terça-feira, 29 de abril de 2008

Jornalista: profissão para quem não quer ganhar dinheiro


Os mais experientes jornalistas costumam dizer que jornalismo não é profissão, é dom, quase um sacerdócio. De fato, ser jornalista não parece ser a profissão dos sonhos para quem tem a intenção de ganhar dinheiro, diante dos baixos salários pagos aos formados nessa área.
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), um jornalista profissional, que atue em emissoras de rádio e TV no interior do Estado, deve receber R$ 796,00 por mês, por uma jornada de trabalho de cinco horas por dia. Aqueles que tiverem a sorte de atuarem em alguma emissora da capital devem receber um pouco mais pela mesma jornada de trabalho, R$ 1.248,00.
Jornais e revistas têm pisos salariais acima da mídia eletrônica. São R$ 1.650,44 para as empresas da capital e R$ 1.335,00 para o interior. A função de assessor de imprensa é a única que não tem diferenças de piso salarial entre capital e interior, R$ 1.836,46.
Pela importância do trabalho que desempenha e pela responsabilidade que carrega sobre as costas, os jornalistas estão entre os profissionais com os menores salários do país. Um advogado, cuja formação é bastante semelhante ao do jornalista, pode receber até R$ 3.153,19, segundo o Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo.

Jornalismo Rural


Trânsito, enchentes, congestionamentos, assaltos, roubos, são alguns fatos que chamam a atenção para as grandes cidades do país. Porém a notícia não está relacionada a acontecimentos nas metropólis. Um outro lado do jornalismo que não é lembrado ou não é conhecido, é o jornalismo rural. Nele temos inúmeras informações que atinge a todos, independente se estivermos numa grande cidade ou em uma "cidadezinha" do interior.

No jornalismo rural, notícias como a safra de alimentos, a venda de gado, as colheitas, são informações que direta ou indiretamente alcança a todos. Por exemplo: uma forte chuva atinge as plantações do Cinturão Verde no Alto Tietê, sendo está região a maior produtora de verduras e legumas de todo o estado, a tendência é a elevação do custo do produto, assim atinge o bolso do consumidor, que no caso é você.

Por isso existem programas de tv como o Globo Rural e o Diário do Campo, ambos exibidos pela TV Diário, que mostram todos os aspectos diários da vida no campo. E também temos a Revista Rural publicada mensalmente, traz informações sobre a agricultura e pecuária.

O jornalismo tem essa proximidade com as pessoas sendo elas da onde forem, ou sobre o que for a notícia, pois está ligada a todos nós.

Teoria do Jornalismo X Prática da Profissão

" Programas de Tv alienam população"


Superpop, apresentado por Luciana Gimenez, Pânico na Tv, Bom dia mulher com Olga Bon Jeovane, A tarde é sua com Sonia Abrão, estes são os principais programas de tv que têm envergonhado estudantes de jornalismo e profissionais da área.
No processo de formação acadêmica, os fulturos profissionais aprendem que ser jornalista é ser contador de hitória. Na teoria aprendem que devem transmitir hitórias de vida real e notícias com responsabilidades socias, noticias com conteúdos que acrescentem algo na vida da polulação. O que se espera disso é nada menos que jornalismo feito com responsabilidade e profissionalismo. Mas será que é o que tem ocorrido na prática?

Nas programações citadas a cima por exemplo, nenhuma segue o que é transmitido nas teorias acadêmicas que são os serviços sociais e ética.
Luciana Gimenez como apresentadora é uma ótima modelo, tenta mas não conssegue ser simpática. Como uma pessoa que foi intitulada apresentadora de um programa de tv não tem capacidade nem de administrar uma entrevsita?

Pânico na Tv, é desistimulante para estudantes da área se deparar com o conteúdo daquele programa. O impressionante é que a programação é apresentada por alguns profissionais formados, diferente de Luciana que esta na área por que é bonita e é casada com o dono da emissora.O número de telespectadores é impressionante. Na falta de programas informativos e construtivos, a população se prende á essas aberrações.

O mesmo acontece com fulturos formados que são cobrados pelos professores durante o pe´rodo de formação á fazerem matérias jornalísticas com conteúdo, qualidade e correm o grande risco de, na procura de um emprego, ao invéz de ser exigido um produto de qualidade, ter que produzir besteirol para a alienação da população.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Olhar de Lince

olhar além da pauta mostra como deve agir um grande jornalista

Brilhante a forma como o repórter Ernesto Paglia da rede Globo conduziu uma matéria sobre o caso Isabela, exibida no Fantástico deste domingo. A pauta era sobre a multidão que se aglomerou em frente ao edifício London, para acompanhar a reconstituição do crime. Aparentemente algo corriqueiro, e o que tinha tudo para ser mais uma matéria, se tornou "A Matéria". Longe do sensacionalismo, Paglia com sutileza mostrou que a maioria ali aproveitava para, de alguma forma, tirar vantagem da situação. Ele mostrou um empresário do ramo gráfico, inventor da corrente de São Judas Tadeu, que aproveitava o momento de comoção para promover seus produtos. Um outro personagem, um aposentado vestido de anjo, protestava e dizia que enfrentava sérios problemas financeiros, mas não foi o que as imagens mostraram, pois logo ele foi flagrado guardando a fantasia em um carro, nada simples por sinal. Já um sorveteiro disse que "Graças a Deus" estava conseguindo vender bem. Vale observar o empenho do cinegrafista, que conseguiu imagens que completavam o texto de Paglia, importante esse sincronismo, o que nem sempre existe.
Matérias como essa nos mostram que podemos e devemos optar pela qualidade de nossas reportagens, como as conduzir e que viés dar a elas. O olhar de Ernesto Paglia foi crítico, foi além do que a maioria dos repórteres viu, foi um olhar que fez a diferença. Certamente que quando pegou a pauta nas mãos, se é que não foi ele próprio quem a sugeriu, teve essa "sacada" de mostrar o que ninguém havia mostrado, de criticar aquilo que ninguém havia criticado. Acredito inclusive que o determinante nesse caso foi a observação que ele fez ao chegar ao local, de qualquer formar um exemplo de como deve agir um grande jornalista.
Paglia mostrou que o responsável pela grandeza da matéria é o repórter e não a pauta, mostrou que independente do assunto a ser tratado, o importante é abordá-lo com o mesmo comprometimento, como se fosse a melhor matéria do mundo. Talvez isso explique o porquê de Paglia ser um dos jornalistas mais conceituados da Globo.

TV Pública pode ampliar mercado profissional

A criação da TV Pública no Brasil tem gerado muitos debates. As opiniões sobre a utilidade e sobre independência do veículo, em relação ao Governo Federal, divergem até mesmo entre os profissionais de mídia.
Mas pelo menos sob o ponto de vista da geração de empregos, a TV Pública parece representar algo positivo para os jornalistas. Segundo a lei que autoriza a criação e estabelece as diretrizes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), publicada no Diário Oficial da União em 8 de abril de 2008, a programação regional tem existência assegurada no novo veículo.
A lei estabelece que a cobertura dos veículos que compõem a empresa deve garantir conteúdo mínimo de 10% da grade de programação para conteúdos regionais, além de 5% para produções independentes. A regulamentação prevê ainda que a EBC poderá ter sucursais em qualquer parte do país. Em tese, essa possibilidade de expansão representa maior demanda de mão de obra para garantir as produções regionais.
A EBC, organizada como sociedade anônima de capital fechado com, no mínimo, 51% de títulos sob domínio da União, além da TV, deverá gerenciar uma rede de emissoras de rádio e um portal de notícias na Internet. As contratações deverão ocorrer através de concursos públicos. Pode ser a chance para novos jornalistas.

Padrão Jornalístico = Jornalismo Limitado

Padronizar-se pode se tornar um "cala boca"


Num mundo ditado por regras (necessárias!) em todos os seguimentos, as pessoas acabam se acomodando e deixam de inovar. Essa frase que mais lembra uma sessão auto-ajuda deveria ser idéia guia de quem pretende se firmar no jornalismo.

Muito se questiona sobre os meios de comunicação. Em geral, os veículos de grande conhecimento sempre são alvo de críticas. A TV Globo, a revista Veja, dentre outras, sempre ilustradas como exemplo para comportamento de imposição, de não ética e, muitas outras relevâncias, acabam sendo amplamente copiadas, até mesmo por quem deveria indicar novos caminhos, como os educadores.

Os cursos de jornalismo apontam e determinam as falhas, mas não conseguem ir além da teoria. Na prática, a atitude é igual a dos “super poderosos da comunicação”. Impõem regras e teorias, e, quem tenta quebrá-las é visto como desatento, sem foco e conseqüentemente, sem futuro. Com o peso de suas evidentes competências, professores esquecem que “ser jornalista ou fazer jornalismo não é mera técnica” como alerta Gerson Luiz Martins, doutor em jornalismo pela ECA/USP, professor da UFRN e presidente do FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo) e, portanto deveriam permitir a seus alunos a arte de construir, de inovar.

Seguindo sempre os mesmo conceitos, utilizando sempre as mesmas fórmulas, além de ser desnecessário um curso superior de jornalismo, as críticas que hoje muitos contestam jamais serão transformadas, pois os ensinamentos em sala de aula se baseiam em produtos já consolidados e pouco tende a criar novas perspectivas. Para quem sente que pode ultrapassar esta barreira inicial imposta pelos cursos universitários e caminhar por novos trilhos, fica a dica: estude, mas não se permita absorver. Contraditório, mas realista.

Sr. Leo Minosa e seus acasos

O espetáculo está ao alcance das mãos, mídias usam noícias para lucrarem
(á cima) Reporter em busca de sucesso

Na década de 50, é laçado um filme que mudaria a visão de muitos jornalistas no dias de hoje. O filme “ A Montanha dos Sete Abutres”, do diretor crítico Billy Wilder, chama atenção para alguns assuntos que são pautados nos cursos de Jornalismo, entre eles o efeito social da mídia que faz a seleção, a capacidade de tematizar assuntos de audiência, estabelecer ordem de importância dos fatos e fixar termos de referência para o debate dos temas relacionados como prioritários. Através da espetacularização da notícia a agenda midiática diz o que a sociedade pensa e como deve refletir, sendo assim, a Mídia faz que o tema de discussão dos receptores são aqueles mais lucrativos para os meios de comunicação.

Mesmo com filme inovador, até os dias de hoje, o mais comentado é o personagem Leo Minosa, um jovem que por um trágico acidente ficou soterrado Um repórter sem escrúpulos, vivido por Kirk Douglas, um repórter sem escrúpulos que, já em declínio, consegue um posto de repórter num jornalzinho da pequena cidade de Albuquerque, no Novo México. Mesmo ali, no seu pequeno fim de mundo, ela espera que surja uma grande história para projetá-lo nacionalmente e elevá-lo ao estrelato da imprensa. Sua chance de ouro aparece quando, num lugarejo ali perto, um jovem fica preso dentro de uma caverna, com as pernas soterradas por um desmoronamento. O jovem passa bem, mas só se conseguirá safar se alguém retirar as pedras que pesam sobre suas pernas. O xerife local começa a ver vantagens na exposição do caso e se alia a Tatum. Repórteres de todos os cantos do país chegam à caverna indígena sagrada Montanha dos Sete Abutres. Com eles vem a multidão sedenta de sensações, pronta para seguir de perto os lances mais emocionantes. Tatum conduz seu circo de modo calculado, submetendo a seus planos o destino do rapaz aprisionado. O nome do rapaz é Leo Minosa (vivido por Richard Benedict) e o show está apenas começando.

Esta história acontece em diversos casos jornalísticos atuais, onde a mídia define o final da história. Nos últimos dias, todas as pessoas, tem acompanhado o caso Isabella Nardoni, onde a mídia especula quais seriam os assassinos, a população mobilizada e fazem julgamentos morais e quem ganha são os telejornais. Audiência aumenta, lucros fora do normal, qual é a diferença entre o repórter sem escrúpulos em busca de sucesso dos meios de comunicações que julgam e lucram com o fato?

domingo, 27 de abril de 2008

Informação com bom humor

CQC notícias com humor. Tv Band, segundas-feira ás 22:15
O jornalismo nos dias atuais tem uma preocupação muito grande em informar seus leitores, ouvintes e telespectadores de uma forma completa, ética e verdadeira. Cada informação nova é acrescentada, e uma grande equipe se mobiliza para transmití-la a população. Vários telejornais, jornais impressos e programas de rádio competem entre si para passar informação em primeira mão, e também aumentar sua audiência.
Atualmente um novo estilo de jornalismo está crescendo nas mídia e também no gosto público. É o jornalismo com humor. Sites como o kibeloco, jacarebanguela e programas de tv como o CQC (Custe o que Custar) exibido na Band e comandado por Marcelo Tas e 15 minutos da MTV comandado pelo jornalista e ator Marcelo Adnet, trazem os fatos importantes que estão nas capas dos principais jornais com um tom humorístico. O público consumidor desse tipo de informação cresce a cada dia. Por falta de tempo, paciência ou gosto para ler as notícias, algumas pessoas preferem se informar através dessa inovação, segundo publicação de Samanta Fernandes no site inovajor.blogspot.com.


"Boa mistura entre jornalismo e humor sempre esteve presente na mídia, com altos e baixos. O atual momento parece apropriado para o surgimento de bons humoristas na TV cuja matéria-prima é a notícia. O lado bom deste casamento (entre jornalismo e humor) se estabelece na possibilidade de uma visão crítica e leve dos acontecimentos, inclusive dos mais pesados. Por isso, essa nova fórmula de informar a população deve cair nas graças do público e atrair a cada dia mais novos consumidores de notícias com humor", afirma Ricardo kauffman no site Terra.

Canais de Jornalismo são as apostas para o futuro

O Record News é o mais recente dos canais de Jornanismo 24h no Brasil

Com a chegada da televisão digital no Brasil, as emissoras de televisão começam a se preparar par variar mais em sua grade de programação. Um dos gêneros que está sendo mais explorado são os canais voltados exclusivamente para as notícias 24h por dia, com apenas pequenas interrupções. A pioneira foi a emissora Globo, que já em 1996 lançou o Globo News, canal que além de noticias, também com programas de entrevistas e programas de entreteinimento.

Logo mais adiante, também é lançado pelo grupo Bandeirantes o canal Band News, também nesse mesmo formato, e também o Band News Fm, transmitindo para várias capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Também lançou O BandSports também no mesmo tipo de jornalismo, mas voltado inteiramente aos esportes em um plano geral, com programas específicos para várias modalidades, entrevistas com atletas e eventos esportivos variados.
Todos eles com transmissão via tv a cabo, o que limitava o acesso a população já que não são muitos que podem manter uma tv por assinatura. Já no final do ano passado, surge a Record News, com transmissão na chamada "tv aberta", dando acesso a maioria dos brasileiros, o que já é um grande passo, pois dá também a oportunidade para as pessoas terem informação de qualidade igual a tv por assinatura, mas não podem ter acesso a ela.

Ao que parece as emissoras nacionais vão seguindo os passos das grande emissoras internacionais como a BBC com o BBC News, e a CNN, que inclusive tem canais línguas diferentes, tudo para facilitar o entendimento do telespectador, e para que ele não perca uma informação se quer.
Mas ainda existem dúvidas sobre esse tipo de jornalismo: Qual é a melhor forma de se adequar para atrair o telespectador? Os jornais mais convencionais irão desaparecer?

Radiojornalismo: Agilidade na informação

A tecnoligia consolida a instataneidade da informção no rádio


O rádio potencializa-se como o grande veículo de notícias e prestação de serviço, sendo insubstituível como veículo de comunicação que se pode acessar a qualquer momento, em qualquer lugar, enquanto se faz milhares de coisas. É por isso que o rádio, contínua sendo a preferência quer seja na busca das últimas notícias, ou para sentir-se acompanhado, já que a linguagem do rádio é simples e direta, transmitindo para o ouvinte a sensação de que ele é único.

Pesquisas apontam que das cinco da manhã até as sete da noite, o rádio predomina na preferência do público, seja nas grandes metrópoles ou nas cidades menores. Presente no carro do executivo, no fone de ouvido do jovem estudante, na residência da dona de casa, na internet da adolescente ou na sala do aposentado. Ele fala para o letrado e para o iletrado. Não é preciso saber ler, muito menos parar o que se está fazendo para compreender a mensagem transmitida.

O início do rádiojornalismo no Brasil, em 1941 foi marcado com o surgimento do programa: "Repórter Esso" da Rádio Nacional, noticiário de consolidada audiência, à época. Com muita história para contar, o programa destaca-se pela exclusividade com que noticiou o suicídio do então preseidente do Brasil, Getúlio Vargas em 1954.

A credibilidade, agilidade e instantaneidade do radiojornalismo são incontestáveis, por exemplo: no trajeto para a cobertura de um facto, a equipe de TV quase nada pode fazer com o veículo em movimento. Mas o Repórter de Rádio já pode entrar no ar e noticiar o facto no exato momento em que ele ocorreu, antes mesmo de chegar ao local. Uma vez no local, o Rádio chega falando, enquanto a TV, ainda vai armar o equipamento, interromper a programação, para aí então informar. Por tantas peculiaridades, o rádiojornalismo segue com primazia, utilizando-se da era digital para potencializar - se no “mercado jornalístico”.

Quando o Jornalismo ocupa o lugar do Judiciário

Até onde deve ir a imprenssa sem interferir na veracidade dos fatos



O caso Isabela, parece não ter limites para imprensa. Todos querem dar o maior número de informações, primeiro. A disputa vai além de informar, muitos canais de TV como Record, Rede TV, Globo, se esmeram em exibir programas que são capazes de desmistificar o caso para grande massa. Debates acirrados com advogados, criminalista, psiquiatras, também parece ter prioridade nas grades de programação das emissoras.


Na Rede TV, esta pauta tem preferência. Á dias, o programa comandado por Sônia Abrão, tem um único foco: o caso Isabela. O programa Super Pop abriu o "tribunal" para a população julgar o pai e a madrasta de Isabela. Seriam ou não eles os culpados da morte da menina, o que você acha? Foi á pergunta feita. A multidão julgava em frente ás câmeras com veemência tal que pareciam ser eles mesmos os peritos do caso. Já o programa Hoje em dia da Rede Record, tenta de todas as formas trazerem gotas de novidades para seus telespectadores.


A imprensa, considerada o quarto poder, um dos pilares da democracia, deve, no entender de todos, dar-nos uma visão geral de como anda o mundo, nosso país e o nosso quintal, além de velar pela nossa liberdade. Será que imprensa tem cumprido o seu papel de apenas informar? Onde está a linha que separa a informação do pré-julgamento? Estaria o Jornalismo ultrapassando as portas do tribunal para ocupar o lugar do Judiciário no caso Isabela?

sábado, 26 de abril de 2008

A cobertura esportiva em crise com os novos meios de comunicação

Nos EUA a imprensa discuti os limites do uso de tecnologias na cobertura esportiva


No mês passado em Dallas nos Estados Unidos, Mark Cuban, o proprietário do time de basquete Dallas Marvericks tentou proibir a entrada de blogueiros no vestiário do seu time. A liga norte-americana de basquete (NBA, sigla em inglês) interveio dando acesso aos blogueiros de organizações noticiosas credenciadas.

Em resposta, Cuban decidiu permitir a entrada de qualquer blogueiro - gente do Blogspot que vem postando há algumas semanas, garotos blogando para o site na Web da sua escola de segundo grau e também aqueles que trabalham para grandes empresas.

O fato é que nos EUA, atualmente, os jornalistas, times e empresas estão rediscutindo a forma de cobertura e principalmente quem deve fazê-la. O jornalismo esportivo pode ser considerado como uma especialização que lida com alto grau de risco de imparcialidade, (veja matéria de Com a entrada de novas tecnologias, principalmente virtuais, organizações e empresas tentam limitar o acesso a algumas informações para proteger direitos autorais e a forma lucrativa dos negócios do esporte.

Baseada em argumentos de executivos, a Liga de Beisebol emitiu novas regras limitando o uso pela imprensa de fotografias e clipes de áudios e vídeos. Segundo eles o excesso de áudio e vídeo em site na Web pode infringir os direitos dos detentores dos direitos (em geral, emissoras que pagam milhões de dólares para transmitir os jogos ao vivo). A liga americana de futebol compartilha a mesma opinião e restringiu os clipes de áudio e vídeo que não sejam de um jogo a 45 segundos.

O conflito ocorre porque há dez anos atrás, os jornais e demais organizações noticiosas não estavam “no mundo” do vídeo e do áudio, somente usavam esses recursos as próprias empresas esportivas. A Major League Baseball Advanced Media, uma braço do beisebol na Internet, por exemplo, gera uma receita calculada em US$ 400 milhões ao ano e está crescendo a um ritmo de 30% ao ano.

As organizações de mídia aceitaram as normas da NFL sob protesto e a liga já marcou reuniões com representantes de mídia para discutir os regularmentos para a próxima temporada. Enquanto isso, os profissionais discutem o futuro do jornalismo, mas é fato que o vídeo em sites na Web já faz parte desse futuro.

Via: O Estado de São Paulo e Blog Dallas Marvericks

Iniciativa Superinteressante

Revista Superinteressante
Capa da primeira edição da revista Superinteressante. Revista libera seu acervo na web

Desculpe-me pelo jogo de palavras do título, mas foi inevitável.
É que a revista Superinteressante disponibilizou seu acervo (de 1987 à 2006) na web. E a promessa é de que todo o acervo de 2007 logo esteja disponível.
Há no site da revista as edições especiais e uma ferramenta de busca para encontrar o que deseja nas páginas das edições publicadas.
A revista, que completa 20 anos em meio à tanta discussão sobre imprensa e web, dá um passo à frente.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Público infantil pode ser um nicho promissor

Jornalistas elaboram projetos que visam o público infantil


A exemplo de Rosa Amanda Strauz, Marina Colasanti, é comum encontrar produções literárias elaborados por jornalistas, sobretudo literatura infanto-juvenil. Entretanto produtos jornalísticos devidamente ajustados a este público são praticamente inexistentes. Pensando nesse nicho e na oportunidade de aliar educação ao jornalismo, de modo a estimular o gosto da garotada pela sede de informação, jornalistas elaboraram projetos no mínimo ousados.

Rafaela Céo desenvolveu como seu trabalho de conclusão de curso, o projeto Como fazer jornalismo para a garotada. Trata-se de um manual de redação para profissionais que optem por escrever para crianças. Segundo Rafaela, não existe nada que oriente os profissionais a trabalharem com esse perfil de leitor e até mesmo nos suplementos voltados ao público infantil apresentam linguagem voltada aos pais.

Outro trabalho que busca incentivar crianças e adolescentes a enveredar pelos caminhos do jornalismo é o
Rádio Escola, desenvolvido pela jornalista Cláudia Catalanho, em Itatiba, interior de São Paulo. Com o intuito de desenvolver a comunicação dos alunos, o projeto conta com técnicas de locução, gravação, teatro para rádio-novela, técnicas vocais e de canto, percussão corporal, linguagem de rádio, produção de textos e laboratório de rua. os "Nosso objetivo não é formar profissionais. Temos a intenção de despertar interesses", explica a idealizadora.

Trabalhar com crianças requer um feeling natural que independe de técnica. Ou se gosta de trabalhar com os pequenos ou não. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, esta pode ser uma boa oportunidade profissional, que se bem explorada pode, também, tornar mais crítico, o perfil dos futuros leitores brasileiros.

Links relacionados:

Seu computador no universo Web

O computador pessoal se virtualiza cada vez mais e a antiga CPU começa a perder sua função



Há algum tempo, para se produzir e armazenar dados era necessário um computador com memória física e, para o acesso à distância, seria necessário que o computador estivesse conectado à web e possibilitasse o acessado à distância, a partir de outro computador.

Assim, o jornalista precisava carregar consigo, sempre, seu material, em memórias portáteis e assemelhados, para que sempre tivesse acesso a seus documentos.

Com a evolução do universo web, o computador pessoal deixou de ser tão necessário. Na web já se pode encontrar servidores que lhe oferecem espaço para guardar ou publicar arquivos de todos os formatos. Sites para ppts, para imagens, para vídeos, para textos, servidores que oferecem programas similares ao pacote Windows, com editores de texto, desktops virtuais e, até, que oferecem espaço para todo e qualquer arquivo, como o de um Hard Disk.

As possibilidades, hoje, são inúmeras e, cada vez mais, tem-se criado alternativas virtuais para o trabalho e armazenamento eletrônico. O computador que, há pouco tempo, precisava de determinados componente e características, para “rodar” programas, hoje é desnecessário, pois tudo está na rede. Aqueles muitos kbits em arquivos que eram guardados no HD e que ocupavam o pouco espaço disponível, foram transferidos para o ambiente web e não ocupam mais espaço no computador.

A Web deixou de ser apenas um portal a sites de informação ou, no maximo, de comunicação e passou a ser, realmente, um ambiente em que se tem tudo, desde a tv e o rádio, ao banco de arquivos pessoais. Alguns servidores oferecem espaço para armazenamento de arquivos maior que a memória de muitos computadores.

A questão que levanto, então, é: Com a migração dos dados que eram armazenados em seu pc, para a web, como fica a segurança? Será que os dados que estão na rede não estão mais vulneráveis? A comercialização dos servidores, enquanto empresas, não pode afetar a segurança dos dados armazenados?

O ambiente virtual é uma alternativa muito útil ao jornalista e, até, a todos os internautas que realmente utilizam os recursos oferecidos, mas a segurança pessoal deve estar acima de tudo.

Caso Isabella vira Reality Show


Mídia Transforma criança vítima de uma tragédia em "artista"




É impressionante como a média deixa visível ao público a importância de crimes que envolvem a classe média. O caso Isabel la, teve uma repercussão tão grande, que o telespectador não sabia mais o canal que estava assistindo e muito menos a programação. Será que o controle remoto está quebrado? Não! É que o assunto deu audiência e todos os jornalistas querem ter algo novo para falar. O problema é que isso não esta ocorrendo. É uma noticia e o mesmo assunto para todos os canais e programas de TV. O tamanho da importância que se tem uma tragédia como essa é sem duvida inquestionável. Mas enquanto a midia esta focada nesta investigação, quantas "Isabel las" não estão sofrendo pelo Brasil á fora? E principalmente nas periferias, crianças assassinadas, estupradas, vítimas de crimes bárbaros e não têm evidência na midia.

"Apenas para destacar esse tratamento diferenciado, no mesmo dia da morte da menina, 150 soldados da tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiram uma favela e assassinaram 10 pessoas. Não foi a primeira vez, nos últimos meses, que a PM do Rio cometeu tamanha barbárie contra uma comunidade pobre. No entanto, a grande imprensa nacional deu apenas um pequeno registro desse crime violento praticado pelos agentes do Estado". Ressalta o jornalista e professor da PUC-SP, Amilton Octávio de Sousa.

Do ponto de vista do espectáculo e da comercialização dos fatos, o caso da menina Isabel la "permite" muito mais exploração inconsequente do que as 10 mortes do Rio de Janeiro. No caso da Isabel la, a midia dissecou todos os detalhes possíveis, entrevistou dezenas de pessoas, desde parentes até colegas e professores. No caso do crime do Rio, o assunto morreu no mesmo dia e o povo brasileiro nada ficou sabendo sobre as vítimas, quem eram, quais as suas histórias, o que faziam, quem são os seus parentes e porque foram assassinadas.
Em momentos como esse é que se verifica que o jornalismo brasileiro sofre de grave distorção nos seus critérios de seleção dos assuntos, na escolha do destaque dado aos fatos e na linha dos enfoques.

Mais importante do que transformar atos anti-sociais (crimes) em shows de emoção, é analisar a realidade – política, económica e social - que gera a violência e leva o ser humano ao ato anti-social. O papel mais nobre da imprensa é o de fornecer para a sociedade o material jornalístico que contribua efetivamente para elevar o nível de informação, de consciência e de compreensão da nossa realidade e não a preocupação apenas em comercialização, o que mais tem ocorrido ultimamente.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Peculiariedades do jornalismo regional

O Fanzine Sub é um exemplo de jornalismo comunitário

O jornalismo comunitário tem grande importância dentro da comunidade, pois busca a tradução das noticias nacionais associando ao regional. Diferencia as peculiaridades de cada local e divulga informações presentes no dia-a-dia de cada habitante. Mas é preciso diferenciar a questão de jornais “de comunidade” (voltado para a comunidade) e jornais “comunitários”, como ressalta Prof º Pedro Celso Campos em estudo sobre a história do jornalismo comunitário em foco o jornal regional e a sensibilização dos alunos de jornalismo para este. “Neste ultimo caso trata-se do jornal feito pelos próprios moradores do bairro ou da vila, sem fins lucrativos, mo num mutirão, onde a linha editorial é discutida pelos representantes da comunidade, sendo o jornal um produto coletivo para coletividade. No primeiro caso, trata-se de um jornal com proprietário identificado, que administra e cuida do jornal, porém aberto à opinião a todos, democraticamente.”

Assim podemos considerar que um jornalismo comunitário deve ser usado como um instrumento de transformação social. Já que é voltado para pessoas que vivem em determinado local, vivenciam problemas específicos e têm lutas em comum a serem travadas e vencidas.
Diferente de um jornalismo de massa, que divulga em grande escala mensagens e estas são absorvidas rapidamente por todo tipo de público. Porém nem sempre esta mensagem transmitida em massa é de real interesse para todo tipo de público.

O jornalismo de massa é divulgado pelos meios de comunicação (Televisão, rádio, jornais) que estão concentrados nas mãos da classe dominante. O que revela uma linha editorial com ênfase na alta economia e com grande preocupação da imprensa brasileira nas elites. Portanto, os meios de comunicação transmitem uma “reportagem” sobre a bolsa de valores e uma “nota” sobre a emenda três e como esta pode mudar características da CLT. As noticias divulgadas parecem ser sempre as mesmas. Sobre um político corrupto, uma bala perdida, uma fuga na febem, uma repressão policial em grupos de considerados “baderneiros”, enfim divulgam tragédias com um sorriso no rosto.

Há muitos estudos dentro do jornalismo que nos ensinam como passar a informação de maneira rápida, precisa e objetiva. Um deles é a questão da pirâmide invertida (mais importante para menos importante) e lide, as seis perguntas principais: Que, quem, quando, como, onde e por que. Mas dependo de quem responde estas perguntas, a notícia publicada fica vazia, repetida e alienada. De acordo com aula dada pelo Prof º Roberto Medeiros com base no livro: O jornalismo e seus referentes de Jorge Pedro Sousa; Isto ocorre, pois os referentes básicos dos discursos jornalísticos são Acontecimentos, Idéias e Temática. Sendo “acontecimentos” o que mais aparece na imprensa. E este referente pode ser classificado como ocorrências singulares, concretas, observáveis e delimitadas. Estas características das ocorrências que a tornam manipuláveis, permitindo que sejam tratadas com o uso da linguagem escrita ou da linguagem da imagem.

Portanto, toda essa repetição no jornalismo de massa nos impõe um padrão de pensamento e vida. Bombardeiam com informações superficiais e sem apuração dos fatos, com a desculpa de atingir a objetividade. Ao contrário de um jornalismo comunitário, que busca a visão crítica da população e fazê-lo se sentir sujeito construtor da história. Resgatando a cultura popular, num processo de conhecimento para a construção da cidadania e luta diária contra uma ideologia dominante.


Estudantes/Estágiarios X Profissional/Desempregado


A universidade é uma porta para o futuro profissional, isso não podemos negar, quando somos merôs estudantes, os estágios abrem as portas. Porém o que preocupa é depois de formados, como fica este profissional.

As empresas, em geral, atualmente buscam o estagiário, pois o custo comparado ao profissional registrado é bem menor. No campo de jornalismo, não é diferente, redações de todos os meios, estão abarrotadas de estágiarios. Por isso um recém-formado para conquistar um emprego efetivo necessita adquirir experiência. Mas como conseguir esse emprego, se as empresas preferem um inesperiente aluno, do que um profissional habilitado, somente para retenção de custo.

No país a crise desse desempregado tem até nome especifico, o chamado desemprego intelectual. Criado na Itália, são chamados assim aqueles que com formação superior encontram empregos fora da área de graduação, pois exigem baixa escolaridade. Em uma pesquisa realizada na cidade de São Paulo, existem cerca de 45 mil desempregados com formação superior, sendo pior que os analfabetos que são em 24 mil.

Por isso recém-formados sendo jornalista ou não, alpem do mercado ser competitivo, o que não se deve perder é a esperança. Pois ela é a última que morre.

Assessoria de Imprensa é Jornalismo

Redações deixam de ser atrativas em comparação as assessorias de imprensa








São vários os autores, em sua maioria jornalistas, que apontam diferenças entre uma assessoria de imprensa e o jornalismo feito nas redações. O fato é que no primeiro caso, o profissional está a serviço da população. São passadas informações com os dois lados de uma mesma história, a fim de que o leitor, ouvinte ou espectador, possa tirar suas próprias conclusões. Há uma preocupação com a verdade, a transparência da notícia.
Não que a verdade deixe de ocorrer nas assessorias, mas os interesses estão totalmente voltados às necessidades da empresa para qual o profissional da comunicação trabalha. Por isso neste caso o jornalismo deixa de existir. Não há dois lados de um fato. As informações são geradas dentro da empresa com a finalidade de mostrar o que a mesma tem de melhor ou ainda como atua dentro de um segmento.
No entanto, esta é uma característica do Brasil. Em outros apaíses profissionais de relações públicas e até mesmo publicitários desempenham a função de propagar informações sobre empresas, assessoria de comunicação. Por aqui, o pensamento é outro. Jornalistas acreditam que a experiência em grandes redações auxiliam no momento de orientar ao cliente a melhor forma de passar informações. Além do mais estes profissionais, formados, conhecem todos os mecanismos para uma boa relação com outros ógãos da imprensa. Aliás, a questão da formação acadêmica também gera polêmica.
Hoje, grande parte dos jornalistas optaram por assessorias. Um dos motivos apontados pelos mesmos é a remuneração. Apesar do piso salarial ser dierenciado em cada Estado do Brasil o valor é considerado baixo. Em São Paulo, por exemplo, um jornalista ganha por cinco horas, por volta de R$1.500 quando opta pelos meios de comunicação. Nas assessorias o salário pode chega a R$ 1.667. A diferença pode não ser gritante, mas o fato é que muitos precisam de alguns trocados a mais no fim do mês.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Emprego na internet

Sites ajudam na procura de emprego
O velho risco vermelho no jornal, aquele em volta de um anúncio de emprego, ficou para trás. Agora a maneira de se tornar visível no mercado de trabalho mudou um pouco. Com a Internet, não é mais necessário ficar sujando as mãos com tinta de jornal, basta cadastrar seu currículo nos sites das empresas (ou nos bancos de dados de RH) e esperar um singelo e-mail chamando você para uma entrevista. Além disso, grande parte das instituições já está fazendo avaliações e até entrevistas on-line.
Há, basicamente, três formas de usar a Internet para conseguir emprego: a primeira é entrar no site da empresa e cadastrar seus dados (a maioria delas já tem essa opção), a segunda é contratar um serviço de um banco de dados de currículos, como o Curriculum e o Catho e a terceira é mandar seu currículo por e-mail, para as empresas ou pessoas que interessem. Essa, porém, é só a primeira etapa, aquela que dá a chance de você ser chamado para um processo seletivo. O uso da Internet, no entanto, não pára por aí...
A Credicard, por exemplo, realizou no ano passado um enorme processo de seleção, para trainee, em parceria com o Curriculum.com.br, em que os candidatos fizeram as primeiras cinco provas pela Internet.
Muitas empresas, como a Starmedia Networks, buscam candidatos e anunciam vagas nos bancos de dados de currículos, com freqüência.. O recrutamento online não é novidade para algumas empresas. Mesmo com a etapa online facilitando, otimizando e diminuindo os custos da seleção, o contato pessoal é indispensável para escolher a pessoa certa. Segundo a dona da High Flyers, Jane Assis, o tête-a-tête vai ser sempre necessário, pois, numa organização, os resultados dependem absolutamente do trabalho em equipe e a confiança e o respeito só se constróem pessoalmente. Para conseguir um bom emprego vale qualquer sacrifício, mas você não precisa ficar gastando sola de sapato. Aproveite os benefícios que a Internet trouxe e fique atenta às novidades. Além de trabalho, você pode conseguir cursos online excelentes, que podem dar um upgrade na sua carreira.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Estetização do drama no jornalismo brasileiro

Jornalismo sensacionalista disfarçado pela superficialidade.
Devora qualquer possibilidade de desenvolver capacidade crítica da população

Para muitos especialistas e superficialidade no jornalismo é o maior problema.

O Sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro , afirma que o jornalismo brasileiro avançou muito e abandonou o sensacionalismo, só que agora tem que aprender a superar a supercialidade com que trata suas apurações jornalísticas.

Independente do superficial ou sensacional, o jornalismo nos últimos anos tem se mostrado pouco analítico e parece passar por uma estagnação não de assuntos a serem tratados, mas pela ausência da busca pelo jornalista por novos assuntos, sem massacrar somente um fato social.

Vemos ultimamente o caso Isabella, nossa tão querida Madelaine brasileira. História com direito a entrevista exclusiva dos pais dela no Fantástico (aliás, como diria a vinheta o programa “é fantástico!” e sensacional e consegue tudo, até o que ninguém conseguiu).
A menina que com a morte ajudou a criar uma das mais novas lendas urbanas apareceu até fazendo compras no supermercado com o pai e a madrasta. Isabella de todos os ângulos e todas as formas... a menina que todos queriam ter... Tá, foi uma judiação. Mas já deu né, afinal, a menina passou de protagonista a figurante, dando o lugar do papel principal ao desfecho dos assassinos. Fóruns criados por pessoas comuns já discutem a questão da insistência em se cobrir jornalisticamente essa história.

Tempos atrás o mesmo aconteceu com o avião da Tam que foi sucesso até mesmo em blogs.
Primeiro foi apurado e decidido que foi falha do piloto, depois foi o reversor e depois a pista. A única coisa menos discutida, e a não menos importante, foi a existência de um aeroporto no meio de uma cidade.

Para Leda Rosa Meneses o jornalismo superficial ajuda a camuflar o sensacionalismo, que é massacrante e vende como qualquer produto massificado.

Será que a população teria a mesma qualidade e capacidade reflexiva que o assunto merece?
Longe do sensacionalismo e da supercialidade o jornalismo deveria preocupar-se, sobretudo, com a formação crítica da população abrindo debate político até mesmo sobre a imprensa brasileira.
Inclusive.

Jornalismo sensacionalista

Uma das manchetes do jornal Notícias Populares

O jornalismo sensacionalista está muito evidente nas mídias. Hoje mais do que nunca, as empresas jornalísticas distorcem e/ou manipulam informações transformando realidades que são medíocres, em “realidades” mais atrativas e fascinantes ao olhar do telespectador.

Essa maneira de se fazer jornalismo, não é de agora. O grande marco foi em 15 de outubro de 1963 com o surgimento do Notícias Populares (NP). Ele foi um dos jornais mais polêmicos e populares produzido no país. Por falta de matérias, alguns assuntos eram inventados. Um exemplo disso foi a história sobre um suposto nascimento de uma criança, com aparência de demônio, em são Bernardo do Campo, no grande abc. A história foi retro-alimentada pela população, que via o bebê diabo em telhados, na rua e até tomando táxis. A exploração da imagem do ser humano em situação depreciativa, humilhante, tinha espaço garantido nas manchetes do veículo. As edições esgotavam nas bancas.


Mesmo com a extinção do NP, hoje ainda podemos ver na TV exemplo de profissionais que utilizam do sensacionalismo. O jornalista Datena, programa Brasil Urgente (Band) e o Geraldo Luís, programa Balanço Geral (Record), embora sejam de emissoras diferentes, ambos possuem as mesmas características ao abordar os fatos. Há quem diga que o Geraldo do programa Balanço Geral é uma cópia do jornalista Datena. Mas isto não convém a ser discutido, o que é quero mostrar é que as emissoras procuram uma maneira de atrair o público. Sendo assim, o sensacionalismo é o método mais fácil de obter êxito ou mesmo o ibope esperado.

Não podemos enquanto público deixar que este tipo de jornalismo continue, pois os meios podem sentir-se ‘viciados’ por esta técnica e como aconteceu no Notícias Populares podem criar histórias falsas, causando grandes transtornos a sociedade. Deste modo o senso crítico precisa estar cada vez mais aguçado para que tenhamos segurança quanto ao valor da informação e não cometamos erros ao fazer pré-julgamentos de determinados assuntos.

Jornalismo Investigativo

O jornalismo investigativo é uma espécie de “quebra cabeças”.

As reportagens que causam maior impacto nos veículos de comunicação são as realizadas através do Jornalismo Investigativo. A máxima do “quem”, “quando”, “onde”, “como” e “por quê” são muito evidenciadas nesta forma de jornalismo, pois é necessário ir a fundo nas pesquisas, ou seja, em busca de dados concretos que vão esclarecer o assunto, seja ele de caráter de denuncia ou não.

Giovani Grizotti, Porto Alegre (2000) cita no seu trabalho uma relação que Robert Greene, Idealizador do Investigative Reporters and Editors faz com a atividade jornalística. No qual compara com a composição de um quebra-cabeças. "O repórter tem que trabalhar com peças que estão dispersas e muitas vezes ocultas por interessados. Sua missão, portanto, é juntá-las para mostrar como se comportam algumas pessoas ou instituições públicas ou privadas em uma sociedade em crise. As peças podem ser obtidas pelo repórter ou chegar a sua mão por fontes anônimas ou não. Nos dois casos, a perseverança e a curiosidade são a chave para apreender uma informação que poderia ser passar despercebida a outros.”

O risco que passa o repórter, ao fazer “trabalho de polícia” é um fator preocupante. Fato que ilustra esse tipo de situação é a morte do jornalista Tim Lopes, quando investigava o tráfico de drogas e a prostituição infantil em uma favela do Rio de Janeiro. Portanto, o jornalista tem que ter ciência dos riscos que irá enfrentar, pois nem sempre terá a proteção almejada. Muitas vezes irá agir por si só e, com certeza, terá que arcar com as conseqüências.
O jornalista investigativo, por natureza é curioso, "fareja" por trás do que parece óbvio, olha e vê além. (...) Porém o jornalismo hoje em dia se tornou menos investigativo. O conflito de interesses impede que o repórter consiga mostrar ao público a real verdade" diz Rebeca Noronha.
Desse modo entende-se que para que a conclusão da notícia seja satisfatória e para não correr riscos de se cometer injustiças ao divulga-la, é necessário que o jornalista esteja sempre em busca da verdade. Pois a função do jornalista é de representar a sociedade, expondo e esclarecendo quaisquer fatos que seja de interesse social com capacidade, isenção, ética, senso crítico para conseguir ‘enxergar’, analisar e denunciar os fatos.

INFOTENIMENTO: informação + entretenimento no jornalismo.

1º livro brasileiro que estuda o tema




Intitulado de “A prática do infotenimento no jornal diário impresso: o caso da Gazeta Mercantil”, esse conceito foi defendido em tese de doutorado junto à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – SP), em 2003, por Fábia Angélica Dejavite.


De acordo com Dejavite, essa nova onda do jornalismo, embora ainda visto com rejeição por muitos jornalistas e acadêmicos, visa fornecer informação e entretenimento ao leitor e, ao mesmo tempo, constitui uma prestação de serviço, não devendo, portanto,
ser considerada como um caminho sem ética, sem qualidade e prestado por profissionais sem comprometimento com a profissão.


Este ano a UNISA (Universidade de Santo Amaro), criou um curso de pós-graduação “Cultura, mídia e infotenimento” que atua nesta área, e é destinado a profissionais de comunicação, em suas diversas habilitações; cineastas, produtores culturais e executivos e profissionais das áreas de cultura e mídia.


O renomado site Observatório da Imprensa, publicou um artigo, onde, além de confundir todo o significado deste novo termo jornalístico, ainda desconhece seu reconhecimento em português e cita apenas autores ingleses que abordam o tema. Isto demonstra que o jornalismo nunca deve ser algo estático, até os mais conceituados devem saber interagir e conviver com novas propostas.

Q: Queda ou Qualidade?

Globo está sem qualidade

Na minha penúltima publicação no webjorsuperação, falei sobre os avanço da televisão brasileira e o atropelo da Rede Record sobre o SBT. Hoje podemos fala que a Record esta atropelando também a Rede Globo de Televisão. De acordo com a Folha de S. Paulo , a Record ficou à frente da Globo das 8h07 às 15h27 da última sexta-feira (11), Ainda de acordo com o colunista Daniel Castro, na semana anterior, a Record também venceu a Globo nessa faixa de horário.
O Programa que tirou a audiência da globo foi “Hoje em Dia” que liderou audiência marcando, 9 pontos de média, e a Globo registrou 8.

Segundo o site Vscyber , a Record escreveu: “Nossa concorrente precisa lembrar que tem qualidade? Para nós, isso tem Q de queda de audiência”. A Rede Globo não gostou nem um pouco e recorreu ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR), para proibir que a Record publique qualquer tipo de propaganda na qual a emissora diga que tem qualquer tipo de “liderança” no ibope da TV do país.
Esta briga não é só pela audiência, mas também pela tecnologia que esta chegando no Brasil, e esta sendo de fácil acesso para todos brasileiros. Pois torno a repetir que as briga dos Cachorros grande vai ser bom para os novos profissionais da área do jornalismo.
Não podemos afirmar que a Globo esta caindo, mas é evidente que a Rede Record está subindo e outras emissora também, como a Band que vem investido em tecnologia e no Jornalismo.

domingo, 20 de abril de 2008

Chavões e lugares comuns do jornalismo

O público está cansado dos lugares comuns e chavões do jornalismo

É comum ligar a TV na véspera dos feriados prolongados e se deparar com o repórter entrevistando um policial rodoviário em alguma estrada que está engarrafada. E as perguntas para o entrevistado são sempre as mesmas, como por exemplo: "quais as dicas que o senhor dá para o motorista fazer uma viagem tranqüila? ". Temos também as famosas matérias nas datas comemorativas, que são sempre as mesmas todos os anos.

Estas são as famosas "pautas frias" do jornalismo, frequentemente usadas. Existem também os chavões e frases feitas, usados principalmente no jornalismo esportivo. Frases como "clássico é clássico e não há favorito" e coisas do tipo são comuns nos programas de esportes. Mas é comum também ouvir dos jornalistas chavões como "o bandido estava fortemente armado". Alguém já ouviu falar que um bandido estava "fracamente" armado?

Alguns padrões do jornalismo são imutáveis, porém, em algumas ocasiões falta ousadia para fugir dos lugares comuns. Será que não é possível abordar os assuntos de outros modos que não sejam sempre os mesmos? Um dos maiores desafios do jornalista é se reiventar o tempo todo, buscar pautas e assuntos inovadores. Ou mesmo pegar essas "pautas batidas" mencionadas, e aborda-las de outra maneira, com outra visão.


Um exemplo de jornalista que sempre buscar inovar é Marcelo Tas. Seu programa atual na Rede Bandeirantes, o CQC (custe o que custar), está fazendo sucesso por que buscou algo diferente, sua linguagem é inovadora e agradou o público. Mesmo sendo uma adaptação de um programa argentino, não havia nada parecido com o CQC no jornalismo brasileiro. Marcelo Tas percebeu isso, e trouxe o formato para cá; ousou e inovou.

É bem mais fácil se apoiar nas velhas pautas e conceitos para cumprir o deadline, mas o bom jornalista é aquele que enxerga além do que os outros enxergam, se reinventa e sempre traz algo de novo e interessante para o público.

Jornalistas vs. Blogueiros - Hibridismo Vence

Photobucket
Web e Mídia Tradicional: os dois devem atuar juntos

É incrível que ainda haja esse preconceito de que os blogueiros não passam de ridículos nerds que passam horas na internet enquanto esses consideram a grande mídia tradicional como tendenciosa e estagnada. O extremismo é absurdo vindo de ambos os lados, pois ocorre uma transição entre as duas mídias que muita gente insiste em ignorar.

Há diversos veículos da grande mídia contratando jornalistas blogueiros, como o jornal New York Times e a revista Newsweek. E o inverso também ocorre: a rede de blogs
Gawker Media está contratando repórteres com experiência em jornal impresso. O que é observado por especialistas é que a intenção é aliar profissionais experientes com outros mais jovens que já estam habituados com a blogosfera.

O jornalista, escritor, professor universitário e blogueiro
José Luis Orihuela, em entrevista ao site Observatório da Imprensa, afirma que a internet é o meio que melhor se adapta à natureza complexa, poliédrica e dinâmica da informação e que a rede não vem para substituir nenhum meio, porém trata-se de ajudar aos meios tradicionais a reiventarem-se. O novo profissional deverá atender a esse perfil dinâmico. No Brasil um exemplo desse perfil é o jornalista Marcelo Tas que mantém em seu blog diversas discussões, onde complementa até mesmo assuntos tratados por ele em outras mídias. Principalmente na TV.

Portanto, a "briga" entre blogueiros e jornalistas terá vida curta. O surgimento de um modelo híbrido de mídia está se formando, em que a internet e os velhos formatos atuam juntamente.

A imparcialidade do jornalista

Sensibilidade. Com cautela

Quando estudamos jornalismo aprendemos que ao passar a notícia para o público temos que ser o mais breves e objetivos possível. Juízo de valor? Só o leitor tem essa honra. Mas numa sociedade que anda tão violenta, como não querer mostrar para os telespectadores a nossa indgnação, a nossa raiva diante de certos fatos? É necessário entender que por mais que sejamos profissionais somos seres humanos providos de sentimentos e compaixão pelo próximo.

Algumas emissoras de TV permitem que seus jornalistas manifestem seus sentimentos diante de casos brutais. Já outras fazem com que o repórter se torne um robô que simplesmente transmite a notícia. Quem apenas assiste ou ouve a notícia não consegue sentir exatamenta qual a real situação do aconrtecimento. O jornalista vê o acontecimento, acompanha, busca informações, se envolve, chora, ri, para que depois de tudo apurado ele consiga apenas informar o necessário para a população

Mas é necessário cuidado quando se transmite a notícia. Casos como o da Escola Base não podem se repetir. Mas também não precisa agir como Trumman Capote, um dos mais brilhantes jornalistas, que em uma de suas investigações se tornou grande amigo do assassino.

De uma maneira ou de outra, nas entrelinhas, a imprensa está tentando demostrar seus sentimentos. Porém sem infringir a ética.

O webjornalismo tende a se massificar?

Pessoas acessando websites de conteúdo jornalísticos, fato cada vez mais comum nos dias de hoje
É bem verdade que nestes últimos anos o número de pessoas com acesso a internet no Brasil cresceu significativamente, segundo pesquisas este número beira em torno de 39 milhões, porém este número apenas aumenta o número potencial de internautas acessando sites de conteúdo jornalístico. É necessário então uma série de fatores.

A pouca oferta de tempo é um outro fator fundamental que credencia a web como um meio de comunicação de massa, tendo em vista que para-se ler um jornal impresso requer um tempo maior e sem falar também que não é nada prático manusear os seus cadernos, que digam os jovens, que representam a menor parcela entre os leitores do impresso.

A web também permite ao internauta que ele faça a seu próprio caminho através das notícias, nos outros meios ele fica preso a de notícias divulgadas. Na web internauta pode buscar outras matérias, notícias sobre o fato, o que foi publicado antes. Enfim ele pode-se aprofundar no fato, se assim quiser.

Podemos dizer que esta é uma tendência para os próximos anos, que, porém não significa o fim dos outros meios.

28 recomendações para uma reportagem investigativa

Livro ensina como investigar empresas, governos e tribunais


A Folha lançou neste mês um guia de jornalismo investigativo. O livro "Anatomia da Reportagem - Como investigar Governos e Tribunais" do repórter Frederico Vasconcelos trás orientações que podem evitar processos e complicações ao autor do texto, além de dicas de comportamento ético quando se trabalha com temáticas tão delicadas.


Os conselhos vão desde a formulação da pauta até depois da publicada a matéria. Segundo a seleção de 28 recomendações, o autor ensina: "antes de iniciar uma investigação, esteja certo de que a publicação para a qual trabalha tem interesse no tema e disposição para enfrentar resistências e coibir pressões. Esse cuidado aparentemente óbvio evita frustrações, desentendimentos posteriores com chefias e constrangimentos que poderão ser evitados".


Como exemplos o jornalista revela os bastidores de suas matérias veiculadas pela Folha de São Paulo, onde mostra que produzir matérias investigativas é um trabalho coletivo que envolve profissionais de diferentes áreas, além de rigor e disciplina no trato da informação.


Para encerrar suas dicas, o autor ressalta que "deve-se estabelecer como meta realizar reportagens tão bem apuradas e equilibradas que desestimulem desmentidos, no dia seguinte, ou ações judiciais no futuro. Se, depois desses cuidados todos, ficar comprovado o erro, o jornalista deve admitir o fato com naturalidade e honestidade e assumir sua responsabilidade.


Via: Folha de São Paulo

sábado, 19 de abril de 2008

Erro: assumir ou não?

"Faz parte da credibilidade que tanto falam?"

"A melhor notícia não é a que se dá primeiro, mas a que se dá melhor", diz Garcia Marquéz, jornalista. Para alguns, essa frase pode parecer contraditória. No entanto, outros concordam com ela. Já se tornou clichê dizer sobre a "briga" em ser o primeiro em transmitir a informação que tanto alimenta a vida profissional do jornalista.

Sem dúvida alguma, faz bem para o ego ter sido o primeiro. Porém, erros são constantes hoje em dia. Ninguém consegue ser totalmente coeso naquilo que informa, justamente por causa dessa pressa em passar a informação para seus respectivos públicos – leitor, ouvinte, telespectador, internauta. Às vezes, esses tais erros passam despercebidos, para alguns. Mas, onde está a imparcialidade, credibilidade, a proximidade com a verdade? Que tanto falam...

As pessoas que esperam por uma informação, no mínimo, querem saber o que realmente acontece. Dependo do veículo, às vezes, o tempo é curto – entre receber e transmitir a informação. Porém, sempre será suficiente para passar credibilidade ao seu público. Errar, significa adquirir conhecimento. Enriquecer o jornalismo deve ser um dos passos a seguir. Praticá-lo, é uma difícil e árdua tarefa. Aliás, cuidado nunca é demais.

Costumeiro é ver erros em programas, principalmente, sensacionalistas. Sempre em busca de ter diferencial em mãos, trabalham de forma rápida. Onde a rapidez pode ser seu próprio inimigo, pois resulta em uma apuração escassa. Independente do veículo, todos estão sujeitos a errar, alguns mais outros menos. Mas veículo que se preze, irá assumir o erro e apresentar a veracidade da informação ao seu público.


Via: Observatório da Imprensa



quarta-feira, 16 de abril de 2008

Movimento estudantil

estudantes durante a ocupação

Os movimentos estudantis estão estourando cada vez mais em todo o país, desequilibrando as grandes “corporações que comandam” autoritários o sistema das universidades públicas.
O caso do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland acusado de desviar R$ 470 mil da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos ( Finatec), usando para decorar seu apartamento, reforça mais uma vez o grande poder que universitários unidos tem em mãos. Ao menos 28 universidades vão se manifestar junto aos estudantes da UnB defendendo o fim das fundações e a realização de eleições abertas na próxima quinta-feira (17).
Segundo Lúcia Stumpf presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), as universidades federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amapá, Goiás, Espírito Santo, além da USP e Unicamp, já confirmaram que vão participar da mobilização. Cada instituição vai definir que atitude tomará para se manifestar, como paralisações ou queimar caixas-pretas como forma de protestar contra a existência de fundações.
Os alunos da UnB querem que seus votos tenham peso na eleição do novo reitor. E decidiram continuar com a ocupação.Esse caso já fez com que os Ministérios da Educação (MEC) e de Ciência e Tecnologia “criassem” o mais rápido possível uma portaria com regras rígidas para as fundações de apoio as universidades.

O movimento estudantil tem grande valor para a sociedade, e tem que suceder sempre quando for preciso, afinal a pouca melhora que acontece na educação no país é com lutas, movimentos e reivindicações.
É lamentável que esses movimentos sejam “limitados” a apenas “essa” ou “aquela” universidade, não vemos isso acontecer constantemente em universidades privadas que tem enumeras deficiências, os quais alunos têm consciência, mas por um certo comodismo, e autoritarismo da universidade, ou até omissão das instituições, fazem com que os procedimentos atuais permaneçam.

JORNALISMO COMO PRODUTO

A prática do "jabá" vai contra o código de ética do jornalismo

Com o surgimento das novas tecnologias, o jornalismo não é mais apenas um meio de comunicar-se e de exercer a liberdade de opinião, mas também é tido como produto. Conhecido como jabaculê ou jabá, os interesses de órgãos que visam quaisquer tipos de promoção geram interferências na comunicação e na emissão de informações. Pois em busca de favorecimentos, ambas as partes (mídia e órgão) criam vínculos financeiros, no qual impedem que os conteúdos sejam tratados com ética.

No Blog Contra ofensiva, Fabricio Ungaretti Coutinho discorre sobre a prática do Jabá na mídia. “Todo comunicador que se submete ao jabá e mesmo aquele que consente ao calar-se, está agindo contra os princípios morais da categoria. O código de ética do jornalista em relação à conduta do profissional, prevê,entre outras coisas, que é dever do jornalista combater e denunciar todas formas de corrupção, em especial quando exercida com o objetivo de controlar a informação (artigo 9 letra f) e que o jornalista deve evitar a divulgação de fatos com interesse de favorecimento pessoal ou vantagens econômicas(artigo 13 letra a).”

Para desenvolver a prática do jornalismo é necessário ter apoio financeiro. Mas para isso temos que recorrer as publicidades e não para quaisquer tipos de órgãos. Pois o papel da publicidade e/ou da propaganda é exatamente de sustentar os meios de comunicação de massa, através do arrecadamento de capital.
Em todo caso, os consumidores precisam ter mais senso critico quanto aos conteúdos e serviços prestados, pois como hoje em dia, só é notícia o que vende é necessário fazer valer a nossa participação ou mesmo o valor que pagamos para ter tal beneficio ou serviço.

Se houver consumidores para conteúdos tolos, os veículos não se importarão com o valor real da notícia e muito menos em inovar ou atender as verdadeiras necessidades do público-alvo. Pois a preocupação com o tipo de contribuição que o jornalismo ou a comunicação trará ao nosso intelecto, com o valor cultural é importante e necessário. Se nos deixar levar por ideologias da classe dominadora, nos tornaremos seres medíocres e alienados (se já não somos).