terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Método das falas contraditórias

Capa da editoria Nacional do Estadão, cuja arte mostra as falas dos políticos

A capa da editoria Nacional de O Estado de S. Paulo deste 15 de janeiro de 2008 traz na matéria Governo veta recurso extra da saúde para forçar nova CPMF um método didático interessante, no qual por meio de um traçado histórico recente mostra as falas e os interesses entorno do dinheiro da CPMF. Esta arte, por certo solicitada pela editoria responsável, evidencia o esforço do jornalismo em sistematizar conhecimento e tornar clara a necessidade de se ler o cotidiano por meio de comparações ou da evolução dos interesses e dos interessados, que nem sempre traduzem o interesse da sociedade, sobretudo no caso da CPMF, que nem bem foi enterrada —depois de 11 anos de espoliação— e de repente pode voltar como uma contribuição permanente.

Este método poderia ser adotado nas escolas —nos vários níveis, mas sobretudo no Jornalismo— e mesmo no dia a dia do cidadão, para melhorar o registro da memória daquilo que pensam, prometem e fazem os políticos e administradores. Isso parece ser necessário, pois na atualidade os atos destes representantes nem sempre são conjugados dentro da mesma lógica.

Via: Estadão

Focas em aquecimento

Capa da publicação da 18ª turma do Focas do Estadão

Os focas que ainda não disputaram o curso do Estadão, não assinam o Estado de S.Paulo e ainda assim resolveram tirar férias sem dar atenção à experiência de colegas da área, certamente não podem deixar de acessar a produção da turma de 2008, que em dezembro de 2007 criou um jornal temático sobre o candente assunto Aquecimento Global.

Sem deixar nada a desejar para os profissionais em atuação na área, este material certamente serve para refletir o nível dos ingressantes do curso Foca do Estadão, bem como a possibilidade deste material ser levado para reflexão e análise em salas de aula dos cursos de Jornalismo e de Comunicação de um modo geral

Elaborado por 31 jornalistas recém formados vindos de vários Estados e um do exterior, a produção, realizada no período de 90 dias do curso, colocou todos em condições necessárias e suficientes para a projeção no mercado de trabalho, como diz a repórter Marianna Aragão, selecionada para o Focas de 2006 e hoje integrante da equipe do Estadão, locada na editoria de Economia & Negócios. Segundo ela, todos “aprenderam – às vezes de forma dura – a lidar com os próprios erros e a trabalhar sob a pressão dos prazos.” Os textos dos focas podem ser abertos em pdf individualmente.

Fonte: Estadão

Redes abertas e sem porteiras?

Bags: ícones da org. DataPortability

A análise ainda inicial feita por Gilberto Alves Júnior para o WebInsider —Dataportability.org: uma ação para abrir o grafo social— merece ser acompanhada como um forte tendência de perfil na qual os profissionais precisarão entender, conviver ou ser um desenvolvedor, haja vista o nível de liberdade que os mesmos vêm adquirindo depois do advento da web 2.0.

No texto aborda a entidade DataPortability, que parece canalizar um anseio crescente de que o internauta deva transitar cada vez mais livre com seus adeptos sem a idéia de concorrência, mas sim com a noção e a praticidade da complementação de esforços no sentido de tornar todos donos de suas redes sociais, ação denominada pelo mesmo autor como grafo social.

A possibilidade de sucesso, intimamente aliada às mudanças recentes na web e a pressão para a abertura de códigos pode ser notada no nível do status dos contribuidores da org. Vejam o perfil de cada um em seus ambientes pessoais Chris Saad Ashley Angell Paul Jones Ben Metcalfe Daniela Barbosa Phill Morle Ian Forrester Shashank Tripathi Kristopher Tate Paul Keen Brian Suda Emily Chang Danny Ayers Marc Canter Jeremy Keith Peter Saint-Andre Robyn Tippins Robert Scoble David Recordon Joseph Smarr Brad Fitzpatrick Benjamin Ling Matthew Rothenberg Blaine Cook Steve Ganz Jim Meyer Tariq Krim Dries Buytaert Scott Kveton

Via: WebInsider

Raio X do Second Life

Na home do SL, cenários alternados mostram a vida virtual possível

Arrojada a investida dos repórteres Lucas Pretti e Marilú Araújo em matéria para o Caderno LINK (7/1/2008), na qual são taxativos: o Second Life teve sua bolha de crescimento furada ou, como diz Pretti, um 2007 que poderia ser qualificado de uma “seleção natural” daqueles que efetivamente vão apostar nesta vida virtual.

Ao mesmo tempo em que remetem para as várias fontes necessárias ao entendimento deste universo, permitem associação com o que a pesquisadora Dinorá Fraga Silva mostrou em seu paper intitulado Desenvolvendo competências narrativas para produção de reportagens em jornalismo investigativo, no qual parafraseia a reportagem investigativa ao jogo de representação RPG (roleplaying game),

Ora, se no mundo real as investidas colocam o repórter em condições variadas de estratégias, imaginem no mundo virtual. Notadamente, o balanço realizado no mundo virtual por este repórter igualmente virtualizado, traduz a íntima relação do conflito de interesses que pode existir entre os usuários que de início vão à segunda vida para divertirem-se ou rejuvenescerem-se —entre outros desejos— e, de outro lado, aqueles que vão a este universo para reproduzir o mundo real recriando necessidades do mundo físico, como o dinheiro, por exemplo.

O raio X sugerido pela dupla de repórteres sem dúvida ainda vai ser acessado e comentado pelos pesquisadores deste universo, a exemplo de Ruth Martinez, que assume o avatar de AureA Memotech para estudar o Second Life.

Via: Cubo Mágico

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Decisão inexorável

Página da matéria especial Dakar da QueFútbol

Um problemão para os editores da revista em flash Quefútbol, cuja equipe havia preparado um edição especial de janeiro sobre o Rally Dakar. O encerramento da competição em virtude das ameaças terroristas fez com que a edição virasse um mico jornalístico. Segundo Salaverria, do blog e-periodista, os editores seguiram em frente com a publicação. O jornalismo tem em seu cerne esta possibilidade de queda de matérias, mas quando isso ocorre com uma matéria de capa que envolveu altos custos, isso certamente torna-se uma difícil decisão, haja vista estarem aí contida a coragem, a imagem do veículo, o efeito obsolescente, entre outros. De todo modo, vale a pena apreciar a publicação e conferir o que poderia ser taxado como um dos últimos registros desta prova.

Via: e-periodistas

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Wikia Search: busca e voluntariado











Wales (esq.), que criou o Wikipedia, que gerou o Search Wikia (acima), que permite editar o conhecimento e o ranquing, que ...


William Araújo

A web só faz sentido com a possibilidade de buscar conhecimento. Mas parece que o criador do Wikipedia, Jimmy Wales associou isso à construção de conhecimento por meio daqueles que fazem uso destas ferramentas. Com o lançamento do Wikia Search, que nasce com cerca de 100 milhões de páginas para serem pesquisadas, Wales aposta no código aberto —que não deve ser confundido com certos softwares gratuitos—e no conhecimento gerado por especialistas voluntários que além de agregar valores e ranqueamentos podem editar materiais, tal como ocorre no Wikipedia.

A ameaça que esta ferramenta pode oferecer para o Google parece ser bastante relativa, pois o próprio fundador diz que o Search Wikia configura mais um “plano de construção de um sistema de buscas e não um concorrente do Google”.

Neste sentido, merece atenção para a prioridade oferecida à língua inglesa. Um cuidado que certamente está pautado pelo gerenciamento do buscador certamente é quanto à possibilidade de algum desavisado querer tirar proveito, por exemplo, remetendo spams. Uma vez identificado tal infração, o cadastrado será retirado da comunidade de voluntários. Curiosamente, o visual da página de busca é tão simples quanto à do Google, mas quando traz os dados evidencia no lado direito da tela o público que já está colaborando —people matching.

Via: IDGNow