, ao seu lado, todos Gullivers, quando não muitos Golias em fúria. Sobre seus pés, iam se derramando, iam se quebrando. Tudo o que tocava virava catástrofe e revirava tragédia. A vida era uma peça tão pequenina ou ainda mais pequenina que ela própria (e não é que enfim descobrira alguma grandeza?) que se estilhaçava e desabava. Seus pés cobertos já do pó dos sonhos que lhe queriam tragar.
Ou quem sabe não.
Ela, a tão pouca coisa, era quase indiferente aos olhos de todos.
E foi envelhecendo, e foi enruguecendo, e foi entristecendo, e desejando tanto ser um dia, quem sabe após o fim de tudo, alguma pouca coisa. Coisa alguma.
Mas a vida sempre aponta para uma qualquer incandescência mesmo nos infinitos areais de gelo e calafrios. E teve uma idéia para isso.Amou a si própria com tamanho ardor que reverberou em estrela ascendente e efêmera alguns segundo antes do viaduto, do carro, da dor e do fim...

Estudantes de Jornalismo Podados



Opressão contra ideais dos estudantes

<ensaios narrativos>

Ao longo de quatro e duros anos de faculdade ouvi dizer que uma das coisas mais importante para o jornalista é ter opinião, e expor isso para os demais. No entanto acredito que o aspirante a jornalista é um tanto quanto podado dessa função primordial ainda quando está na faculdade. Nossa liberdade de expressão se baseia em expressar aquilo que lhes parece mais conveniente, um exemplo que vem acontecendo recorrente são as agências experimentais.

O aluno pode se expressar, pesquisar, abordar tudo que lhe parecer mais agradável, porém, somente se isso diz respeito ao 3º setor. Há dois anos fazemos matérias para TV, Rádio, Impresso e Web abordando assuntos do chamado 3º setor. Não que essa abordagem não tenha importância ou relevância no campo jornalístico, mas enfim, ela deveria ser melhor organizada, uma vez que somos submetidos a fazer determinados trabalhos, e isso se torna maçante, e o vigor com que a reportagem é feita se torna mínimo.
Manter o aluno a mercê de um trabalho para fins subjetivos da faculdade faz com que não desenvolvamos o trabalho com empenho e satisfação, tornando-o somente uma tarefa obrigatória para cumprir as atividades determinadas pelo curso.

As primeiras matérias sobre o
3º setor não pareciam tão desgastantes assim, até mesmo porque não sabia que a saga se repetiria por dois anos, enfim, o tempo foi passando e agora me tornei uma caçadora de pautas de organizações sem fins lucrativos e não governamentais, até que hoje chegamos ao ponto de fazer um raio-x sobre o terceiro setor de Atibaia, acredito que é um raio-x porque já havíamos encontrado tudo que podíamos, e agora temos que fazer um estudo "ainda mais" profundo sobre um tema do qual nós nem ao menos temos noticias factuais, o que fazemos é achar um objeto, pautar e especular sobre o assunto, que no fim acaba sendo de cunho somente informativo, e para ser bem sincera um tanto quanto repetitivo.

Falo isso tudo a respeito do que sinto e acredito, e do que achei que a faculdade seria e do ela realmente é. Dizem que o que faz uma faculdade são seus alunos, mas o que pensar uma vez que a mesma impossibilita de certa forma que o aluno seja ele mesmo? Me refiro aos alunos que se limitam a mostrar temas abordados infinitamente, enquanto são podados de oferecer pautas que lhe tragam mais tesão para desenvolver e adquirir um compromisso não somente social, mas também emocional, de expor suas idéias e compartilhar aquilo que é realmente importante para ele.

Em uma sala de aula com média de vinte e cinco alunos, são imensas as possibilidades de se discutir e abordar coisas diferentes, que para cada um tem um papel importante em sua vida, seja Cultura - cenário underground, Esportes, Musica, Moda, Religião, Games até mesmo sobre Bombas atômicas. Tudo isso é um desperdício de potencialidades, e no lugar disso nos prendemos a divulgações e explorações de alguns organizadores.

Nada pessoal, mas isso tudo nos torna jornalistas objetivos e não de opinião, nisto estou sendo desonesta comigo mesma, um trabalho mecânico não faz com que eu me desenvolva e cresça jornalisticamente falando, digo que a pratica e o mecanismo não são as mesmas coisas, sair a campo, fazer entrevistas, escrever textos pré-fabricados é mecânico demais, ainda mais porque os assuntos abordados são indiferentes à minha opinião e emoção.

Corinthians e Internacional : novembro de 2005


Chatão e sua bandeira fizeram sucesso na decisão

<ensaios narrativos>

Ao pensar sobre o que escrever neste ensaio, me veio na cabeça a idéia de contar uma história que aconteceu comigo no ano de dois mil e cinco, mais precisamente no mês de novembro. Era reta final do campeonato Brasileiro e meu time estava em primeiro lugar na tabela. Empolgado, decidi fazer uma excursão, com a ajuda de dois amigos de Perdões (Bom Jesus dos Perdões – SP) e esta história pode ser contada assim:

DIA DE JOGO

Desde o dia dois de novembro daquele ano, muitos perdoenses estavam ansiosos para que chegasse logo o dia vinte. No começo do mês, dezenas de cartazes divulgavam uma excursão que sairia neste dia da frente da Igreja Matriz da pacata cidadezinha do interior paulista. O destino: Estádio do Pacaembu para assistir ao duelo decisivo entre Corinthians e Internacional, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol.
Segundo os organizadores Rodrigo, Juliano e Lula, houve uma grande adesão dos corinthianos para irem ao jogo; mais de setenta pessoas estavam na lista dos interessados em uma semana, porém dessas pessoas pouco mais de vinte já haviam pago o valor de R$ 30,00 referentes ao ônibus e ao ingresso para o jogo.
Tudo parecia estar muito bem encaminhado quando no dia doze veio uma das noticias que começaria a desandar a maionese dos Corinthianos de Perdões: Haveria limitação no número de ingressos disponíveis para a excursão.
A principal torcida organizada da equipe paulista, a Gaviões da Fiel, que havia prometido os ingressos, informou aos organizadores da excursão que o número de ingressos disponíveis seria trinta, o que lhes causou grande frustração, uma vez que em dois dias foram vendidos mais trinta que totalizavam cinqüenta.
E agora ? Como cortar as pessoas que já pagaram? Essa era a pergunta que os organizadores se faziam.

BIG BROTHER TIMÃO

Das setenta pessoas interessadas, cinqüenta haviam pago, então, quem não tinha pago já estava fora. Mas a organização precisaria devolver o dinheiro de vinte pessoas para fechar em trinta e o critério foi o seguinte: Primeiro: pessoas de Perdões tinham prioridade. Como foram vendidos alguns para pessoas de Atibaia e Nazaré Paulista, esses foram os primeiros eliminados; segundo: Afinidade. Por se tratar de uma cidade pequena, onde as pessoas se conhecem mais, foi dada preferência para parentes, amigos e os mais conhecidos dos organizadores; e em terceiro: a ordem da compra. Esse último, que não precisou ser utilizado, dava preferência a quem comprou primeiro.

ENFIM O GRANDE DIA

Domingo, dia vinte de novembro de 2005, por volta do meio dia sob estouros de rojões, as duas VANS com os trinta e um corinthianos partem sentido ao estádio do Pacaembu.
Um dos mais ansiosos era o Zé Babão, figura conhecida da cidade. Corinthiano fanático, daqueles chatos mesmo, por volta dos 25 anos de idade era a primeira vez que ia assistir a um jogo no estádio.
As latinhas de cerveja davam o ânimo da viagem aproximadamente 70 km. Todos gritavam e batucavam os coros de incentivo ao time nos estádios fazendo com que a viagem passasse logo.
Ao chegar na praça Charles Muller, porta do estádio, Chatão e sua famosa bandeira com a imagem de Carlitos Tevez e os dizeres: “Carlitos el Rei” faziam a festa dos coritnhianos, que não perdiam a oportunidade de posar para fotos ao lado da bandeira.
Luquinhas, irmão do Laerte, que arriscou ir junto com a turma, mesmo sem o ingresso, tentava em vão comprar sua entrada através de cambistas e ao ver um homem desembolsando 320,00 reais por dois ingressos (na bilheteria custava 15,00 cada um) resolveu ficar de fora.
Vale lembrar da situação dos times: o Corinthians era o líder até então com 77 pontos seguido do próprio Internacional com 74, ou seja, a três rodadas do fim do campeonato, uma vitória alvinegra colocaria um ponto final na disputa pelo título, e uma vitória colorada poria fogo no campeonato a duas rodadas do fim.
Dentro do Estádio a Fiel Torcida Corinthiana fazia a festa para empolgar o time soltando balões e erguendo bandeiras que de tão grandes cobriam a visão de milhares de torcedores.

O JOGO

O Corinthians começou pressionando a defesa do Internacional, e criando suas melhores oportunidades pelo lado esquerdo, tanto que chegou a acertar a trave em um chute de Gustavo Nery. Porém a pressão Corinthiana foi abafada pela forte marcação do Internacional, que conseguiu segurar um pouco o time do Corinthians que dependia das jogadas de Carlitos e Nilmar.
Quando voltou a tocar a bola o Timão chegou ao Gol. Aos trinta e sete minutos do primeiro tempo após bela jogada pela direita, Carlos Alberto chutou e a bola desviou na zaga, sobrando para Carlitos empurrar para dentro.
No segundo tempo, o Corinthians poderia ter matado o jogo com duas boas chances desperdiçadas por Carlitos e Carlos Alberto. Em seguida em uma das poucas vezes em que teve liberdade, o atacante colorado Rafael Sobis não perdoou, com um belo chute de fora da área empatou o jogo colocando mais um pouco de água na cerveja dos perdoenses que lá estavam. A partir do gol de empate o Inter era só pressão. Com cruzamentos laterais buscando a cabeça do atacante Fernandão, a equipe visitante causava calafrios nos corinthianos. Este quadro só mudou quando, em um lance duvidoso.O jogador Tinga caiu na área corinthiana pedindo pênalti. O arbitro da partida Marcio Resende de Freitas, interpretou que houve tentativa de ludibriar a arbitragem e puniu o jogador com o cartão amarelo, que por ser o segundo, resultou na expulsão de Tinga. Com a sua saída restou ao Internacional segurar o Corinthians que mesmo com um homem a mais não soube refletir a vantagem numérica em gols, fazendo os perdoenses voltarem para casa com a cerveja aguada.

A Batalha dos Céus: Abutres x Anjos


Assim como a política, o futebol e a religião, quando o assunto é Moto Clube, não se discute.

<ensaios narrativos>

Para muitos, andar de moto é mais do que lazer, é levado muito à sério. Há profissionais que ganham a vida sobre 2 rodas, correndo nas pistas internacionais, nas cidades fazendo entregas, ou ainda, escrevendo para jornais e revistas especializadas. Além disso há ainda os Moto Clubes(M.C.). Embora não seja obrigatório participar desses clubes, o motociclista que vive a experiência de um grande M.C., o segue como uma religião. E não ouse questionar sua escolha, pois certamente será motivo de encrencas.

Motociclista há 7 anos, mas apaixonado por motos desde a infância, tive a oportunidade de unir duas coisas que gosto muito, agora, na faculdade: motociclismo e técnicas de jornalismo. Em recente evento em São Paulo, presenciei o ápice do amor incondicional à um clube, a defesa das cores que representa, ao símbolo que estampa às costas de um colete. O confronto entre dois dos maiores Moto Clubes do mundo: O Abutre's M.C. do Brasl, e o Hell's Angels M.C. Estes homens sim, vivem pelo clube, custe o que custar.

Dia 6 de setembro de 2008, não era pra ser apenas um sábado, uma véspera de feriado, ou um dos dias do maior evento motociclístico do ano, em Interlagos. Pensando bem, pode até ser que qualquer dessas indicações represente fielmente o que foi o dia. Mas à noite, esta definitivamente estava reservada para a batalha.

As aves e os seres alados se prepararam cada qual da sua maneira. Embora nada explícito, ambos os lados já imaginavam o que poderia acontecer. Obviamente, ninguém confirma nada, não há versão oficial, mas cada integrante dos dois grupos já sentia que o vento gelado arrepiava mais do que o normal.

De um lado, os Abutre's, que já foram considerados "raça em extinção", hoje em plena expansão; Genuinamente brasileiro e fundado em 1989, hoje é o maior motoclube do Brasil e da América Latina e o 4º maior em todo o mundo. De outro, os Hell's Angels, os anjos do inferno. Uma facção brasileira de um dos principais motoclubes do mundo, os Hell's Angels da Califórnia, EUA. Pioneiros na adoção de regras miltares no clube, os Hell's Angels estão espalhados por todo o mundo, e não vêem com bons olhos o domínio Abutre na América Latina.

Quando os Abutre's chegaram ao evento, como num vôo rasante e em câmera lenta, atraíram todos os olhares, lentes e flashes. Um comboio com mais de 50 motos, dispostos em 2 filas indianas paralelas, estremeceu o autódromo com o ronco das máquinas negras (uma das regras do Clube é a obrigatoriedade da moto ser da cor preta). A fila de motos era tão grande que a última moto, um triciclo preto decorado com caveiras, crucifixos e caixões, mal havia ultrapassado o portão de entrada, enquanto a primeira moto, a do presidente, já se preparava para estacionar.

Antes disso, porém, outro grupo já havia despertado a atenção e curiosidade dos visitantes. Também com mais de 50 motos, os Hells Angels chegaram exibindo o brilho e o ronco de suas máquinas envenenadas. Característicamente avessos à publicidade à pessoas de fora de seu grupo, os Anjos do Inferno se refugiaram numa área bastante privilegiada; um trecho bem escuro, atrás dos estandes de motos e dos bares, longe dos curiosos, fotógrafos e cinegrafistas. Se tornou perfeito "ponto de observação" ao perceber onde os Abutre's estacionavam: na pista de cima, no meio dos estandes, embaixo dos refletores. Podiam ver tudo, sem ser vistos.

Apesar da aparente tranquilidade, o clima estava tenso. Nem mesmo a presença de nomes consagrados no motociclismo como a O.C.C., famíla protagonista do reallity show "American Chopper" no canal People and Arts conseguiu tirar a atenção dos clubes. Como num jogo de xadrez, cada movimento do adversário é analisado com cautela, e prepara-se para o bote na hora certa.

Cerca de meia hora depois da chegada, os Abutres resolvem descer à pista, até o estande de motos personalizadas. Em grupo, descem seguindo a ordem hierárquica: primeiro o presidente e vice, depois os diretores e por fim, os demais membros do clube. Perto dali, na penumbra, os Anjos observam... e se preparam.

No estande há um bar, oficinas, mesas e cadeiras. As belas motos, em exposição, dão um toque final à cena que viria a seguir: os Abutres reunidos em volta de seu presidente, como num grande círculo de coletes de couro pretos com a ave desenhada às costas. Em meio à multidão de pessoas que passavam por alí, surgiu um grupo de homens e feições nada amigáveis. Coletes jeans com um crânio alado às costas, em tom vermelho, completavam o visual. Eram os Anjos, os Hell's Angels indo em direção à luz dos refletores, ao encontro dos Abutres.

Em fila, se posicionaram atrás do outro grupo, fazendo a chamada "meia-lua" e encurralando os abutres que foram pegos pelas costas: eles não esperavam, foram pegos de surpresa.
Começa um empurra-empurra. Alguém do lado vermelho grita em tom irônico e provocativo: "vamos montar um ringue para brigar com as bonecas?" O estopim foi aceso, mas o que explodiu foi um soco abutre no rosto angel. O que se seguiu foram minutos de pânico para os visitantes e expositores. Copos, garrafas, cadeiras e correntes, qualquer coisa havia se transformado em armas, mas não eram as únicas; facas, canivetes e revólveres foram vistos na briga, e funcionaram. Ouviam-se gritos de desespero, de ordens e de ataque. Homens caídos ao chão, outros agarrados, caindo sobre as motos estacionadas, uns feridos, outros tentando ferir alguém. Os abutres, em maior número na briga, avançaram; os angels em menor número, mas mais preparados e armados, resistiram. Até a chegada da polícia.

Era tarde, o estrago já estava feito. Cinco feridos, um deles com um tiro na perna foram levados aos hospitais da região. Durante a "batalha dos céus" na terra, alguns ficaram sem poder voar, pelo menos por um tempo. Essas feridas fecham e se curam, ao contrário dessa guerra que só está começando e não há previsão para acabar. Esta foi apenas a primeira batalha.

Eleições 2008: acusações e erotismo no YouTube


YouTube virou palco de vídeos sobre a vida íntima de candidatos em Bragança

<ensaios narrativos>

As eleições municipais de 2008 inauguraram uma nova forma de se fazer campanhas eleitorais. Por alterações na lei, estão proibidos os grandes comícios, com a participação de artistas, a distribuição de brindes e os churrascos. Dessa forma, restou aos candidatos a árdua tarefa de “gastar o sapato” e a saliva para abordar os eleitores e convencê-los a dar a graça do voto.

A propaganda eleitoral no rádio e na televisão ajuda, é verdade, mas está cheia de regras e não permite aos candidatos dizerem o que gostariam, ou o que querem que os eleitores acreditem, sobre os adversários. Em tempos cibernéticos, a Internet acabou se tornando o palco de inusitadas disputas eleitorais, nem sempre em alto nível.

Um fato pitoresco acontece em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. A cidade tem cerca de 150 mil habitantes, 100 mil eleitores e sete candidatos a prefeito. Os meios de comunicação não são tão acessíveis para todos. São duas rádios, cada uma controlada por um determinado grupo político, e os principais jornais que circulam no município nem sempre se propõem a publicar algo que vá contra esse ou aquele candidato. Sobrou então a Internet.

Há pelo menos 30 dias a cidade assiste a capítulos semanais de vídeos amadores postados no site You Tube com escândalos, acusações e fatos pitorescos da vida dos candidatos. Praticamente todos já protagonizaram alguma as pequenas novelas.

Tem trama para todos os gostos. Desde acusações sobre um assessor que teria mandado dinheiro para a Suíça, sobre um secretário que teria feito fotos pornográficas de uma menor e condenado pela justiça, sobre um candidato que teria mandado castrar o homem que tirou a virgindade de sua filha, até a reprodução de uma suposta conversa telefônica entre um candidato a prefeito – casado e sua candidata à vice. No suposto grampo, os dois trocam juras de amor, frases picantes e até relatam uma suposta transa em um dos gabinetes da Câmara Municipal (ambos são vereadores).

Até agora não se sabe se as gravações são reais nem de onde teriam partido, mas são assuntos inevitáveis nas conversas pela cidade. A forma como o candidato a prefeito trata a sua vice nas gravações - “Bebezinhoooo” - viraram febre entre os ring tones de celulares e frases ditas por ele são constantemente repetidas em rodas de amigos e mesas de bares.

Os vídeos dos supostos candidatos amantes – até a postagem desse texto foram três - já figuram entre os mais acessados do You Tube, principalmente pelo seu apurado teor erótico. “Se não der trinta litros eu chuto o balde”, diz em um momento da gravação o candidato, supostamente, se referindo aos seios da sua vice. “Sou uma vaca”, responde a moça em outro trecho do suposto grampo.

Em outro capítulo da trama de mau gosto, o candidato pergunta como ela estaria naquele momento. “To peladinha com o peitinho de fora”, é a resposta. O primeiro capítulo termina com uma frase digna de vídeos da “Brasileirinhas” (produtora de filmes eróticos). “Estou aqui como p.. (órgão genital masculino) pensando em você”. Com tanta baixaria no ar, sem saber no que acreditar, o cidadão tem mais dúvidas do que certezas sobre como se decidir pelo voto. A polícia quase nada pode fazer para identificar e prender os autores dos vídeos. Por enquanto, de certo é que se as explicações não forem boas, alguns casamentos podem acabar por causa disso.

A volta por cima


A torcida do Atlético empurrando o time na série B
<ensaios narrativos>

Domingo, 27 de novembro de 2005 às 17:57, Mineirão, Belo Horizonte. Uma torcida fanática cantava o hino de seu clube. Seria a comemoração de um título? Seria o que muitos pensariam se não soubessem o contexto daquele jogo.

De um lado jogara a equipe do Vasco da Gama, detentora de 4 campeonatos brasileiros e da Taça Libertadores da América de 1998. Do outro, o dono da casa, o Clube Atlético Mineiro, time que teve a honra de ser o primeiro campeão brasileiro, em 1971, entre outras grandes conquistas.

Era um jogo que reunia duas tradicionais equipes do cenário nacional, era um clássico alvinegro válido pela penúltima rodada do campeonato brasileiro daquele ano. Estas duas equipes brigavam por seus destinos na competição. O Vasco com 52 pontos, ocupava a décima quarta posição e estava de olho em uma das vagas para a Copa Sul-americana do ano seguinte, enquanto o Atlético com 43 pontos lutava para permanecer na elite.

A partida foi dramática para os atleticanos. A partida era tensa e o primeiro tempo terminou 0 a 0. O Atlético ainda conseguiu o gol que lhe daria a vitória no segundo tempo, porém o árbitro corretamente invalidou o lance.
O Vasco quase saiu na frente com Romário cobrando penalti. Bruno foi obrigado a fazer boa defesa. O Atlético, muito mais na vontade do que na qualidade tentou em vão o gol, mas o placar final ficou mesmo em 0 a 0. Resultado que deixava o Atlético Mineiro fora da elite do futebol nacional.

A torcida reconhecendo o empenho de seus jogadores tratou de entoar o hino do clube, em um misto de orgulho e tristeza. Na última rodada, o Atlético ainda venceria o Juventude por 3 a 1, em Caxias do Sul-RS.

O recomeço, o jogo de estréia do Atlético na série B seria contra o Marília, time do interior do estado de São Paulo, em Marilia-SP, no dia 15 de abril de 2006.

O Atlético começou a partida nervoso, e sofreu o primeiro gol ainda no primeiro tempo. No segundo tempo o Galo voltou melhor e conseguiu o empate com Danilinho e o jogo terminou empatado em 1 a 1. Na seqüência veio a primeira vitória do Atlético na competição, 3 a 1 de virada contra o Náutico-PE, no Mineirão.

O Atlético começou bem a sua trajetória na série B, mas no decorrer do campeonato ocorreram uma série de tropeços e a situação da equipe na tabela de classificação foi se complicando, chegando a ocupar a décima quarta posição no campeonato.

A primeira vitória fora de casa aconteceu somente na terceira rodada do returno. Contra o CRB-AL, em Maceió por 1 a 0. Daí em diante, o time embalou e rapidamente passou a ocupar as primeiras colocações do campeonato e a participação da torcida começou a ficar mais marcante.

O acesso para a elite veio com vitória dramática contra o Coritiba no Couto Pereira, na capital paranaense. O Coritiba chegou abrir 2 a 0 no placar, mas o Atlético conseguiu virar o marcador e o jogo terminou com a vitória atleticana de 3 a 2.

A conquista do título veio no jogo seguinte, jogando no Castelão em Fortaleza, o Atlético venceu por 1 a 0 com gol de Marinho, artilheiro da equipe na série B com 15 gols, chegando aos 70 pontos e não podendo mais ser alcançado por seus adversários na tabela de classificação.

Na última partida do campeonato, um fato inédito. Pela primeira vez na história do futebol, um clube de futebol conseguia lotar dois estádios.

Para a partida entre Atlético-MG e América-RN, cerca de quinze mil pessoas acompanharam o jogo em um telão de alta definição no estádio do Independência, em Belo Horizonte. E no Mineirão, onde foi realizada a partida, 74.694 espectadores lotaram o estádio Magalhães Pinto. O jogo terminou no empate de 2 a 2 e a festa atleticana tomou conta da cidade.

Ao longo de sua campanha na série B, o Atlético foi o time que teve a maior média de público pagante do campeonato. O clube teve a média de quase 32 mil pagantes por jogo como mandante.

Com os 74.694 torcedores na partida contra o América-RN, o Atlético garantiu também o recorde de público pagante do campeonato. Para se ter idéia, dentre os dez maiores públicos da série B, nove foram do Atlético. No total, o Atlético-MG levou 606.520 pessoas ao estádio Magalhães Pinto, o Mineirão.

O Atlético-MG fez uma campanha regular, no total disputou 38 partidas, conquistando 20 vitórias, 11 empates e sofrendo 7 derrotas. Com 70 gols a favor e 39 contra, um saldo de 31 gols positivo.

Com a conquista da série B e o retorno a elite do campeonato brasileiro, o Atlético-MG colocava fim a uma angústia que durava 11 meses e 21 dias, para o alívio da massa atleticana.

Realidade, dura realidade!

Faminta, criança ganha alguns trocados e decide comprar crack

Nas ruas de São Paulo a situação vem cada dia mais se agravando. Pessoas dormem nas ruas, debaixo de marqueses, crianças pedem dinheiro no farol ao invés de estarem na escola. É algo que chega a revoltar a população, que paga todos os tributos e não os vê revertidos em oportunidades para a sociedade.
Um dia desses estava eu na praça da Sé, aquele tumulto, manifestações, carros de som, camelôs... um inferno total! Quando parei por um instante meu olhar em meio à toda aquela movimentação e agitação existente no centro de São Paulo, vi sentada em uma calçada, apenas com uma bermuda velha e uma camiseta surrada, uma criança. Aparentava ter 9 anos de idade. Me aproximei, com toda inocência de quem mora no interior. Tentei puxar conversa com a criança, mas ela mal levantou os olhos em minha direção. Parecia um cão sem dono, alguém que está ali sem saber nem mesmo o porquê. Tinha a face calma, os olhos tristes e caídos. Por um instante me deu vontade de levá-la pra casa, dar-lhe comida, carinho. Mas em questão de segundos vi que não poderia fazer nada daquilo, que ajudar aquela criança daquela maneira estava fora do meu alcance. Mas pensei que ela pudesse estar faminta, dei-lhe então algum trocado e disse: “- Vá, procure o que comer!”
Me encostei num canto e fiquei observando a reação daquela criança, aparentemente muito agradecida. Eu estava com a alma limpa, tinha feito uma boa ação aquele dia. Embora tivesse gastado uma boa quantia com besteiras e coisas sem muita importância, eu também tinha ajudado alguém. E isso me fez sentir melhor. Continuei observando aquele pobre menino, quando ele se levantou, atravessou a rua e foi em direção à um homem sentado no chão, coberto com jornais do outro lado da rua. Percebi então o que o menino havia feito. Trocou aquelas meia dúzias de moedas por uma pedra de crack.
O momento que por um instante poderia ser o mais bonito do meu dia, se transformou em uma fração de segundos.
A resposta para essa atitude do garoto eu ainda não descobri, e nem quero. O meu maior desejo é que este tipo de coisa jamais aconteça, nem frente aos meus olhos, nem longe deles.

Trajédias não resolvidas



Incêndio causado pelo acidente com o voô 3054 da Tam
<ensaios narrativos>

Várias tragédias que aconteceram no Brasil ainda continuam sem culpados, e os parentes das vítimas sem mesmo ter um explicação concreta do fato ocorrido.
Podemos citar as obras do metro de São Paulo, que acabaram abrindo uma gigantesca cratera, onde soterrou e matou sete pessoas, e danificou várias casas, onde seus moradores tiveram que deixar as suas casas condenadas com a promessa de que novas moradias seriam construídas para ele. Promessa que nem passou perto de ser cumprida, já que a maioria deles ainda mora em hotéis da cidade, tendo muito de seus bens e de sue próprio passado destruído.
A maioria acompanhou pela televisão, jornais ou Internet o choque do avião da empresa Gol, e um jato Legacy que resultou a queda do vôo tal da Gol onde matou mais de 150 pessoas, mas ainda está indefinido, já que a responsabilidade do acidente que ora vai para os pilotos do Legacy, ora vai para mal funcionamento de um aparelho da aeronave, mas nada de concreto foi decidido.
Também não podemos esquecer do caso do avião do voô 3054 da empresa de linhas aéreas da Tam, que ao pousar no aeroporto de Congonhas localizado na cidade de São Paulo, não consegui parar passando por toda a extensão da pista, e segundo especialista bate em um depósito da própria empresa matando quase 200 pessoas entre passageiros, tripulação e funcionários que trabalhavam no local. Caso também não resolvido, já que a responsabilidade pode ser da empresa que autorizou a abertura da pista sem as devidas medidas de segurança, onde já havia acontecido um incidente dias antes com um avião de pequeno porte que teve , do controlador de vôo da torre que autorizou o pouso da aeronave mesmo com as condições ruins da pista, do aeroporto não deveria ser construído em uma área movimentada da cidade.Se apurações mais rápidas não acontecerem, mais empenho dos envolvidos para punir corretamente aqueles que devem ser apontados com (ir)responsáveis, mas principalmente a assistência adequada os parentes das vítimas desses e de muitos outros acidentes não resolvidos veremos muito ainda as notícias e reportagens como a do potal do Terra de 27 de Setembro deste ano, onde os familiares das vítimas criticam a grande demora dos relatórios que depois de 2 anos ainda não estão prontos.
Vários outros casos já foram presenciado, principalmente em tv aberta, onde muitas vezes acontece do ser explorado por alguns sensacionalistas somente me troca da audiência. Mas o que infelizmente o que está se tornando normal é que as os fatos vão fazendo "aniversário" e as providências cada vez mais longe de serem tomadas, enquanto isso as famílias afetadas continuam sem resposta.

Realidade, dura realidade!


Faminta, criança ganha uns trocados e decide comprar crack

<ensaios narrativos>

Nas ruas de São Paulo a situação vem cada dia mais se agravando. Pessoas dormem nas ruas, debaixo de marqueses, crianças pedem dinheiro no farol ao invés de estarem na escola. É algo que chega a revoltar a população, que paga todos os tributos e não os vê revertidos em oportunidades para a sociedade.
Um dia desses estava eu na praça da Sé, aquele tumulto, manifestações, carros de som, camelôs... um inferno total! Quando parei por um instante meu olhar em meio à toda aquela movimentação e agitação existente no centro de São Paulo, vi sentada em uma calçada, apenas com uma bermuda velha e uma camiseta surrada, uma criança. Aparentava ter 9 anos de idade. Me aproximei, com toda inocência de quem mora no interior. Tentei puxar conversa com a criança, mas ela mal levantou os olhos em minha direção. Parecia um cão sem dono, alguém que está ali sem saber nem mesmo o porquê. Tinha a face calma, os olhos tristes e caídos. Por um instante me deu vontade de levá-la pra casa, dar-lhe comida, carinho. Mas em questão de segundos vi que não poderia fazer nada daquilo, que ajudar aquela criança daquela maneira estava fora do meu alcance. Mas pensei que ela pudesse estar faminta, dei-lhe então algum trocado e disse: “- Vá, procure o que comer!”
Me encostei num canto e fiquei observando a reação daquela criança, aparentemente muito agradecida. Eu estava com a alma limpa, tinha feito uma boa ação aquele dia. Embora tivesse gastado uma boa quantia com besteiras e coisas sem muita importância, eu também tinha ajudado alguém. E isso me fez sentir melhor. Continuei observando aquele pobre menino, quando ele se levantou, atravessou a rua e foi em direção à um homem sentado no chão, coberto com jornais do outro lado da rua. Percebi então o que o menino havia feito. Trocou aquelas meia dúzias de moedas por uma pedra de crack.
O momento que por um instante poderia ser o mais bonito do meu dia, se transformou em uma fração de segundos.
A resposta para essa atitude do garoto eu ainda não descobri, e nem quero. O meu maior desejo é que este tipo de coisa jamais aconteça, nem frente aos meus olhos, nem longe deles.

Jornalista - Formação em debate

Profissão Jornalista, quem tem direito à ser?


A pesquisa de opinião nacional realizada pela FENAJ/ Sensus, divulgada dia (22), em Brasília, registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Dos dois mil entrevistados em todo Brasil, 74,3% se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam. A pesquisa foi realizada de 15 a 19 de setembro, com dois mil questionários aplicados em cinco regiões brasileiras e 24 estados, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho – PPT. A margem de erro é de mais ou menos 3%.

No dia 17/09, com o intuito de “sensibilizar” os ministros (do Supremo Tribunal Federal) que devem julgar, ainda este ano, o recurso extraordinário (RE/511961), ação que questiona a constitucionalidade da legislação que regulamenta a profissão no Brasil, ocorreu um ato público na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em defesa da formação específica em jornalismo e da regulamentação profissional da categoria. Os participantes, pedindo respeito aos jornalistas, ao Jornalismo e à sociedade brasileira, abraçaram a estátua da deusa Têmis, que representa a Justiça, e cantaram o Hino Nacional.

Eugênio Bucci, em artigo publicado no site comunique-se, informou que a exigência do diploma ajudou a elevar o padrão da profissão no Brasil, porém o debate não deve ser resumido no âmbito corporativo e sim discussões que gerem direito à informação. “O que Pesa contra esta lei é o fato de ter sido imposta pela ditadura militar (o decreto-lei é de 1969) e, agora, surge com força essa alegação de que ela agride princípios constitucionais, dúvida que só pode ser dirimida pelo Supremo. De todo modo, não é aí, nessa formalidade abraçada por interesses corporativos, que se encontra o âmago do debate. O que deve falar mais alto, nessa matéria, não é a defesa sindical de uma categoria, mas o direito à informação, de que todo cidadão é titular. Essa é a pedra de toque. O que se deve buscar não é o conforto dos que hoje estão empregados, mas o melhor sistema para assegurar qualidade à mediação do debate público.” Afirmou.

A proposta que parece ganhar mais corpo, entretanto, é da abertura do exercício profissional do jornalismo a toda pessoa com diploma de nível superior, independente da carreira escolhida para os estudos. A primeira defesa pública da medida foi feita pelo ministro Fernando Haddad. Segundo ele, seria possível que o registro profissional fosse concedido a profissionais graduados em qualquer carreira que fizessem um curso de especialização em jornalismo. A partir daí, o ministro espera abrir uma nova possibilidade para a formação de jornalistas, sem prejuízo dos cursos que já existem: "A comissão fará uma análise das perspectivas de graduados em outras áreas, mediante formação complementar, poderem fazer jus ao diploma" (Folha de S.Paulo, 17/9/2008).



Fia pune líder do campeonato


Lewis Hamilton perde os pontos da vitória em Spa-Francorchamps

<ensaios narrativos>

Em uma prova cheia de confusões dentro da pista devido à chuva nas últimas voltas do GP da Bélgica, no último 7 de setembro, o brasileiro Felipe Massa herdou a vitória e os dez pontos do inglês Lewis Hamilton. A decisão dos diretores da prova saiu quatro horas após o término da corrida e se baseou numa ultrapassagem indevida em cima do finlandês Kimi Raikkonen há quatro voltas do fim.
Para os comissários da prova, o Britânico devolveu incorretamente a posição a Raikkonen, após ultrapassá-lo por fora numa chicane. Ele deveria ter esperado pelo menos a próxima curva, comentavam os pilotos. Já que restavam menos que cinco voltas o piloto da McLaren sofreu uma penalização de vinte e cinco segundos, tempo de um “drive through”.
Na semana seguinte do confuso grande prêmio os dirigentes da equipe britânica entraram
com um recurso na Corte Internacional de Apelações da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pedindo a devolução dos pontos e a vitória à Hamilton.

O julgamento da apelação demorou quinze dias e ocorreu na semana após o GP de Monza na Itália. Lewis compareceu para dar seu depoimento junto dos advogados da equipe, do dirigente Martin Whitmarsh, seu engenheiro Phil Prew e Tim Murnane, diretor de assuntos legais da McLaren.

Para Whitmarsh o importante é mostrar que Lewis não levou vantagem alguma na ultrapassagem e provar que o recurso é válido, já que o regulamento da FIA não dá direito de recurso as punições como “drive through”.
- Esperamos que seja este o caso, mas não está em nossas mãos. Tudo o que podemos fazer é mostrar os fatos. Lewis merece a vitória e não Felipe, que estava quase meio minuto atrás. Ele era o homem mais rápido na pista quando a chuva começou a cair. Naquele momento, a questão era quando e não se ele ultrapassaria Kimi Raikkonen. O finlandês estava sem defesa no molhado - disse Whitmarsh, em entrevista ao site da revista inglesa "Autosport".

Após a reunião na sede da FIA, em Paris, os pontos permaneceram na conta do brasileiro Felipe Massa (77), que hoje está há apenas um ponto do líder do campeonato, Lewis Hamilton (78), faltando quatro provas para o término da temporada.

Depois da decisão da corte da FIA a McLaren soltou um comunicado se dizendo estar decepcionada com a rejeição de seu recurso.
- Estamos naturalmente decepcionados com o veredicto e de nosso apelo não ter sido julgado. Ninguém quer vencer corridas no tribunal, mas sentimos que Lewis venceu o GP da Bélgica na pista, de maneira excitante e impressionante. Agora vamos nos concentrar nas últimas quatro corridas da temporada - comentou Martin Whitmarsh, presidente da McLaren.

Já Felipe Massa, o maior beneficiado com o resultado do julgamento, disse que o campeonato não seria manchado por esta vitória fora das pistas.
- Se eu vencer o campeonato por um ponto, serei o campeão. Isso não muda nada. Não temos que pensar nesta punição. Precisamos buscar o campeonato mundial, que ainda está em aberto. Acho que, se olharmos as regras, o recurso seria muito difícil para a McLaren. Mas você nunca sabe até receber os resultados. Acho que foi justo - diz Massa, em entrevista à imprensa européia.

O tri-campeão do mundo e ex-piloto da Ferrari, Niki Lauda criticou a decisão da Corte Internacional.
- Este foi o pior julgamento da história da Fórmula 1. A mais pervertida sentença que eu vi - esbravejou Lauda.

Devido ao incidente com Lewis Hamilton, os pilotos da categoria pediram para que a FIA trabalhe numa solução contra os cortes em chicanes. Pedro de la Rosa, presidente da Associação dos Pilotos da Fórmula 1 (GPDA) e piloto de testes da McLaren, acha que outras soluções podem ser tomadas para punir em caso de corte de uma chicane. Ele ainda completou que a devolução da posição não é uma boa saída.
- A FIA precisa achar uma solução para deixar todos felizes. Falamos com Charlie Whiting, diretor de provas da entidade, e ele disse que o assunto também está sendo discutido lá - disse Pedro de la Rosa, em entrevista ao site da revista inglesa "Autosport".

O quarteirão do entretenimento



Praça Benedito Calixto: encontro cultural

<ensaios narrativos>


Mais uma segunda-feira e Eduardo Viotti, jornalista de 30 anos, segue ao trabalho. Já exausto – reflexo do fim de semana. E que fim de semana.
Freqüentador assíduo da praça Benedito Calixto, é lá que o jornalista se “refaz”, ao som de um bom chorinho, se concentra com as obras de arte e repõe as energias degustando os quitutes da extensa praça de alimentação.
O quarteirão cultural é circundado por restaurantes, bares e lojas de decoração. É ousado, concentrando gente moderna, artistas, amantes da antiguidade, pais com filhos pequenos, ou – simplesmente curiosos. “Sou jornalista, sou curioso; é aqui que passo meus sábados; é aqui que deixo meu estresse do dia-a-dia; é aqui que recarrego minhas energias”.
Viotti, com sua bolsa transpassada pelo corpo, olha – todos os sábados – aos arredores da Praça Benedito Calixto. “Não, não estou em busca de pautas; estou em busca de paz”. Paz? Ao som do “Chorinho na Praça”? A resposta é sim, pelo menos para Viotti, que chega aos sábados bem cedinho na praça, aprecia as novidades expostas pelos artesãos ou móveis, lustres e outros objetos antigos à venda; antes de ouvir a roda de choro tocar, que tem início às 14h30, ele também presta atenção nas declamações dos poetas, e nas performances dos artistas “multitarefas”.
Ao som do chorinho durante a tarde, Viotti senta um pouco longe do “borburinho”, fica embaixo de uma árvore e lê um capítulo do livro. Às 18h, quando termina o “sonzinho maestral”, como ele mesmo gosta de citar, a praça ainda acolhe espetáculos de música de diversos gêneros. Um desses espetáculos que acontece com bastante freqüência é a apresentação de corais às 18 horas, encerrando as atividades da Feira.
Mas não para por aí: esse ponto de referência intelectual e cultural – que já faz parte do calendário turístico e de lazer de São Paulo – também recebe – duas vezes ao mês – o projeto “Autor na Praça”, e desperta muita atenção do público. E de Viotti também. No espaço de apresentações Plínio Marcos, autores fazem lançamentos de seus livros enquanto batem um papo descontraído com os freqüentadores. Viotti, curioso ao extremo, não perde nenhum desse evento e, diga-se de passagem, não deixa nem sequer outros curiosos fazerem alguma pergunta aos autores, pois ele não se limita a ficar calado – nem que seja por um instante, quando rodeado de pessoas intelectuais tanto quanto ele. “Ossos do ofício”, ele mesmo diz, contrariando a conversa de que não arrumaria pautas e mais pautas durante o seu “lazer” na Praça Benedito Calixto.
Eis que agora, neste momento, Viotti está no metrô, rumo ao seu trabalho. Mais uma semana se inicia e ele de olho no tempo, torcendo assiduamente para que o tão esperado sábado chegue logo. Viotti chega no trabalho tira um velho caderninho da tão “rodada” bolsa transpassada e senta frente ao computador. E lá registra todos os momentos de um dia ensolarado ao som de chorinho, quitutes e cultura. E no dia seguinte, os anônimos artistas estão estampados na capa de um conceituado jornal, com a seguinte manchete. “O anônimo só existe para quem quer ficar no anonimato”.